terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ódios de estimação # 1

Creio que todos nós temos algum ódio de estimação. Muita gente diz que não, que nada a irrita especialmente, mas eu acho que isso é mentira. Seja uma miúda que roubou o namorado, um actor que assim que aparece na televisão nos dá um arrepio mau, um músico ou um político, toda a gente tem alguém ou algo que não suporta. Eu confesso: tenho bastantes ódios de estimação, pelo que acho que esta rubrica tem futuro. Vamos começar por um já antigo mas nem por isso desactualizado: 

Margarida Rebelo Pinto.
Pois é, já escrevi aqui uma vez sobre uma crónica intitulada "As Gordinhas" que esta pseudo escritora publicou no Sol (já agora, o Sol não tem revisores? Não pretendia ser o "Novo Expresso"? Mal jogado senhores, mal jogado). Mas não é só por causa dessa crónica que não a posso nem ver, porque esse texto foi só mais uma prova que esta senhora tem o cérebro ligado ao intestino grosso. Ainda no Sábado, no i, comparava-se a Murakami e a Graham Green (ahahahahah) e dizia que "Jorge Luís Borges, que é o pai da literatura moderna, diz que andamos sempre a escrever o mesmo livro". Realçou que é mentira que escreve sempre o mesmo livro, porque "Por exemplo, no “Amor É Outra Coisa” eu fiz uma coisa que nunca tinha feito: fiz uma narrativa em paralelo, com uma fábula" e fala vezes sem conta da fábula da cegonha e de como se informou sobre cegonhas etc etc. Também diz que as críticas lhe são indiferentes porque vende mais que ninguém. Bom, os ciganos também vendem muito e nem por isso têm qualidade. Além de que, quando o João Pedro George escreveu um livro criticando as suas "obras" e disse que basicamente ela só faz copy paste, ela tentou bloquear a publicação desse livro. Engraçado.   

domingo, 25 de novembro de 2012

Obrigada ZON...

… Pelo novo canal da Globo. É que desde que isto existe a minha televisão está sempre no canal 10, papo as novelas todas, séries e ainda filmes. By the way, agora mesmo está a dar o filme "Meu nome não é Johnny". Já vi mas vou ver outra vez, muito bom. Recomendo e é baseado numa história real. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A esquerda caviar e a defesa do indefensável

Existe em Portugal e também noutros países do mundo o fenómeno da esquerda caviar.  Esta esquerda normalmente é representada por pessoal cool, que gosta de usar calças de ganga e ténis no Parlamento, que normalmente chama fascista a quem não concorda com o que eles dizem, e que está em tudo quanto é manifestação. Normalmente são muito coerentes, atacando a capacidade bélica dos Estados Unidos, mas defendendo o Irão e a Coreia do Norte, atacando os ricos e chamando-os de fascistas, mas vivendo em boas casas e indo ao Bairro Alto e a tudo quanto é restaurante da moda. 
Vem este tema ao caso por duas razões distintas. Antes de mais, devo fazer aqui uma declaração de interesses. Desde os meus 18 anos que só votei uma vez mais à direita. De resto, sempre centro esquerda. Por isso penso que não sou suspeita para falar. 
Estes amiguinhos da esquerda caviar em Portugal normalmente estão filiados no Bloco de Esquerda, esse grande partido que contribui com tantas propostas viáveis para o nosso país como eu contribuo para investigações sobre física quântica, ou seja, nada. Normalmente centram a solução para a crise que eles também ajudaram a criar (não os vejo a abdicar de financiamento de campanhas nem nada) num imposto sobre "grandes fortunas". Esquecem-se que no dia que esse imposto fosse aprovado, tudo quanto é grande fortuna bazava do nosso jardinzinho. E ninguém ia pagar esse impostozito. Mas pronto, a capacidade de pensar mais além não é muita. Aliás, basta ver a "igualdade" que defendem, atacando tudo quanto são "patrões", incluindo os das pequenas empresas que se esfalfam a trabalhar para manter trabalhadores. Sim, muito injusto, mas quando se trata de aumentos para a função pública, aí a conversa já é outra. Montes de gente no desemprego e a ganhar o salário mínimo, mas estes queridos estão sempre do lado dos funcionários que não podem ser despedidos e que não falham um aumento. 
Mas como disse antes, escrevo este post por duas razões. É que estes amigos gostam muito de defender o que não é defensível. Exemplo número 1: a "greve geral" (só para alguns) e a vergonha que aconteceu depois em frente à Assembleia. Antes que me comecem já a chamar fascista, deixo claro que sou contra qualquer tipo de violência. Mas não sou contra que a polícia reaja depois de estar 2h a aturar manfios que estiveram a destruir património para atirar tudo quanto era pedras e garrafas de jolas de cara tapada aos polícias. E desculpem lá, a partir do momento que essa gentalha começa a fazer isso, as pessoas de bem só têm é de se ir embora. Não têm de ficar a ver à espera de que alguém se passe, como aconteceu. Claro que os defensores da moral marxista e trotskista vieram logo chamar fascistas aos polícias, ao ministro, e a todos os que defenderam a polícia. Quando se esgotaram os argumentos, disseram que os idiotas eram das claques de futebol. Não discuto, mas não eram só de claques. Por exemplo, estavam lá estivadores, esses coitadinhos que nos estão a fazer perder dinheiro todos os dias. Uma vergonha portanto. Isto revolta-me. Simplesmente. 
O segundo caso prende-se com a concepção geral de que quem tem dinheiro é fascista e se se dedica a causas nobres é por caridadezinha. Falo, está claro do caso da Isabel Jonet. Vou ser sincera, se eu tivesse o dinheiro que ela tem não sei se dedicaria 20 anos a uma causa como o Banco Alimentar, portanto dou-lhe muito valor. Agora ela cometeu um grande erro: disse que os portugueses têm de se adaptar a viver com menos dinheiro, porque viviam muito acima das suas possibilidades. Vi o vídeo e foi isto que retirei das declarações dela. Dou de barato que deu exemplos um bocado tontos, mas na essência foi isto. Estes mestres da igualdade até já queriam fazer boicote ao Banco Alimentar, que dá de comer a tanta gente. Já fiz voluntariado no Banco Alimentar e garanto que é uma loucura a quantidade de comida que lá chega. Nunca vi lá meninos de arafat ao pescoço, mas vi muita gente "fascizóide". 
Resumindo, gostaria que estas pessoas um dia tivessem vergonha na cara e fossem menos hipócritas. Sim, hipócritas, porque enquanto uns andam a ir fazer fila para o BA, eles sim andam a comer bifes no Café de São Bento. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sabes que estás velha quando... # 7

Achas que tens mais direito a ir sentada no metro do que as outras pessoas, especialmente miúdos porque "tenho dores crónicas nas costas" ou "já não aguento com os pés". E ainda reclamas quando vês os miúdos sentados ou a passar a correr. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

31 anos

Os meus pais fazem hoje 31 anos de casados. Sim 31. E quando se casaram levavam 5 anos de namoro na bagagem, ou seja, os meus pais estão juntos há 36 anos. Uma vida. 
Os meus pais são para mim um exemplo, por diversas razões. Pela vida muito difícil que tiveram (o meu pai especialmente), pelo apoio que sempre recebi, pela educação que me deram, e pela relação que têm. Sim, depois de 36 anos juntos, ainda andam de mão dada na rua e ainda é um drama se passam uma noite separados. 
Calculo que em 31 anos de casamento tenham passado no máximo 10 noites separados. O meu pai deixa a minha mãe no trabalho todos os dias e vai buscá-la, e chegaram a trabalhar no mesmo sítio, a estar 24 horas juntos. 
Não vou mentir, claro que houve problemas, muitos problemas até. Discussões, momentos de tensão, uma depressão da minha mãe pelo meio. Mas superaram tudo, e por isso é que são o exemplo que são. Porque souberam superar egoísmos e maus momentos. Porque continuaram a amar-se. Porque hoje o balanço é muito positivo. Porque hoje ainda dão beijinhos e dizem que se amam um ao outro. E isso é bonito. 
E é por isso que apesar de todos os desgostos e má sorte eu ainda acredito que vou encontrar a minha cara metade, que vou casar com ela e que vai ser para sempre. Não tenho a certeza, mas acredito. Tenho esperança acima de tudo. 
E quem me pode criticar por ter esperança?