segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Silly Season #2

Um homem mata um leão no Zimbabué. O mundo revolta-se pela morte do leão e pede... a morte do homem. Mundo irónico este, não é? 
O miúdos que passam fome no Zimbabué, mais do que o leão alguma vez passou, esses são totalmente esquecidos. 

Silly Season #1

Pelos vistos, o Putin acha que o Blatter é merecedor do Nobel da Paz. 
Bom, se até o Kissinger foi... Why not?

quinta-feira, 11 de junho de 2015

God only knows...

What I'd be without you...


Adoro esta música e fez parte de um vídeo muito bonito feito pelo mais que tudo no meu 30º aniversário...

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Coisas que me irritam

Gente a comer maçãs de boca aberta no meio do trabalho. 
E cortar a maçãzinha? Just saying...

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Bullying

A propósito do vídeo que se tornou viral de umas miúdas a baterem num miúdo, tenho a dizer que isso é gente má, não são coitadinhos. São maus! 
Quando eu andava na escola, não se chamava bullying àquilo que passei.
Chamava-se "miúdos que fazem brincadeiras" ou "miúdos mauzinhos". A resposta não era nas redes sociais, era a avó em casa a dizer "deixa lá, não lhes ligues" (e com razão). Quando o meu pai decidiu ir à escola já era tarde demais. Acho que ele não percebia a gravidade (eu não contava o que efectivamente se passava) e quando viu o inferno a que era sujeita todos os dias agiu. 
Não serviu de nada, nessa altura as escolas tinham como resposta "tens de te integrar mais com os colegas".
O primeiro episódio de bullying que tive foi ainda no infantário. Miúda dócil e sem maldade, deixei que me acusassem de uma coisa que não fiz e fui castigada por isso. 
Na escola primária, o passatempo favorito de alguns colegas era o "vamos deixar de falar com ela por nada". Quem fazia isto era a minha "melhor amiga" segundo a própria. Anos e anos nisto. 
No 5º e 6º ano foi quando tudo piorou. Chamavam-me tudo, todos os dias. TODOS os dias. Um dia era marrona (sempre fui boa aluna, mas nunca marrona), copiona (claro, marrona um dia, copiona no outro), feia, gorda, mete-nojo, menina do papá, mimada (quem me conhece sabe que é coisa que jamais fui), betinha, horrorosa, porca, de tudo. Foi muito mais violência psicológica que física, nunca me bateram efectivamente, mas um dia resolveram rasgar-me a saia e fiquei de cuecas no meio da escola. Constantemente riam-se da minha figura. Nunca me deixaram ser simpática. Uma vez convidei para o meu aniversário, todos disseram que iam, ninguém foi. 
As minhas supostas amigas, assim que começava o pesadelo viravam a casaca para não serem conotadas comigo. Passava semanas sem falar com ninguém. 
Aos 12 anos mudei de escola e a coisa melhorou. A turma era outra, conheci outras miúdas que ficaram do MEU lado como verdadeiras amigas e não deixaram voltar à humilhação constante de que fui vítima dos 5 aos 12 anos. 
Aos 13 anos tive o meu primeiro ataque de pânico. Aos 15 fui internada no hospital porque não conseguia parar de vomitar (era o meu sintoma de ataque de pânico). Foi-me diagnosticada uma depressão e fiz terapia até aos 20 anos. 
A minha auto-estima na adolescencia era abaixo de zero. Os ataques de pânico eram causados por ver-me ao espelho. O meu passatempo favorito era chorar. Os meus pais estavam desesperados. 
A terapia ajudou-me muito (mesmo!) e aprendi a gerir de forma diferente os meus ataques. Não tenho um ataque há 7 anos (o último foi quando terminou uma relação).
Mas ainda hoje luto para ter auto-estima. Só que hoje sei que eu fiquei mais forte, sei que eu era superior a todos eles. 
De todos, eu fui quem teve mais sucesso, a todos os níveis. A burra das negativas que me chamava marrona vive de rendimentos mínimos, nunca lutou na vida. 
Aqui há uns tempos, decidiram promover um encontro. Não quis ir, não me apetece. Mas sorri, quando discutiram onde ir, quando vi os trabalhos que têm, quando vi que eles riram lá atrás no 5º ano, mas eu riu AGORA.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Os 30!

Na semana passada fiz 30 anos.

Até agora sinto-me exactamente como quando tinha 29...

(Ainda assim o momento foi emocionante, a festa muito boa, e os presentes lindos!)

terça-feira, 7 de abril de 2015

OMG!

Só para partilhar que acho que o mundo está para acabar, porque (nem sei como consigo dizer isto), gosto de uma música do André Sardet (o drama, o horror!). A música chama-se "A Seta" e dentro do estilo meloso romântico é bem gira (outra vez, deu-me um calafrio por me referir a uma música do André Sardet como "bem gira")
Em minha defesa, a música conta com a participação da Mayra Andrade, e isso já é uma grande razão para se gostar de uma música!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Outras recomendações cinematográficas

Este não é um blog de cinema, mas últimamente tenho visto tanta coisa boa que é impossível não partilhar. 

Magical Girl
Realizador: Carlos Vermut
Com: Barbara Lennie, José Sacristan, Luis Bermejo

Sim, é um filme espanhol, que nem queria ver, mas o mais que tudo insistiu e acabou por ser uma jóia de filme. Muito melhor que o muito falado La isla minima que é uma copia de True Detective. O filme conta a história de um pai que quer comprar um vestido de uma personagem de manga para a filha doente terminal de leucemia. Desde já vos digo que é tudo menos previsivel. Muito bom, mesmo! 

Relatos Salvajes
Realizador: Damián Szifron
Com: Ricardo DarínOscar Martínez,Leonardo SbaragliaÉrica Rivas

Filme argentino nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. 
São 6 histórias independentes, e cada uma mais interessante que a outra. A última é muito "Almodóvar", o que é normal, visto que o Pedro Almodóvar produz o filme. Há muito tempo que não via uma boa comédia, daquela que nos diverte com o ser humano e o quotidiano e não com piadas fáceis e tontas. Mesmo que entendam espanhol vejam com legendas, o sotaque argentino pode ser bem difícil de entender!

Ex_Machina

Ontem fomos ao cinema ver Ex_Machina, escrito e realizado pelo Alex Garland, o argumentista de The Beach, 28 Days Later, Never Let Me Go e Sunshine. Sou fã de quase todos os anteriores (não gostei do The Beach) e não podia deixar de ir ver a sua estreia como realizador. Ainda por cima, as críticas eram boas, tinha o Domnhall Gleeson e o Oscar Isaac e metia Inteligência Artificial à mistura. 
O filme é muito bom, não só para sci-fi geeks como eu, mas para toda a gente. É mais um thriller que um filme de ficção científica e não nos perdemos con conversas científicas. Bem filmado, boa fotografia, e uma nova atriz que seguramente vai dar muito que falar: Alicia Vikander. Muito recomendável!

Ex_Machina
Realizador: Alex Garland
Com: Domnhall Gleeson, Oscar Isaac, Alicia Vikander

Um talentoso programador de uma empresa tipo Google ganha a possibilidade de passar uma semana com o reclusivo dono da empresa. Conhece aí o seu novo projecto: Inteligência Artificial. O desafio é avaliar se a máquina criada efectivamente dispõe de inteligência artificial (é capaz de gerar os seus próprios pensamentos e ideias) ou se pelo contrário, não passa tudo de programação. A partir daqui não posso contar mais, mas o final é surpreendente!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Whiplash

Recentemente, e porque era uma vergonha nunca ir, decidimos ir ao cinema uma vez por semana. Na semana passada vimos Nightcrawler, como escrevi no post anterior, e sobre a qual farei outro post mais detalhado. 
Ontem fomos ver Whiplash, e a verdade é que é muito bom. Saímos do cinema ainda tensos, e eu com a certeza que o J.K. Simmons TEM de ganhar o Óscar de melhor actor secundário. Quanto ao Miles Teller, espero que continue a fazer mais filmes como The Spectacular Now e Whiplash e menos Divergent porque tem potencial para ir muito longe. 

Whiplash
Realizador: Damien Chazelle
Com: Miles Teller, J.K. Simmons, Paul Reiser

O filme basicamente conta a história de um estudante de bateria no conservatório dos Estados Unidos que é convidado para juntar-se à Studio Band (banda de jazz) que é dirigida por um genial e assustador professor (Terence Fletcher - J.K. Simmons). Depressa esquece tudo na sua vida que não seja atingir a perfeição e é constantemente bullied por Fletcher, que tem uma maneira muito sui generis de lidar com os alunos (tipo atirar uma cadeira à cabeça). 
A banda sonora é espectacular (para quem gosta de Jazz) e, mais que um filme sobre música, é um filme sobre os limites do ser humano e do que somos capazes para atingir a perfeição que tantas vezes não está ao nosso alcance. 
Não vou contar mais porque vale muito a pena ver. Num ano em que há muitos bons filmes, este destaca-se. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Os Óscares são já no domingo, e eu também opino...

Mais do que falar sobre os nomeados, gostava de falar sobre os "snubs", quem foi esquecido pela Academia:

1) Jake Gyllenhaal (Nightcrawler) - ADOREI Nightcrawler, mesmo mesmo. Os diálogos, a originalidade do guião, a fotografia, a direcção, a Rene Russo (quanto tempo senhora!) e, especialmente, o Jake Gyllenhaal. Parece-me uma injustiça tremenda meter um Steve Carell (gosto muito do senhor) e esquecerem-se de um actor que já deu tantas provas de talento sem nunca ter o reconhecimento devido, excepto quando o nomearam por Brokeback Mountain, um papel muito inferior a este. Vergonhoso, o snub absoluto do ano. 

2) Ralph Fiennes (Grand Budapest Hotel) - uma vez mais, este foi um filme de 2014 que me encheu as medidas. Sou fã confessa do Wes Anderson e a mistura entre a comédia, a nostalgia, as cores do filme, gostei de tudo. O Ralph Fiennes, que andava um pouco desaparecido das grandes performances, tem uma personagem cheia de camadas e super divertida. Merecia a nomeação, ainda que não ganhasse o Óscar (este ano é o Michael Keaton ou o Eddie Redmayne).

3) Tilda Swinton (Grand Budapest Hotel) - esta mulher é a rainha dos snubs. Já ganhou uma vez por Michael Clayton, mas poderia enumerar várias vezes que se esqueceram dela, a começar por We need to talk about Kevin (props para o Ezra Miller também) e acabando no pequeno-grande papel que faz no Grand Budapest Hotel, totalmente caracterizada e sendo ela mesma ao mesmo tempo. 

4) Gyllian Flynn (Gone Girl) - Melhor argumento adaptado, ponto final. 

5) David Fincher (Gone Girl) - O David Fincher é dos meus favoritos, e dos menos favoritos da Academia. Ainda estou por saber como é que o Fight Club não teve quase nomeações, The Social Network não ganhou nada, etc, etc, etc.

Mais uma vez os Óscares deixam a desejar, mas também o que esperar de uma Academia que nunca deu o Óscar de Melhor Realizador ao Tarantino?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Valentine's day

Não gosto dos dias "temáticos". Não festejo nem dia da Mãe, nem dia do Pai, e muito menos o dia dos namorados. Em casa dos meus pais sempre me ensinaram que não era necessário que alguém marcasse um dia para o pessoal gastar dinheiro para mostrar afecto. Os presentes ou jantares especiais eram feitos quando apetecia, e promovia-se muito o carinho diário.  
Antes de estar com o mais-que-tudo as pessoas diziam que eu não apreciava o dia dos namorados por estar sozinha. Pois que não é verdade. 
Tal como sempre, na nossa casa dão-se provas de afectos todos os dias, com um beijo de bons dias, com uma flor que de repente ele me traz sem eu esperar, com um jantar um bocadinho mais especial a uma terça feira só porque sim. 
Na semana passada, enquanto agendávamos um jantar num restaurante que há muito queremos ir, pensámos em ir sábado. Mas de repente lembrá-mo-nos do dia terrível que era e decidimos marcar o jantar para 6a e não ir aturar maluquinhos do dia dos namorados (tanto amor nesse dia, tanta foto no facebook de menus românticos, para depois ser o que é...). 
Sábado ficaremos em casa, a relaxar, eu provavelmente a pintar as unhas, sem falsos romanticismos nem gastos de coisas fofinhas e pirosas (ADORO aqueles peluches...). 
Afinal, se há coisa que nos une é o nosso ódio comum ao dia de S. Valentim, e há la coisa mais romântica que partilhar ódios? 

P.S.: Um dia partilho a lista de ódios comuns, sendo eu uma pessoa que odeia muita coisa, e ele também, creio que vai ter direito a vários posts... 
P.S.2: O primeiro deles todos é o James Blunt, e o segundo é o Pablo Alboran!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Eu também opino sobre o Syriza

O Syriza é tipo o BE, e toda a gente sabe o quanto eu detesto o BE. Pelo Partido Comunista tenho todo o respeito do Mundo, agora pelo BE? Mas um dia vou-me dedicar a explicar exactamente porquê detesto o BE (não, não é só pela cara de parva da Catarina Martins).
O Syriza, como dizia, é como o BE e como o Podemos: têm um líder carismático, jovem, que sabe apontar os problemas da austeridade mas nunca dizem como resolver exactamente a questão. É do tipo: fora a Alemanha! Não pagamos mais! Estamos nas ruas da amargura! E o pobre senhor que viu a mercearia fechar, mais os estudantes que não arranjam um único trabalho, mais as pessoas despedidas pela multinacional que saiu do país dizem "sim senhor, tem razão, os outros marmanjos andavam aqui há tanto tempo e nunca fizeram nada por nós", e votam neles. 
O Alexis Tsipras tem um filho chamado Ernesto em homenagem a esse assassino motivador de tanto romance que foi o Che Guevara. Gosta de Leonard Cohen, pelos vistos, e por isso tenho de lhe dar um ponto positivo. Acontece que o Tsipras não explicou como exactamente vai reduzir a dívida, ou com que dinheiro vai aumentar o investimento. Isso porque não sabe obviamente, é impossível que um país onde as pessoas se reformavam aos 45 anos possa aumentar o investimento público sem as maroscas nas contas que faziam os antecessores deste grande porreiraço. 
O que me chocou mesmo, no entanto, não foi que ganhasse. As pessoas estão fartas dos mentirosos de sempre e deram uma oportunidade a um populista, é certo, mas sem culpas no cartório pela crise. O que me chocou é que a sede de poder é tanta que o gajo coliga-se com... a extrema direita.
A sério??? É ridiculo. 
Acho que este tipo de populismo é muito perigoso e muito atraente para gente que perdeu tudo com a austeridade, para gente que nunca chegou a ganhar nada por nunca ter conseguido arranjar um trabalho, e para os revoltadinhos do costume. 
Só posso ficar feliz com a vitória do Syriza, especialmente porque assim as pessoas vão ver a merda que é e pode ser que o Podemos aqui em Espanha fique pelo caminho. 
Vamos ver no que isto dá!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Adenda ao post anterior

Também estou farta da Raquel Varela. Quem lhe dá o direito de classificar de pindérico ou suburbano outra pessoa? Isto é que é a esquerda caviar no seu melhor. Além das merdices que debida da sua boca regularmente, sem um claro conhecimento de economia, ainda se acha melhor que os outros. 
Como diz a minha avó: vá mas é pentear macacos!

Farta

Estou farta de intolerâncias, principalmente religiosas. Estou farta do Estado Islâmico e dos extremistas no geral. Mas estou ainda mais farta daqueles que justificam as bárbaries destes queridos com a austeridade, com a crise, com a imigração (tão mal tratados que são aqui coitadinhos, com acesso a saúde e educação e a liberdade religiosa, coisas que não teriam lá nos seus países), com o "pôr-se a jeito". Estou farta da Ana Gomes (um destes dias dedico um post a esta senhora), do Podemos (que se vieram armar em bonzinhos com "je suis Charlie" mas jamais condenam a ETA e não repudiaram publicamente a morte de um polícia empurrado contra um comboio por um imigrante subsahariano na semana passada), do Gustavo Santos (WTF? Mas quem dá tempo de antena a esta anémona?). Estou farta dos "os imigrantes são tpdps tão bonzinhos, tu é que és intolerante". Estou farta de que seja ok gozar com todos menos com os muçulmanos (devia ser ok sartirizar TODOS). Estou farta dos que dizem que nós é que somos infiéis. Deus é amor, até eu, agnóstica convicta, sei disso. Como justificar mortes com Deus? Ele não deve estar contente com estes montes de merda, quando morrerem vão ter uma surpresa. 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015