segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E começa mais uma semana...

Apesar de tudo até estou contente. Sexta vou fazer a minha primeira viagem all by myself, sendo que o destino escolhido foi Escócia (Loch Ness e Edimburgo… FRIO!!!) e hoje o meu querido chefe (que normalmente até odeio pelo facto de me ter proposto pedir um empréstimo para pagar o meu próprio bónus que ele se esqueceu de pagar) vendeu-me o bilhete dele para ir ver Coldplay na Quarta. 
More details will follow, sobre a viagem e sobre o concerto claro. 

sábado, 22 de outubro de 2011

Deixem-me explicar a crise...

Bom, pode ser de estar em casa a uma 6a à noite, ter bebido meia garrafa de vinho branco enquanto fazia o meu próprio jantar (que ficou muito bom by the way), e de estar a ver o street court a estas horas, mas dei por mim a ler os tão típicos comentários revoltados nos jornais e colunas de colunistas que são isso mesmo, colunistas, e que tão depressa dão uma opinião sobre economia como sobre física quântica e ainda acharem que têm razão sobre isto tudo. Resolvi por fim dar a minha opinião sobre a tão famosa crise que assola Portugal e não só, mas isso agora não interessa nada como diz a Teresa Guilherme que com o mal dos outros posso eu bem. 
Ora então é assim, e isto é a minha opinião e vale o que vale atenção. 
Há 37 anos atrás, houve uma revolução no nosso lindo país. Antes dessa revolução estava lá um senhor que tinha um grande mau feitio, mas que era muito poupadinho. Tão poupadinho que havia gente como os meus avós a fazer uma verdadeira ginástica para dar de comer a 3 filhos e vivendo numa casa de 2 assoalhadas e gente como o meu pai que dormia no chão. Mas isso agora não vem para o caso. O que vem é que o sr Salazar soube-se mexer bem na 2a Guerra Mundial e até recebeu algum ouro bem sujinho. E ainda mais, no dia 25 de Abril de 1974, os cofres do Estado português estavam bem cheios, apesar até de uma guerra com umas certas colónias às quais ainda tirávamos o que tinham e o que não tinham. No dia 26 de Abril do mesmo ano, entraram uns senhores para tomar conta do estaminé. Uns senhores que até achavam que a URSS é que era fixe, e que quem não era comunista era fascista e ajudante do Regime. Ora esses senhores decidiram que isto era tudo uma pouca vergonha. Os bancos foram nacionalizados e toda a gente que tinha dinheiro teve de bazar do nosso querido Portugal, sob pena de ser junto no Campo Pequeno e morto se não o fizesse, segundo o desejo do Otelo. A quantidade de capitais que saíram do país nesse momento nem se fala, mas também não interessa falar a uns certos 2 partidos que até têm assento no Parlamento português. E até Novembro de 1975 foi o desbarato. Nessa época houve outros senhores que acharam que já chegava da palhaçada e fizeram uma contra revolução. Tornamo-nos então numa verdadeira democracia. 
Tivemos uns quantos senhores como primeiro ministros durante alguns anos (penso que foram mais primeiros-ministros que anos) e ninguém se preocupou em dar passos para promover coisas como, sei lá, produtividade e sustentabilidade da economia. Não, preocupamo-nos em dar tudo às pessoas, o que eu concordo, ou não fosse eu até simpatizante da esquerda moderada, mas sem contrapartidas. Ou seja, direitos demos a todos, mas ninguém ensinou que o custo teria de ser deveres. 
E eis que entramos na União Europeia. A partir de 1986 foi o desbarato. Tínhamos todo o dinheiro do mundo! Qualquer empresário podia pedir dinheiro a fundo perdido e comprar um Ferrari. Até tínhamos nos meados dos anos 90 uma aldeia no Norte que tinha a maior concentração de Lamborghinis da Europa (!!!). Quanto às fábricas dos senhores dos carrões, continuavam na mesma, com empregados sem formação e que ganhavam o salário mínimo. Enquanto isso, aumentavamos a função pública, porque como sabemos, as pessoas aí não são propriamente produtivas e têm um horário reduzido, por isso é melhor que hajam muitas. Aliás, até um certo governo aparecer (criminosos!!!), qualquer funcionário público cumpria 32 anos de serviço e podia reformar-se, o que resultava com pessoas reformadas aos 54 anos e menos. No caso de fazer uma pequena comparação, o meu pai começou a descontar aos 14 anos e tem de trabalhar (na melhor das hipóteses) até aos 65 para receber uma reforma parcial e não completa como na função pública. Mas pronto, esse senhor que até é presidente da República hoje, resolveu aumentar o maior cancro do nosso país. 
Depois do cavaquinho, veio um que nem consigo descrever… aliás, é só fazer as contas como o próprio disse. Ao mesmo tempo que ele contratava PPP's atrás de PPP's, entravam na UE novos países como Polónia, República Checa, Eslováquia… Países com mão de obra barata e qualificada. As empresas começaram a mudar-se para lá e, como se já não bastasse, os fundos da UE passariam a ir para lá em vez de vir para cá (e para Grécia, Espanha, etc). Esse governo destruiu o pouco que nos restava, mas o pior ainda estava para vir. 
Não vale a pena comentar os 2 anos que se seguiram, que tiveram dois primeiros-ministros. Um que resolveu largar-nos de "tanga" (como ele comentou) e outro que nem sequer foi eleito e que é o maior palhaço do panorama político português. Esse senhor, nos 5 meses que lá esteve, contribuiu proporcionalmente mais que qualquer outro para o aumento do défice. 
Até que chegou o político com nome de filósofo grego. O primeiro mandato, confesso que gostei. Fez reformas importantes, mas que não chegavam. Quando chegou ao segundo mandato, já tinha feito mais porcaria do que coisas boas, e faltou-lhe a coragem política para manter os bons ministros que lá tinha. No ano passado demitiu-se. Falta referir claro que em Setembro de 2008 a economia mundial entrou na maior crise de sempre, maior ainda do que a Grande Depressão, e o que era a regra (um país nunca vai à falência) deixou de ser verdade. Entretanto, os nossos amiguinhos da União Europeia não têm os tomates necessários para tomar a atitude necessária, porque têm interesse em deixar-nos afundar um bocadinho mais antes de nos salvar. 
E este ano veio um "africano de Massamá" com o qual eu não simpatizo nada, mas que até fez umas escolhas muito interessantes para ministros. Começaram as reformas e começaram as queixas outra vez. Vamos deitar abaixo este governo já, dizem os sindicatos (já agora, alguém me explica qual o contributo para a produtividade do país do Carvalho da Silva e em que é que ele já trabalhou?) e ninguém se preocupa em pensar nos deveres, os tais que nunca ninguém explicou que tínhamos quando nos deram todos aqueles direitos… Cortaram os subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos. É triste, é complicado, mas é necessário. Seria melhor subir impostos (ainda mais)? Mas eu acho que mais coisas se poderiam fazer. Podíamos despedir 10% da função pública, podíamos por objectivos e quem não cumprisse certamente não teria a mesma progressão do que quem cumprisse, como é em qualquer empresa privada. Também se poderia reduzir o número de deputados e de autarquias e de freguesias. Também poderíamos parar de pagar os salários vitalícios que os antigos presidentes da República acumulam com reformas de vários sítios. Também poderíamos não pagar os subsídios aos sindicatos, aos partidos, a fundações. Podíamos acabar com cursos que não têm saída profissional e reduzir o número de universidades. Mas também me preocupa mais o desgraçado que recebe o salário mínimo no café da esquina e não vê subsídios há anos. Ou o meu pai, que tem uma empresa de construção, e que também não tira subsídios há anos. 
Quero acreditar que 2012 vai ser um ano de sacrifício e ponto, que vamos conseguir sair desta. Mas acho que temos ainda de mudar a mentalidade. Temos de entender que tudo isto é fruto de muitos governos incompetentes, mas também de muitos portugueses incompetentes, que se sentavam durante 2 anos em casa sem procurar emprego porque era tão melhor estar a receber o subsídio. É culpa de todos os que pediram fundos ao governo para comprar casas e carros, e é culpa de quem não fiscalizou a atribuição dos fundos. 
O que não aceito é que, quando temos pessoas que estão a fazer o necessário para nos tirar o mais rapidamente possível disto, estarem os mesmos de sempre (oposição) a ladrar, quando fizeram muito pior! 
Portugueses, chega de queixas, vamos para a frente, vamos ser empreendedores como foram os nossos antepassados. As coisas vão demorar, mas vão melhorar. Pelo menos eu acredito.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sobre lidar com a dor

Cada um é como cada qual, e isso não tem discussão possível. 
Quando ela me avisou na passada sexta-feira que a mãe não tinha resistido à luta que já travava pela segunda vez há 3 anos, não duvidei e fui comprar um voo que me permitisse voltar a Lisboa o mais rapidamente possível. Foi triste, muito triste. Ela lidou com a dor como sempre lida: fingiu que não se passava nada. Estava ali, impávida e serena, para não se abrir com ninguém sobre o que sentia, com o medo que eu sei que ela tem de se abrir demasiado e não conseguir parar de sentir a dor que está lá. Fez confusão, que fez, mas quem a conhece sabe que aquilo é só fachada, que ela prefere sofrer em privado. 
Eu não sou assim. No dia que o meu avô partiu não consegui conter nada, não consegui evitar mostrar que o meu mundo se tinha desmoronado. Mas aceito que ela não seja assim. 
Todos lidamos de forma diferente com a dor, mas todos temos de lidar com ela. É isso que me preocupa, que não se lide e que se esconda e que se tente não fazer o luto que é sempre necessário. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cansada...

Estou tão, mas tão cansada… Mais uma voltinha a Lisboa, mais uma visita de médico, mais saudades que não foram mortas… 
Mais negócio que provavelmente não se vai fazer, mais clientes a dizer "neste momento não fazemos nada", mais próxima a realidade que as coisas estão mesmo difíceis. Maior a vontade de largar o mercado financeiro e ir abrir um restaurante e passar a minha vida a cozinhar, que é mesmo o que gosto de fazer. 
Só falta mesmo a coragem… e já agora o dinheiro… 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amo-te / I love you

Choca-me a facilidade com que as pessoas hoje em dia dizem "amo-te". 
Quanto a mim, só o disse a uma pessoa, e hoje sei que não era verdade. Mas também não sabia o que era realmente o amor nessa altura. Namorei com ele 4 anos e meio, e nunca o amei realmente. Tudo bem, era uma miúda e senti-me na obrigação, achei que era apropriado. Mas a verdade é que menti. Sem saber, mas menti. E só soube que menti quando ele apareceu na minha vida. 
Por ele refiro-me à única pessoa de quem realmente gostei na minha vida. Nunca lhe disse, mas a ele realmente amava, e quando estava pronta para dizer, ele achou que não devíamos estar juntos. E tinha razão, e não me mentiu. E ainda bem. Teria sido pior se lhe tivesse dito ou se ele me tivesse dito sem sentir. Desde então nunca mais tive vontade de dizer, mas continuo a guardar as palavras para alguém que ainda não entrou na minha vida. 
O peso do "amo-te" é inegável. Je t'aime, te quiero, te amo… é engraçado como nas línguas latinas o peso é sempre imensamente maior do que nas germânicas. O "I love you" é tão mais comum. Eu já disse a tantas amigas e amigos, simplesmente não tem a mesma conotação. Talvez porque nós temos todos os "gosto muito de ti" e "adoro-te" e eles têm só o "I love you". 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Week 1!

Parabéns a mim! Já passou uma semana e os efeitos secundários já passaram quase todos. 
Sim, ainda me apetece fumar de vez em quando, mas contrario. Hoje para libertar a tensão fui ao ginásio e estive 1h30 a treinar como se não houvesse amanhã. 
Aos poucos isto vai lá!