segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sabes que estás velha quando... # 8

Chegas a casa, ligas a televisão e está a dar "O Preço Certo" e não mudas de canal e dás por ti a rir com as piadas do Fernando Mendes e dos velhos que lá vão. 

Eric, Dylan, Jared, Seung-Hui, Jason, Adam... next?

Há uns meses vi um filme que me deixou sem palavras, um filme tão forte que tive dificuldades em dormir. Esse filme chamava-se "We need to talk about Kevin" e aqui há uns dias só me lembrava do filme, quando nos chegou a notícia que um rapaz de 20 anos decidiu entrar numa escola e matar a sua própria mãe e mais 25 pessoas, 20 das quais crianças entre os 5 e os 10 anos. A mãe foi a primeira pessoa quem ele matou na escola, sendo que supostamente já tinha morto um irmão antes. 
Todos os nomes que vêm no título correspondem a autores de massacres. Columbine, Tucson, Virginia, Aurora, Newtown. Todos eles jovens, decidiram um dia agarrar em armas e matar todos os que lhes aparecessem. Não há desculpa nenhuma para isto, mas gostaria aqui de oferecer alguma explicação (de leiga claro) sobre o que pode ser feito para evitar que mais coisas destas aconteçam. 
Todos estes rapazes, além de um fácil acesso a armas, sofria de algum tipo de distúrbio mental. Não estou a dizer "ah e tal, coitadinho que era maluquinho", mas estou a dizer que muitas vezes as pessoas esquecem-se de considerar distúrbios mentais como uma doença, interpretando um síndrome depressivo como "timidez". 
Falo aqui de massacres nos Estados Unidos, um país onde qualquer um pode comprar uma arma, mas só se pode começar a beber aos 21 anos. Um país de contradições, pudico e liberal ao mesmo tempo. Terra de oportunidades e limitações. As pessoas nestas alturas focam-se logo na facilidade de obter armas. Concordo que é ridícula e prefiro um sistema como o europeu. Concordo que não deve haver um mercado liberalizado de armas, que uma pessoa normal possa comprar uma arma sem mais. Mas acho que só isto não explica, até porque mesmo que fosse proibido, uma pessoa com um desequilibro destes conseguiria sempre atingir o seu fim (vejam o já referido filme, SPOILER: ele usa um arco e uma flecha). No entanto, vou preferir criticar outra coisa do sistema americano: o sistema nacional de saúde. Não há qualquer sistema que seja perfeito, mas nos EUA quem não tem um seguro de saúde não tem acesso a qualquer tipo de cuidados médicos. 
Li aqui um artigo que realmente me impressionou. É uma mãe que tem medo do seu filho de 13 anos que já ameaçou matá-la e matar-se a seguir. Tem um QI fora do normal e ninguém lhe pode fazer nada. Os hospitais psiquiátricos dizem que só quando ele cometer um crime é que se pode controlar. Os maiores centros psiquiátricos dos EUA são hoje Riker's Island, LA County Jail e Cook County Jail. Leiam este artigo por favor, e vamos dar importância às doenças do foro mental e psicológico, vamos estar atentos a sinais. Vamos tentar que esta história não se repita, que possamos mandar as nossas crianças para a escola descansados. E vejam o filme. Mesmo. 

Actualização: mais sobre o factor "mental illness" aqui.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ódios de estimação # 2

Ana Drago

Na verdade, poderia incluir aqui todo o Bloco de Esquerda com dirigentes e ex dirigentes como, por exemplo, o Daniel Oliveira (a sério Expresso, porque ainda dás uma coluna a este atrasadinho?) ou o meu querido ex-professor Francisco Louçã (fui a 2 aulas). Mas a personagem que de verdade me dá pele de galinha é a Ana Drago. Socióloga de profissão, ou melhor, de estudos, que esta senhora também nunca trabalhou, acha-se a dona da verdade. No fundo é uma miúda totalmente sem educação e sem argumentos, uma vez que, quando alguém entra em debate com ela parte logo para a gritaria. As ideias que defende são como o próprio partido: ocas e desviadas da realidade. Pertence ao grupinho da hipocrisia exponencial. Ao grupinho que fala de "caridadezinha" mas que nunca contribuiu para melhorar a vida de ninguém. Ao grupinho do "eu tenho razão porque sim e porque sou um grande intelectual e ouço Sérgio Godinho". Tenho vergonha de ter gente desta na Assembleia. Simplesmente detesto-a. Ponto. Final. Parágrafo. 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012