terça-feira, 27 de março de 2012

Direito à manifestação

Já aqui escrevi sobre a chamada "Geração à Rasca" e a minha opinião sobre este "movimento". Um ano após a "grande manif" que serviu basicamente para passar uma tarde de sábado a beber jolas e a cantar com os homens da luta, este grande movimento anda bem caladinho. Um pouco como os espanholecos da Puerta del Sol que assim que chegou o inverno foram para casinha ficar quentinhos em vez de se manterem na rua a lutar pelos "seus direitos". 
Revolta-me este tipo de pessoas, a sério que me revolta. Tal como me revolta que privilegiados façam greve e não deixem os outros trabalhar ou que pessoas que nunca se esforçaram na vida culpem tudo o resto pela sua falta de sucesso. 
Na semana passada houve uma "greve geral" em Portugal. Ponho entre aspas porque a greve foi mais uma vez dos mesmos, de quem tem um emprego mas não um trabalho, de quem sabe que pode andar nestas brincadeiras e que nunca vai ser despedido, nunca vai enfrentar o desemprego nem anos e anos sem promoções ou ajustes ao salário. Estava em hoje a ler o Expresso quando me deparo com um video de uns "anjinhos" de lenços "arafat" ao pescoço (a sério, a moda ainda é esta?) no Chiado a arrancar cadeiras e guarda sois das pastelarias que por aí se encontram, a Brasileira e a Bénard. Um destes jovens altamente qualificados tentou até atirar a cadeira que está ao lado do Fernando Pessoa, tal não era a revolta contra as condições de precariedade... Enfim, uma vergonha. Numa das zonas mais bonitas de Lisboa temos um bando de atrasados mentais a obrigar as lojas a fechar mais cedo por medo de serem invadidas, cadeiras a voar, multibancos vandalizados. Depois a polícia é que tem a culpa de tudo. Não digo que concordo com a agressão a jornalistas, mas caramba, andam vândalos no meio da rua e têm de ser os coitadinhos porque têm o direito a manifestar-se. A polícia erra e parece que "voltamos ao fascismo" e bla bla bla. A polícia devia ter mantido a calma e prendido estes meninos todos. Que os pusessem a trabalhar. Para verem o que é isso. 
Para verem que o direito a manifestar-se existe, mas que a liberdade deles acaba onde começa a dos outros. Para verem que para manifestar-se contra as condições de trabalho têm de ter trabalhado alguma vez na vida, como eu que ando há 5 anos sem aumentos, sem promoções, com uma redução de bónus de 58% por engano. Na 5ª há greve geral aqui em Espanha. Perguntaram-me se vou fazer greve. Óbvio que não. Mal por mal, o dinheiro que perderia nesse dia ainda me faz falta, que tenho contas para pagar. 

domingo, 25 de março de 2012

Assumo

Adoro televisão. Chamem-me o que quiserem, mas sou capaz de ficar horas e horas a olhar para o pequeno ecrã a ver de tudo. E pior! Papo tudo! Desde o telejornal ao reality show dos Kardashians (sim, total guilty pleasure), das séries até à pior novela brasileira (não vejo as da TVI porque sinceramente não gosto). 
Lembrei-me de assumir isto porque vem muitas vezes à baila o facto de que quem vê televisão é um completo retardado. Sinceramente, aceito que não gostem de ver televisão, mas também não façam aquele olhar de quem olha para um coitadinho que não sabe nada de cultura. A televisão também é cultura e agradeço ao facto de sempre ter adorado ver televisão pela minha cultura geral, pois desde miúda que via documentários sobre tudo e mais alguma coisa. 
E mais, estou neste momento a ver o Ídolos e continuo a divertir-me com os cromos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

I'm back!

Foram dez dias de calor, de praia, de cerveja e caipirinhas. Muito passeio em São Paulo (estou apaixonada pelo ritmo e diversidade) e no Litoral Norte do Estado de São Paulo (as praias são lindas e muito pouco exploradas por turistas estrangeiros). 
Vim bronzeada e toda picada nos pés (sempre falhamos a por repelente nos pés) de uns mosquitinhos tão pequeninos que não se vêm mas que deixam a picada a escorrer sangue... 
O casamento da R. foi simplesmente mágico, sem palavras para descrever. A cerimónia foi linda, feita pelas irmãs dela, os pais deles, os amigos de todos. Muito simbólica (eles já estavam casados pelo civil) e muito bonita mesmo, foi uma choradeira. 
Fiquei triste por ter de voltar, ainda pensei em tornar-me emigrante ilegal, mas enfim, algum dia hei-de ir lá parar! Este fim de semana espera-me o meu (também) querido Alentejo, portanto nem tudo são tristezas, apesar do choque de passar de 35 graus para 10 (podia ser bem pior!).