quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Amanhã: CASA!!!

Finalmente! Amanhã, 4 da tarde e arranco para o aeroporto e estou de volta a Lisboa. Para o Natal e Ano Novo. Mal posso esperar! Claro que ainda tenho de fazer a mala, enfiar todos os presentes lá dentro e isto antes de uma hora que não seja pornográfica para quem tem de acordar às 6h15... 
Mas não me importo com poucas horas de sono, com o cansaço, porque amanhã vou para casa, jantar com amigas, e depois é NATAL! 
Confesso que não estava com muito espírito natalício (os últimos 2 meses do ano não foram muito bons), mas ganhei o espírito. Sempre adorei o Natal, porque haveria de mudar? 
Estou ansiosa também porque quero que comece o novo ano. Não sei porquê, mas sinto que vai ser um bom ano, daqueles que guardamos na memória, daqueles em que atingimos objectivos que nunca tivemos coragem de atingir. Para 2011 já estou a planear viagens (Argentina e Colômbia em Março, Brasil pela 4a vez em Junho, NYC em Agosto para o US Open, Tailândia em Outubro), fins de semana, curso e exame de GMAT, aulas de Alemão (continuar) e candidatura ao MBA para 2012. Estou também a pensar que este será o meu último ano em Madrid. Se tudo correr bem, 2012 já começará noutra cidade e país. 
Preciso de um "fresh start" e prometi a mim mesma que no próximo ano vou deixar de me preocupar, de sofrer por causa dos outros, vou olhar para mim e dar-me ainda mais valor, porque a pessoa que eu sou tem méritos que têm de ser reconhecidos por mim e mais ninguém! 
Bom, e agora ganhar coragem para fazer a mala!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Wikileaks e a hipocrisia

Nos últimos dias temos assistido à revelação dos textos e telegramas aos quais um australiano de personalidade duvidosa teve acesso e que põem em causa a diplomacia norte-americana. Nesses textos estão coisas com tanto interesse para a humanidade como o facto de o Kadhafi usar botox e o Berlusconi gostar de "meninas" (grande novidade). No entanto, também se encontram lá informações de como o BCP tentou trocar informações sobre contas iranianas desde que pudesse continuar a sacar dinheiro do Irão ou ainda de como o embaixador britânico comentou com o americano que os McCann eram mesmo suspeitos de ter morto a filha Maddie (que chapada de luva branca a todos os que criticaram o trabalho da Polícia Judiciária).
Julian Assange pôs em causa toda a diplomacia actual e em risco relações internacionais que já de si são complicadas. A sua sede por protagonismo leva a consequências que ninguém se dá ao trabalho de analisar verdadeiramente. Para o comum dos mortais, Assange é um herói, para mim é um irresponsável com um ódio ao Ocidente quase igual ao do Bin Laden. Vejamos, trata-se de um senhor para o qual as mulheres dos países ocidentais e pacíficos são "desprovidas de intelectualidade, cabeças ocas" e que só tem interesse por mulheres de países "com história política complicada". Lixou-se... Aqui há uns tempos foi à Suécia e foi convidado para passar a noite com duas suecas em dias diferentes. Estas senhoras (sempre soube que a Suécia é um país onde as mulheres são umas púdicas...) acusam-no agora de "sexo surpresa" na manhã seguinte e de se ter recusado a fazer um teste de HIV. Parece ridículo, mas é verdade. Julian Assange está preso por ter tido "sexo surpresa". Arranjaram uma história recambulesca para prender alguém que pôs em causa as relações internacionais simplesmente porque não o podem prender pelo verdadeiro crime que cometeu: divulgar documentos confidenciais na internet. Porque não o podem prender por isto? Por causa da liberdade de expressão.
Sou uma defensora da liberdade de expressão, mas considero que a minha liberdade acaba onde começa a dos outros. Hoje em dia qualquer pessoa pode dizer num jornal o que lhe vem à cabeça, podendo prejudicar outros e muitas vezes de forma grave e injusta. Considero isto um crime. Considero que não podemos defender tudo em nome de uma liberdade de expressão que pode arruinar vidas. Há alturas em que se deve manter uma certa hipocrisia.
Nas relações profissionais, por exemplo, temos de ser hipócritas por vezes e sorrir àquela pessoa que não suportamos, em nome de manter o nosso nivel profissional. É óbvio que os embaixadores comentam entre si como o Sarkozy parece ridículo ao lado da Carla Bruni, ou que a Merkel é feia que dói, mas quem tem o direito de divulgar tudo isso na internet? Na minha opinião ninguém.
Em relação ao Assange é óbvio que estas acusações são hipócritas... Não o podem acusar de nada, por causa da liberdade de expressão, então acusam-no de sexo surpresa. Acabaram por lhe fazer um favor... Ao menos na prisão ninguém o vai matar... Já cá fora, o caso é outro. E não são só os EUA que poderiam tratar de fazê-lo desaparecer do mapa, já que acusou também a Rússia de ter morto o espião envenenado que morreu em Inglaterra, Israel de não sei quantas coisas, enfim, meteu-se com os poderosos. E isso poderá ser-lhe fatal...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É a economia estupido!

Adoro chegar ao trabalho e fazer a minha leitura matinal dos jornais portugueses. Sempre com notícias tão interessantes escritas por pessoas que claramente sabem de tudo! É fantástico.
O tema recorrente nos últimos tempos é a crise, claro. De quem é a culpa (do Sócrates, dos mercados, do polvo Paul?), se o FMI vai ou não entrar (um dia sim, no outro não, conforme a vontade do jornalista), se há mais greves, se a função pública vai ser aumentada apesar de estarmos virtualmente falidos, enfim, uma panóplia de especulações próprias de quem quer vender jornais e publicidade e não percebe absolutamente nada do que realmente se passa.
Há uns meses, os nossos media aprenderam um novo termo: "agência de rating". De repente, estes agentes que mais não fazem senão dar uma classificação a quem lhes paga, eram Deus na terra. Depois, o termo foi "dívida pública", cuja taxa não parava de crescer. Por fim, FMI. Esta organizão é o grande papão actualmente, apesar de que na verdade quase ninguém percebe qual é o problema do FMI voltar a entrar em Portugal.
Eu chamo a todas estas especulações (iniciadas nos media e seguidas afincadamente pela oposição política portuguesa) uma grande falta de responsabilidade.
Não, não sou a dona da verdade, mas penso que percebo mais de mercados financeiros do que um qualquer jornalista ou advogado com sonho de ser actor. O que se passa é que resolveram começar por algum lado a por ordem na economia mundial. Escolheram a Grécia (afinal, que consequências pode trazer atacar aquele paiseco?) e esqueceram-se de um pormenor chamado União Europeia. Este pequeno pormenor fez com que, depois da Grécia, se começasse a analisar as contas públicas dos "pequenos e periféricos", grupo do qual Portugal faz parte, tal como a Irlanda, a Espanha e a Itália (próximas vítimas, sem dúvida). Engraçado, o país que está pior em termos de balanço é, nada mais nada menos, que os EUA, casa das famosas agências de rating e N bancos de investimento. E é aqui que quero chegar. Todos têm interesses a defender, inclusive numa crise, e cada qual faz o que pode para chegar onde quer, nem que isso signifique destruir economicamente meia duzia de pequenos países do outro lado do Atlântico.
Posto isto, faço a ressalva que é óbvio que chegámos a uma situação incomportável em termos de despesa pública em Portugal, mas ainda acho piada quando vejo partidos com assento no Parlamento a defender aumentos para alguns, logo eles, que defendem tanto a igualdade para todos...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dúvida...

Se sabes que estou magoada contigo e isso não mudará tão depressa, porque não tomaste qualquer atitude para mostrar que afinal não eram só palavras e realmente tinhas alguma estima por mim, porque continuas a agir como se nada fosse e ainda a fazeres-te de vítima para com pessoas que sabes que são minhas amigas? Por favor, poupa-me aos sorrisinhos porque detesto hipocrisia e cinismo!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

It's the most wonderful time of the year!!!

Pois é... Chegou Dezembro e com ele a 2ª minha histeria anual (a primeira é o meu aniversário): ESTAMOS QUASE NO NATAL!!!
Apesar de este ano estar um pouco Grinch (ainda nem fiz a árvore de Natal nem decorei a minha casa de 35 m2), adoro o Natal! Sábado fiz a minha primeira incursão pelas compras de presentes e já despachei alguns, embora não esteja propriamente inspirada. Dado que as pessoas para quem comprei presentes lêem este blog, não vou especificar, mas acho que me saí bastante bem! 
E o que é o Natal para mim, uma agnóstica muito céptica? É a altura do ano para a família, para os amigos, a altura em que todos estamos mais bem dispostos, há uma alegria no ar. Claro que deveria ser sempre assim, mas o Natal extrapola todos os bons sentimentos dentro de mim. E, vamos ser sinceros... Uma altura em que todos os cantores "populares" vão aos hospitais fazer o tão especial Natal dos Hospitais... é simplesmente mágico.
Este Natal ainda é mais especial porque 2 grandes amigas minhas acabam de ser pedidas em casamento. Uma já sabiam (já escrevi sobre ela no blog) mas a outra acabou de ser pedida este domingo depois de uma odisseia de 2 dias do namorado dela para conseguir chegar a Madrid (devido aos idiotas dos controladores aéreos de Espanha que também me estragaram o fim de semana programado para Londres). Estou muito feliz por elas e pelas minhas outras 2 amigas que já foram pedidas em casamento antes. Conclusão: 2011 com dois casamentos, um em Portugal, outro em Frankfurt, 2012 com dois casamentos no Brasil! LOL
Bom, para já vou-me dedicar a espalhar espírito natalício pela minha casa toda! 

Mesmo sabendo que não gostavas...

Faço hoje aqui um "mea culpa". Perante mim mesma. Já vai sendo tempo de me perdoar e avançar apesar das coisas que fiz para me prejudicar, para me rebaixar como pessoa. Pelas vezes que não agi como eu sou para agradar a outras pessoas, pessoas que não souberam apreciar. Por me ter vingado em chocolates, massas, natas e outras coisas que tais. Por ter chegado ao trabalho com ar de quem foi sair à noite tantas vezes porque passei a noite a chorar. Por me ter enfiado em sweatshirts e calças largas quando deveria ter posto um vestido e uns saltos altos. Por ter ficado em casa a ver filmes depressivos em vez de sair à noite. 
E tudo por causa de uma situação... Já passou, mas tinha de admitir o mal que me fiz!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Heróis do Mar... Nobre Povo?


Até hoje não tinha escrito aqui sobre qualquer tema político, apesar de me considerar uma pessoa bastante interessada neste tipo de temas.
Em Portugal, os políticos são, por definição, maus. Normalmente, e seja de que partido for, são pessoas com alguma (pouca) formação académica e nenhuma experiência no mercado de trabalho real. Tenho uma explicação para isto: em Portugal, os políticos são mal pagos. Esta afirmação pode ser mal vista á primeira, mas passo a explicar. Não existe retorno para que um bom gestor ou uma pessoa que se destaque numa determinada área se junte à política. Vai ganhar muito menos que numa empresa de topo e ainda vai ser completamente arrasado pela imprensa e pelo povo, que são sempre do "contra". E isto leva-me a uma outra questão. A maioria dos portugueses é pessimista, está-nos no sangue. Estamos demasiado habituados a enfiar a cabeça na areia assim que surge um problema. Não somos lutadores, não herdamos isso dos nossos corajosos antepassados que descobriram o Mundo. A galinha do vizinho é, geralmente, melhor que a nossa, e não apreciamos o bom que temos. Somos, basicamente, derrotistas, e a nossa imprensa faz o favor de contribuir para que este sentimento aumente de dia para dia.
Quantas pessoas existem que estão no desemprego há não sei quantos anos? Quantas dessas pessoas procuram activamente um emprego e quantas esperam simplesmente que o centro de emprego lhes indique um trabalho? Quantas pessoas são empreendedoras e procuram activamente uma solução para ter uma vida melhor? Eu dou a resposta: poucas. Estamos demasiado habituados a esperar que o Governo resolva tudo, que nos dê dinheiro, saúde, emprego. Atenção que com isto não quero dizer que o Governo (este e todos os passados) seja uma entidade inocente... Tem muita culpa no cartório, sem dúvida. Mas, quem elege estes políticos? O povo claro...
Temos muita dificuldade em ter orgulho no nosso País e na nossa História. Só percebi isto quando saí de Portugal e vi que afinal não é assim tão mau, tem coisas muito melhores que, por exemplo, Espanha. Um exemplo desta falta de orgulho foi exactamente o que aconteceu hoje. Estou a trabalhar (em Espanha não é feriado), e resolvi fazer a minha ronda matinal pelos jornais portugueses. Nem um fazia qualquer tipo de referência a, para além de ser o Dia Mundial de Luta contra a SIDA, ser também o dia em que restauramos a nossa Independência e mandámos os espanhóis para onde pertencem: o outro lado da fronteira. 370 anos depois de nos termos revoltado contra uma situação injusta, onde pessoas que nada tinham a ver connosco (as diferenças culturais e educacionais são, na minha opinião, muito grandes) governavam o nosso país e aproveitavam-se da nossa presença em territórios ricos como o Brasil e Angola, ninguém comenta nem festeja este dia. Como é possível? É absolutamente revoltante!
Hoje, que vivo fora, tenho muita tristeza em ver a falta de amor pelo nosso país por parte dos Portugueses que só se queixam da situação mas nada fazem para melhorá-la.
A bem das gerações futuras, é hora de nos revoltarmos mais uma vez e defendermos o nosso País!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Moon River...

Estava aqui com os meus pensamentos a ouvir Frank Sinatra e resolvi partilhar algo... 
Hoje deixo-vos só uma imagem de um dos meus episódios favoritos de Sex and the City (quando a Miranda tem o Brady) e a letra de uma música que faz parte da banda sonora deste episódio e que me diz muito... mesmo...


Moon river wider than a mile
I'm crossin' you in style some day
Old dream maker, you heartbreaker
Wherever you're goin'
I'm goin' your way

Two drifters, off to see the world
There's such a lot of world to see
We're after the same rainbow's end
Waitin' 'round the bend
My huckleberry friend
Moon River and me

Two drifters, off to see the world
There's such a lot of world to see
We're after the same rainbow's end
Waitin' 'round the bend
My huckleberry friend
Moon River and me

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fugas...

Não sei se já repararam, mas quando alguma coisa corre mal na nossa vida temos a tendência para dizer algo do estilo "só me apetece sair daqui" ou "quero desaparecer já". É o nosso instinto que nos diz que se dormirmos durante 1 semana tudo vai melhorar, os problemas vão desaparecer. No entanto, acabamos por enfrentar mais cedo ou mais tarde o problema, e não é por termos fugido que a questão desaparece.
Como sei disto? Porque também eu fugi um dia. Sim, sempre quis viver fora. Sim, abdiquei disso no passado. Sim adoro viver em Madrid, e foi uma grande oportunidade profissional. Mas, se não tivesse acontecido o que aconteceu não sei se teria tido a coragem para sair de Portugal. A verdade é que na 2ª feira a seguir ao sucedido eu estava a pedir para ser transferida. Naquele momento, era incomportável para mim estar sempre a encontrá-lo, a partilhar amigos, sorrir e falar com aquele que um dia foi a minha grande paixão e, pior ainda, melhor amigo.
Assim que, apesar de o ter negado muitas vezes, fugi para Madrid. Se me arrependo? Não, é óbvio que não. Arrisco-me a dizer que foi a melhor decisão que alguma vez tomei. Mas a pergunta correcta é se a minha fuga fez com que tudo desaparecesse, o desgosto, a raiva, a incompreensão. E não, não fez, porque eu saí de Portugal, mas o meu coração partido veio comigo.
Durante muito tempo, apesar de estar a ter "the time of my life" em Madrid, ainda pensava nas coisas, ainda chorava, ainda me sentia magoada. Finalmente passou. Um dia acordei e não pensei nele. Depois outro dia, e outro, e outro. Simplesmente, o tempo curou o que eu pensava que não tinha cura. Se fiquei com sequelas? Bom, quem leu os outros posts sabe que sim, mas isso tem que ser trabalhado diariamente.
Sabem o que aprendi? Que o tempo cura tudo, mas a distância não. E que só depende de nós alcançarmos a cura, juntar as peças. E, para isso, temos de perceber que não tivemos culpa, que não estava destinado, que seremos felizes um dia... E ter muita paciência...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Desejo, Espero, Acredito...

Desejo o dia em que, ao acordar, me sinta completa. Espero pacientemente por esse dia, apesar de parecer que está tão distante. Acredito que chegará, mas sei que tenho muito que fazer por mim até merecer esse dia.
Quero livrar-me do peso que carrego nos meus ombros há tanto tempo e sei que só depende de mim. Não é fácil, mas todos os dias luto para conseguir ver a luz, para me sentir envolvida no calor da serenidade. Já estive mais longe, isso é certo.
Durante muito tempo achei que, para me descobrir, tinha de encontrar outra pessoa que me validasse. Hoje sei que isso não é o correcto, que só me cabe a mim encontrar a pessoa que sou, ver o que tenho de especial, o que me distingue do resto das pessoas. Todos temos algo dentro de nós que nos torna únicos, e é uma pena que alguns nunca cheguem a encontrar o quê.
Como o fazer? Penso que basta acreditarmos realmente em nós, ter esperança, saber que alcançaremos tudo o que nus propusermos.
Basta reconhecer o nosso valor para torná-lo visível a todos os que nos rodeiam. Se é fácil? Claro que não, mas a vida não teria tanta piada se tudo fosse fácil...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um dia que será muito feliz!

Imagino-a. No vestido (que será lindo de certeza), acompanhada pelo pai. A entrar na igreja. Linda, feliz, com aquele ar de quem tem a certeza do passo que está a dar, com a certeza que será muito feliz. Imagino-o a olhar para ela, à medida que ela vai caminhando em direcção a ele, com aquele olhar que só quem ama de verdade consegue ter para a pessoa amada.
Estaremos lá, nós, as amigas, emocionadas nos nossos vestidos, todas produzidas a borrar a maquilhagem com a emoção que será impossível conter. Será o primeiro casamento do nosso grupo de amigas e será logo o teu!
Estou muito feliz por ti e pelo R. e sei que vai ser um dia lindo, tal como a vossa relação. Lembro-me das nossas conversas de há 3 anos, do que vocês passaram, da tua teimosia em assumir (mais para ti mesma que para os outros) que era com ele que querias estar.
Olho para vocês e encho-me de esperança. Afinal ainda é possível! Sei que um dia também eu te farei a surpresa que me fizeste 5ª feira e sei que ficarás tão feliz como eu fiquei por ti.
K. sabes que te ADORO e quero apenas que sejas muito muito muito feliz (sei que serás). Estaremos lá para te ver no teu dia especial.

Muitas felicidades!!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Up in the air...


Up in the air, um filme do qual gostei bastante. Muito mesmo. Mostra como uma pessoa que à primeira vista parece desprovida de qualquer tipo de emoção, afinal pode baixar essa fachada... Infelizmente por vezes pode ser tarde demais...
Bom, lembrei-me deste filme porque ultimamente o aeroporto tem sido a minha segunda casa. Desde que mudei de equipa vou a Lisboa todas as semanas em reuniões, volto para Madrid e saio de fim de semana para um outro sítio qualquer. Quase que perdia o voo para Budapeste por causa disso. Assim que quase tenho passado mais horas no aeroporto do que em casa. Isto cansa, não pensem que não... Tudo bem, posso ver a família e amigos, mas é tudo tão rápido que nem sabe a nada. Ultimamente, a minha mala está quase sempre feita. 
Passar todas estas horas sozinha num sítio com tanta gente mas ao mesmo tempo tão solitário como o aeroporto fez-me pensar. Pensei em muita coisa sobre mim, sobre a minha vida, sobre o que quero para o meu futuro, sobre ultrapassar o meu passado. No fundo, não sei se isto me faz bem ou mal. A minha fachada tem caído cada vez mais, mas ao mesmo tempo fico contente que assim seja. Digo o que penso, mesmo que não agrade, que era uma coisa que não costumava fazer com medo do que os outros pudessem pensar, de como pudessem reagir. Não finjo que gosto quando não gosto, mostro-me como sou. 
Ainda assim, a solidão às vezes cruza o meu espírito. Sim, tenho muitos amigos, sim, viajo muito, sim, gosto do meu trabalho. Mas falta qualquer coisa. Tenho tentado melhorar-me a todos os níveis e tento não pensar nisso, sei que mais cedo ou mais tarde vai aparecer alguém para mim. Mas é difícil não pensar nisso uma única vez. Ainda assim, vou vivendo a minha vida, fazendo as minhas coisas e esquecendo pessoas que me magoam ou magoaram. 
That's life, right? 
Bom, e agora, depois deste desabafo, tenho de ir fazer a mala, que amanhã é dia de dar uma de George Clooney outra vez...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

The End

Tenho muitos defeitos, eu sei e assumo. Sou teimosa, intransigente e bastante irritante quando me chateio. Não admito que me façam o que sou incapaz de fazer aos outros, especialmente se se trata de amigos. Não sou uma pessoa que fique calada quando se passa alguma coisa que não me agrada ou com a qual não concordo. O que mais me irrita? Quando as pessoas fogem dos conflitos, da discussão, e resolvem pensar "já lhe passa" em vez de perceberem que podem realmente ter magoado (mais uma vez) a outra pessoa.
Já tive grandes desilusões com amigos e sou da opinião que quanto mais se gosta das pessoas mais se sofre com isso. Normalmente fico chateada, deito tudo para fora e faço as pazes. Mas muito recentemente cheguei ao meu ponto de ebulição com uma pessoa que eu adoro (sim adoro, no presente) e resolvi afastar-me.
Não suporto quando as pessoas mudam de repente e passamos a ser secundários quando tinhamos um papel principal. Não suporto quando as pessoas que gostavam de estar connosco e dizer parvoices e ser nossos amigos, de repente acham que nós já não somos "fixes" o suficiente para jantar connosco, para sair connosco, para falar connosco.
Sabes que isto é para ti. De certeza que achas que estou a exagerar, que é mais uma das minhas birras de mimada, que não te compreendo e que não tenho razão. Gostava que percebesses o quanto me magoaste nos últimos meses, pensa nas vezes que simplesmente preferiste não estar comigo mesmo sabendo que estava sozinha, preferiste não fazer o esforço para manter uma amizade que para mim era como se fosse de irmãos. Pode ser que um dia percebas a tristeza que me causaste e que, mesmo não falando contigo neste momento, penso em ti e sinto a tua falta. Sinceramente, cansei-me de ser a 2ª escolha, cansei-me de insistir para que estivesses comigo, de esperar pelo teu telefonema para sair, que agisses como sempre fazias desde que nos conhecemos até há um tempo atrás.
Sinto-me muito magoada contigo, já te disse e esta é a última vez que o repito, porque acho que simplesmente deixei de ter importância para ti. São precisos 2 para manter uma amizade, e eu cansei-me de dar os 100%. Espero que algum dia acordes deste teu momento de deslumbramento e te voltes a recordar das pessoas que mais gostam de ti aqui, que estão sempre disponíveis para ti, mesmo com a simplicidade e humildade que não é comum a outras pessoas pelas quais nos trocaste. Até lá não te volto a chatear, dou-te o teu espaço.
Sei que estas palavras são em vão porque o teu nível de sensibilidade neste momento é zero. Mas precisava de aliviar o meu coração que, aliás estará sempre aberto para ti.
Para já, restam-me as recordações de muitos bons tempos que passámos juntos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Budapeste!

Mais um fim de semana passado fora. Desta vez o destino foi Budapeste e adorei. Acho fascinante como países que passaram por tantas coisas tão opostas (neste caso nazismo e comunismo) conseguem ter orgulho na sua história, exceptuando claro essa parte da história em que a sua cultura foi subjugada aos interesses daqueles que se acham superiores e que têm o direito de dominar povos à custa de um "interesse superior" que não passa afinal dos seus interesses. Fico triste por vezes, porque não aprendemos com o que se passou no passado. Ainda hoje existem pessoas a cometerem crimes contra a Humanidade sem que ninguém faça absolutamente nada.
Enfim, viajar por estes sítios é importantíssimo para relembrar o que passámos na história recente e para aprender muito mais sobre nós.
Adoro viajar, e a verdade é que viajo muito. As pessoas normalmente mandam aquele tipo de "bocas" do "ah, vive-se bem" ou "não paras". Respondo sempre a mesma coisa a essas pessoas. Viajar simplesmente é a minha prioridade neste momento. Não me importa o carro que conduzo, desde que ande, nem a casa onde vivo, desde que tenha o mínimo de condições. Penso que quando olhar para trás aos 50 anos é das experiências que vivi e dos sítios que visitei que me vou lembrar, não do que tinha, da casa, do carro, da mala de 500 euros. Por isso viajo.
Para já fica a sugestão, visitem Budapeste e, especialmente, a Casa do Terror, que é um museu que relembra os tempos (infelizes) do nazismo e do comunismo. Na próxima semana faço a minha primeira incursão pela ex-Jugoslávia em Belgrado. Depois conto!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Better said than done

Acredito muito na força da amizade. Acredito que esta às vezes pode ser tão forte que se torna num amor incondicional. Os amigos são a nossa segunda família e, por vezes, são mesmo a nossa família.
Em Madrid tenho uma família. A R. e eu somos tão próximas que nos compreendemos completamente, mesmo sendo tão diferentes como o dia da noite. Estamos lá uma para a outra, sempre à distância de um telefonema, divertimo-nos muito e também discutimos acesamente, embora passado 5 minutos já esteja tudo esquecido. Ela, a M. e a L. são as minhas amigas mais próximas aqui, são as pessoas com quem posso sempre contar, tenho muita sorte em ter estas pessoas aqui e sempre disponíveis.
Os amigos, os verdadeiros isto é, são aqueles que não têm problemas em criticar-nos na nossa cara, em mandar-nos calar quando necessário, zelam pelo nosso bem-estar e felicidade. Dão-nos conselhos e avisos. E é aqui que quero chegar. Muitas vezes os amigos avisam-nos de que o caminho que estamos prestes a escolher não é o melhor. Ora, sabendo que os nossos amigos só querem o melhor para nós, deveríamos seguir os seus conselhos, certo? Então porque não os seguimos tantas vezes?
Bom, eu tenho a minha teoria. Em muitos episódios da minha vida tive os meus amigos a avisarem-me que a escolha que estava a fazer não era a melhor para mim, que só me iria magoar, e ainda assim fiz a minha escolha, segui com ela. Magoei-me? Sim, mas eu acredito que só assim aprendemos. Acredito que só caindo nos podemos levantar mais fortes. Acredito que por vezes é importante sofrer, porque só assim aprendemos a lição sem passar o resto da vida a pensar "E se..."
Ninguém gosta de sofrer, de ser magoado, mas todos já passámos ou vamos passar por isso. Eu já passei muitas vezes, especialmente no que diz respeito à minha vida sentimental. Valeu a pena? Valeu, tornei-me na pessoa que sou hoje.
Muitas vezes senti-me triste, deprimida e, durante quase 2 anos, amargurada. Por vezes penso quantas vezes pode um coração ser partido, se não era melhor desistir, seguir todos os que dizem que somos fantásticos, que não precisamos de alguém especial. Até o meu cérebro me diz isto, mas logo o coração fala mais alto e diz: vale a pena, continua a procurar alguém que te apoie em tudo, alguém para passar as tardes chuvosas contigo, alguém que te ame de verdade, eu aguento ser partido as vezes que forem necessárias porque no final valerá a pena!
Afinal, a esperança é a última a morrer, certo?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Presente é um presente...

"Quando foi a última vez que observaste a tua vida e ficaste assombrado?
Assombrado por te dares conta que estavas vivo, assombrado pela ordem infinita que existe nos objectos mais simples. Assombrado ao perceber que tantas vezes não prestas atenção aos presentes da vida.
Hoje, vê as coisas como se fosse a primeira vez. Mastiga a tua comida lentamente, presta atenção ao cheiro das coisas. Escuta os sonos que chegam aos teus ouvidos.
O Presente é um presente à espera de ser descoberto!" - Yehuda Berg

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Final Chapter...

Pois é... Mais uma vez enganei-me. Mais uma vez desiludiram-me. Mais uma vez levei a conversa da "tu és a minha melhor amiga". Como sabem, tenho andado entusiasmada com a possibilidade de que as coisas resultassem com o F.... Resolvi tirar tudo a limpo e não ouvi o que esperava. Bom, quer pergunta o que quer ouve o que não quer...
Enfim que saí um pouco magoada. Não porque estivesse propriamente apaixonada, mas porque foram criadas expectativas que saíram defraudadas. Mas saí também desta situação com um sentimento de força. Passo a explicar: disse-lhe o que quis dizer, falei bem com ele, mostrei que sou uma mulher adulta que não pode ser tratada de qualquer maneira e acabámos por continuar amigos. Poderia ter seguido o caminho que segui no passado: fingir que está tudo bem, tornar-me na pessoa que eu acho que ele quer que eu seja e apostar tudo numa relação que não existe, esperar pacientemente que ele finalmente olhe para mim e queira avançar, tentar, quanto mais não seja por pena. Não obrigada, não quero passar por isso outra vez.
Sou uma pessoa que gosta das coisas definidas à partida, e cheguei à conclusão que eu sou eu, e quem gostar de mim, gostará como EU sou, não como eu FINJO que sou.
Não preciso agradar a ninguém, não tenho idade nem tempo para aturar imaturidades. Quando gosto, digo que gosto, quero dar a mão na rua, quero combinar fins de semana e jantares. Não quero fingir que sou muito aberta e que não me importa não ver a cara-metade durante 8 dias. Quero ser eu!
Fiquei triste, porque depois de 2 anos finalmente baixei o meu muro protector e, mais uma vez, saí magoada. Sim, eu sei que faz parte da vida de todos, mas custa quando se passa por isso, ponto final. Quando tive aquele desgosto que todas as minhas amigas bem conhecem, parecia que toda a esperança de encontrar alguém tinha morrido para mim. Saí de Portugal e diverti-me muito, viajei muito, conheci muita gente. No entanto, interessar-me por alguém parecia impossível, porque não queria que me partissem o coração novamente. Passado todo este tempo finalmente arrisquei e lixei-me.
Mas, sabem que mais? Foi o capítulo final de uma história que nem sequer tinha bem começado, vai passar, melhor agora que mais tarde e, mais importante, eu continuo eu!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

The Spiritual Rules of Engagement

Recentemente, graças à minha amiga M., comecei a interessar-me pela Kabbalah que, mais que uma religião, é uma filosofia que tem por base o conhecimento e sabedoria como caminho para a realização pessoal. 
Quem me conhece sabe que näo sigo qualquer religião, seita ou grupo de crença. No entanto, sempre gostei de estudar sobre os mistérios que a ciência (ainda?) não consegue explicar. Estudei já várias religiões e penso que, na sua génese, defendem todas o mesmo, sejam monoteístas ou não, acreditem em Jesus, Buda ou Kirshna... Acredito que há uma força maior que influencia o nosso destino, ainda que dispongamos de livre arbítrio. Por isso acredito que, mais cedo ou mais tarde, tudo ficará bem na minha vida. 
A Kabbalah é bastante interessante como filosofia, e tem lições que podem ser úteis para todas as pessoas como eu, um pouco inseguras, interessadas por misticismo, por conhecimento, por coisas diferentes.
Confesso que nunca li nenhum daqueles livros de auto-ajuda, sempre os achei ridiculos, mas a M. acaba de me emprestar um livro de um autor kabalísta, e a verdade é que é muito interessante para todas as mulheres que procuram o amor, ou melhor, mantê-lo e fazer com que a ligação com a cara metade seja algo muito forte e espiritual. Chama-se "The Spiritual Rules of Engagement" e confesso que só vou muito no início e já tive muitos momentos "Ah ah!". Um momento "Ah ah!" é quando percebemos algo que sempre nos fez confusão, e quando fica tão claro que é quase impossível que nos esqueçamos. A primeira vez que tive um destes momentos foi quando vi pela primeira vez o filme "He's just not that into you" (BTW recomendo a todas as mulheres solteiras que o vejam pelo menos 1 vez de 3 em 3 meses).
O livro começa com duas regras simples: 1) os opostos NÃO se atraem; 2) o elemento chave da relação é a mulher. Interessante, não?
Bom vou-vos contando à medida que vá lendo!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

"Neutron Star Collision"

Às vezes temos tanto para escrever que não conseguimos escrever nada. Nos últimos dias, tem-se passado isso mesmo comigo. Estou no meio de um turbilhão de sentimentos despoletados pelo meu fim de semana. As mãos transpiram, a barriga treme, não tenho fome, a concentração é pouca. Confesso que já me tinha esquecido de como é estar neste estado. Contudo, as palavras que quero dizer não me saem. Tenho medo de dizê-las e que as rejeitem, prefiro guardá-las um pouco mais. Prefiro ter a certeza que serão bem recebidas.
O título deste post é um tema dos Muse, uma das minhas bandas favoritas. Fui vê-los a Londres e foi incrível. A paixão com que o vocalista Matt Belamy canta arrepia-me sempre. Tenho ouvido esta música non-stop e deixo-vos o link para o vídeo, apesar que pertence à saga Crepúsculo… Enfim, o que se passou no meu mundinho nos últimos meses parece exactamente isso, uma explosão, mas de coisas boas.
Hoje li numa pesquisa minha para compreender a Kaballah uma coisa muito interessante. Dizia que passamos grande parte da nossa vida à procura do amor, da pessoa certa, da pessoa que nos complete, mas que isso está errado. Nós é que nos termos de tornar a pessoa certa para sermos encontrados. Faz sentido. Na verdade, se pensarmos bem, a partir do momento em que nos sentimos felizes e realizados chamamos mais a atenção, emitimos energia positiva e atraímos coisas boas. Quem me lê (não sei se muitos se poucos, mas também não interessa), pense nisto: energia positiva atrai energia positiva. Não devemos gastar energia a procurar alguém, devemos utilizar essa energia para nos melhorarmos, física e psicologicamente e, porque não, espiritualmente.
Neste momento, trabalho para me tornar uma pessoa completa, para que me possam encontrar… Ou será que já me encontraram? Será este friozinho na barriga um sinal?

Muse: Neutron Star Collision (Love is Forever)

http://www.youtube.com/watch?v=MTvgnYGu9bg&ob=nb_av3e

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Inseguranças...

Mais uma das minhas confissões: sou insegura... Sei que às vezes escondo bastante bem, aliás as pessoas quando me conhecem normalmente têm a tendência a achar-me muito confiante. No entanto, e apesar de anos a tentar contrariar esta tendência, tenho algumas inseguranças. Sim, eu sei, toda a gente tem... Mas, eu tenho uma tendência a encontrar numa frase ou conversa uma pequena palavrinha que me faz pensar coisas do género "ela está meio chateada comigo, que terei feito?" ou "ele vai dizer que não quer sair mais comigo". 
Lembram-se do meu jantar com o F.? Pois não deu grandes frutos... Mas 6a saímos e aconteceu. Desde 6a falámos e hoje dei uma de fortona e não lhe disse absolutamente nada. Ele ligou-me à noite. Deveria ficar super feliz certo? Mas não, fiquei insegura, apesar de ele me dizer para sairmos durante a semana, perguntar como eu estava, que tinha feito hoje... O facto de ele ter dito "saimos e falamos" levou-me a pensar logo no pior! Falámos na 6a porque é que ele não tinha feito nada mais cedo, se eu não tinha sido óbvia no meu interesse... Ele disse que (ironia das ironias) se sentia inseguro sobre se eu de facto estava interessada... 
Enfim, claro que falei com a M. e a R.M. que me disseram que eu sou totalmente louca, que é óbvio que ele tem interesse, se não nem me ligaria... Mas pronto, é o meu eu inseguro a falar mais alto. 
A verdade é que no que diz respeito a relações, sempre tive tendência a culpar-me quando algo não corre bem. Aliás, depois do que me aconteceu há dois anos e tal (fica para outra altura), nunca mais me interessei realmente por uma pessoa. Sim tive "dates" e tal, mas ninguém me estimulou a sério. O F. é o meu género, inteligente, mesmos interesses, mesmos gostos, mesmas ambições... Talvez por isso esteja com medo de realmente me envolver, medo de passar mal outra vez. Estou a tentar não levantar a minha cortina de ferro e deixar-me levar, mas better said then done. 
Resta-me então esperar pelo amanhã e continuar a tentar ser confiante. 
Vou contando! 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Os olhos não vêem, mas o coração sente...

Viver longe tem destas coisas. Há vezes em que queriamos estar no nosso País, queríamos apoiar quem de nós precisa nos momentos maus, e não conseguimos voltar rapidamente. Isto custa mais do que possam imaginar. A preocupação torna-se em culpa, por não podermos estar presentes.
Hoje o meu post é dedicado a ti. Deste-nos um grande susto esta semana, fiquei muito preocupada contigo. A saúde prega-nos partidas, mas sei que te vais recuperar rapidamente e voltar a criticar as criancinhas e os velhos, e a ser aquele F. que conhecemos e adoramos. Desculpa não estar aí, desculpa não te ir ver. Sei que compreendes e não ligas, mas queria estar aí para ti. És das pessoas que mais gosto neste mundo, já vivemos coisas muito boas e muito más, e tu apoiaste-me sempre quando eu precisei. Estiveste lá para mim, quanto mais não fosse para dizer uma piada daquelas bem secas para me fazer rir quando eu estava mal. Não tens problema nenhum em dizer que gostas de mim, tal como eu gosto de ti, porque a nossa amizade
é assim, e sempre vai ser.
Por agora vou aguardando as noticias que me vão passando. Põe-te bom depressa e não nos voltes a pregar um susto destes!
Vejo-te em breve meu AMIGO!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aftermath

Este fim de semana diverti-me. Muito. Aliás, mesmo muito. Foi mais uma ida a Munique para a tão famosa Oktoberfest. 
Foi a minha segunda ida, cheia de cerveja, roupa típica alemã, amigos, wurstl e, infelizmente para mim, muita chuva e frio. Digo infelizmente porque depois de 1h30m na chuva e no frio às 7 da manhã para tentar ter mesa na tenda da Paulaner (missão cumprida by the way), fiquei sem voz e com uma constipação que, para além de me ter impedido de me levantar a horas hoje de manhã, fez com que tivesse de voltar para casa às 3 da tarde. 
Voltar para casa cedo é bom (claro que é muito melhor quando não se está doente e tem de se fazer chá e canja e tal), dá para vestir o pijama e uma sweatshirt, por uma mantinha em cima das pernas, ver uns filmes (Up in the air foi a minha escolha, muito bom), ler, ver todos aqueles programas estúpidos da tarde e escrever no blogue.
Para além de tudo isto, ainda dá para ler os blogs que costumamos seguir. E foi assim que tive o meu momento de revolta diário. Ao ler o Croquete e Girassol deparei-me com a crónica da escritora light mais idiota do nosso pequeno jardim à beira mar plantado. A Margarida Rebelo Pinto. A crónica denominava-se "As Gordinhas" e foi talvez a coisa mais estúpida e ressabiada que já li. A Croquete tem razão quando diz que é um estilo de escrita. O estilo de escrita desta senhora sempre foi chocar, escrever alguns palavrões e algumas coisas que ela acha que são verdades e esperar que uma data de pessoas ávidas por ler qualquer coisa compre os seus livros. Sou sincera, quase li um que me ofereceram. Quando cheguei a metade desisti, porque era tão ridículo que não consegui acabar. 
Sinceramente, o que me choca não é a escrita dela. O que me choca é que ela seja sequer considerada escritora. Penso que não é preciso ter muito talento para escrever 100 páginas de sexo, palavrões e clichés. Além disso, um verdadeiro escritor é humilde e, mais importante, tem talento. Até penso que há escritores light que escrevem bem, são agradáveis de ler e tal, mas a MRP não é escritora, é uma autora de livros "coquete" que as pessoas que necessitam de dizer que são cultas pelo menos porque lêem uma amostra de livro compram. 
Tenho de confessar, a crónica afectou-me, tocou-me "las narices", como dizem aqui neste deserto, porque eu mesma pertenço a grupos de rapazes, tenho confiança, sou igual com eles e com as minhas amigas e eles protegem-me. Agora, abrir as pernas e fazer chichi num qualquer beco do Bairro Alto nunca fiz. Quanto ao conselho de "arranjar um namorado, ou uma dieta, ou os dois", também tenho um conselho para as "boazonas" como a MRP que se sentem ameaçadas pelas "gordinhas". Conquistem-nas e verão que é muito mais fácil que os nossos amigos olhem para elas. Sejam menos fúteis, ou arranjem uma personalidade, ou os dois! 
Bom, depois deste meu momento de revolta, vou tomar o meu cocktail de comprimidos para a constipação e dormir! 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Just let it happen!



Confesso que sou daquelas pessoas que passam a vida a fazer filmes na cabeça.
Isto prejudica-me bastante, porque fico nervosa com as coisas mais simples. Cada vez que tenho de tomar uma decisão penso em todas as consequências de escolher A ou B, se me vou arrepender, se será o melhor para mim...
Mas os filmes não se ficam por aqui. Tenho sérias dificuldades em dizer que não aos meus amigos e penso se ficarão chateados se eu não vou áquele jantar, festa, evento, whatever.
O pior, no entanto, são os filmes que faço em relação à minha vida amorosa. Se estou interessada em alguém e essa pessoa não me liga nenhuma, fico a pensar que terei feito de mal, se não sou interessante o suficiente, fico com toda a insegurança do mundo.
E se me convidam para um café ou jantar ou o que seja, fico logo a pensar em como devo agir, o que devo vestir, o que devo falar... Conclusão, fico tão nervosa que as coisas não me saiem naturalmente e acabo por ser ridícula e nada daquilo que gostaria de ser.
Hoje tenho um date, ou melhor, penso que tenho um date.
O F. vai jantar lá a casa e tenho andado a pensar no que devo cozinhar, se terei tempo para fazer tudo antes de ele chegar, o que devo vestir, que música por, o que devo fazer para que tudo fique perfeito. O meu amigo J. disse "não faças filmes, age naturalmente", frase que deu origem a este post.
Espero conseguir seguir o seu conselho e ser eu mesma, não esperar nada e estar confiante...
Vamos ver como corre!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Historia de un letrero

Porque há coisas que devem ser partilhadas...

http://www.youtube.com/watch?v=zyGEEamz7ZM

My favourite things...

Só porque sim, partilho convosco algumas das coisas que mais gosto na vida, sem nenhuma ordem específica:

- O abraço do meu pai;
- O cheiro da primeira chuva de Outono;
- Nova Iorque em Dezembro;
- O Natal em família;
- Os beijos da minha mãe;
- Cozinhar (verdadeira terapia);
- Passear em Convent Garden;
- O apoio e grande amizade da R.M.;
- As folhas a caírem no Outono;
- Comer castanhas em Novembro;
- Ver o sol nascer na varanda do Lux;
- O carácter expansivo e sincero da K.;
- Comer caracóis com amigos numa tarde de Verão;
- A casa e os mimos da minha avó;
- A cabeça de vento que é a A.M.;
- Ficar em casa numa tarde de chuva com uma manta, chá e uma carrada de bons filmes;
- Escrever;
- Cantar no carro quando estou sozinha;
- O carinho do S.;
- O Rio de Janeiro (em qualquer altura);
- Ler, ler e ler;
- Olhar o Mar em Portugal no Inverno;
- O Natal em família;
- A presença constante da R.
- Festas na praia no Verão;
- A alegria dos meus amigos brasileiros;
- O BENFICA!!!
- O feitio desbocado e ao mesmo tempo muito querido da P.;
- Passar uma tarde com conversas parvas com as minhas amigas de e para sempre.

Por fim, last but not least: Ser independente e ter orgulho em mim, no que me tornei e no que alcancei!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vira o disco...

... E toca o mesmo.
Apesar de ser rapariga, sempre me dei bem com rapazes. Desde a escola primária, onde mantinha uma relação de amor/ódio com o meu melhor amigo, até agora aos 20 e tal anos. Aliás, por me dar tão bem com rapazes, fui considerada muitas vezes "one of the guys" e nunca tive qualquer tipo de problema com isso.
No entanto, esta situação acabou por tornar-se desconfortável quando me comecei a interessar por rapazes. Por um lado, a minha imagem pouco feminina na altura fazia com que ninguém se desse ao trabalho de sequer me olhar e conhecer. Depois, mais tarde, foi o meu feitio que foi o impeditivo. Por me dar tão bem com os meus amigos homens, sempre me viram como a amigona, em vez de me olharem como uma mulher que também gosta de ser feminina, de que a levem a jantar fora, de (algumas) comédias românticas, enfim, que a apreciem, que lhe digam que está bonita.
Quando saí de Portugal, pensei que iria contrariar esta situação mas, mais uma vez, fui eleita a rapariga com quem os rapazes não têm problemas em sair e em falar de tudo (inclusive de outras raparigas). Tudo bem por mim, até ao dia que me voltei a interessar por alguém, depois de muito tempo, e vejo que ele só me vê como amiga.
Mais uma vez lixei-me, perdoem-me a expressão, por ser porreira.
Mas, sabem que mais? Já não importa. Já não me preocupo, porque sei que há coisas que não se forçam, simplesmente acontecem. E, enquanto espero pelo certo, vou vivendo a minha vida, vou-me divertindo, e vou continuando a ser a "amiga gajo".
Neste ponto da minha vida sinto-me bem, tenho sucesso, gosto de mim, viajo e tenho verdadeiros Amigos/as que me alegram todos os dias. Não me vou esforçar para ser algo que não sou por uma pessoa, já fiz isso e correu muito mal, mas isso fica para outra altura...

Agora, it's all about me and my happiness!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Lisboa!

Volto hoje a Lisboa, a cidade que me viu nascer e à qual tenho uma ligação inexplicável.
Confesso que não a apreciei tanto como deveria até sair de Portugal (na verdade, não valorizei realmente o meu país até sair dele...). Hoje, voltar a Lisboa é voltar a casa. Quando o avião inicia a aproximação final e vejo todas as colinas, as casas típicamente portuguesas, Alcântara, Lapa,  a Basílica da Estrela, fico emocionada como fico com poucas coisas.
Lisboa é uma cidade linda. Das melhores coisas na vida é sem dúvida passear pelo Chiado, subir até ao Castelo de São Jorge, passar no miradouro da Graça, jantar no Chapitô, beber um copo no Bairro Alto, dançar até de manhã no Lux.
Amo Lisboa! Amo o Rio Tejo, que te dá vida, amo o Fado, que é a Alma de todos os portugueses, amo a forma como és tímida, mesmo sendo tão linda. Sinto sempre saudades da minha Lisboa e é sempre reconfortante voltar.
Para ti Lisboa!
Lisboa menina e moça (Carlos do Carmo)
No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar

À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua

E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

Lisboa no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Just Happy

Após o meu pequeno ataque de pânico ontem, acalmei-me, pensei muito e tomei a decisão. Claro que antes falei com não sei quantas pessoas, cada uma com o seu ponto de vista e opinião. Foi bom, no fim consegui chegar exactamente onde queria.
Estou de saída da equipa onde trabalho. Novos desafios apresentam-se pela frente. Em Junho, quando tive um ataque gigantesco de pessimismo (suficientemente grande para chorar todos os dias), um amigo disse "o segundo semestre vai ser melhor, a tua vida vai mudar". Disse-o em tom de brincadeira, mas não podia ter acertado mais. A partir de Julho tudo começou a melhorar. Decidi cuidar mais de mim, apareceram novas propostas profissionais... Enfim, uma enchente de coisas que me fizeram ganhar uma confiança em mim que nunca tive. Claro que as férias maravilhosas também ajudaram...
Para tudo ser perfeito só falta uma coisa... Mas quem sabe se não está para breve?
Bom, hoje estou animada. Fui ao ginásio, trabalhei bem (apesar de estar já de saída) e logo espera-me um jantar com amigos. Este fim de semana vou matar saudades da minha linda Lisboa, ver amigos do coração, comer comidinha da boa (mas saudável claro) e preparar-me para o desafio que aí vem.
Todos temos altos e baixos, mas neste momento estou no topo! Estou feliz!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mais vale um pássaro na mão...

A vida profissional nem sempre é fácil. Quantas vezes já pensei em fazer uma loucura e largar tudo, partir à aventura. No entanto, de repente tudo muda e vemo-nos no ponto no qual temos de tomar uma decisão que pode influenciar toda a nossa vida.
Dizem que mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Mas, e quando temos dois pássaros, um em cada mão? Qual a opção a fazer? É aqui que surgem todas as perguntas... Será que um vai voar mais alto que o outro? Devo escolher o que é mais interessante, mas tem mais risco de não voar, ou melhor, de voar e cair rapidamente? Qual escolher? Será que um dia nos vamos arrepender da opção que fizemos?
O meu maior medo sempre foi um dia olhar para trás e ter arrependimentos. Tento viver a vida ao máximo, aproveitar cada momento, apenas para que um dia me sinta orgulhosa porque fiz tudo o que queria. Mas, por vezes, chegamos a uma fase em que não podemos arriscar, preferimos pensar em estabilidade, em segurança. Temos receio de não ser tão bons a fazer uma coisa nova, como somos a fazer a antiga.
Hoje é um dia em que todas estas dúvidas pairam na minha cabeça. Devo seguir o caminho que sempre ambicionei e arriscar, ou devo seguir o caminho mais tranquilo?
Realmente, tomar decisões não é nada fácil...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Sputnik, meu amor"

Escrevi este post sentada numa cadeira de avião voltando de Londres. Durante 2 horas tenho o prazer de levar pontapés na cadeira porque a miúda atrás de mim não consegue estar quieta. Para culminar, tenho uma senhora chilena dos seus 65 anos comunista que tentou meter conversa comigo sobre o 25 de Abril e como eu tenho de lutar pelos direitos dos trabalhadores...
Assim que enfiei a cabeça no meu livro e acabei de o ler. Li metade no vôo para Londres e a outra metade no para Madrid. Chama-se "Sputnik, meu amor" e é de um dos meus autores favoritos, Haruki Murakami.
A forma como este escritor impregna nas suas obras algum surrealismo e algo de sobrenatural, misturado com histórias que poderiam ser a vivência de cada um de nós deixa-me sempre a pensar.
Penso sobretudo como aquelas personagens têm tanto a ver comigo, como me identifico com elas. Como por vezes sinto que o eu que se apresenta ao mundo não é o meu verdadeiro eu, aquele que habita não o meu cérebro, mas a minha alma.
Os livros de Murakami são, sobretudo, histórias da vida comum num mundo como o que vivemos. Normalmente passam-se no Japão, um país que já de si me causa algum interesse, pela forma como o expoente da modernidade convive com tradições milenares e alguma superstição. Nas obras deste autor, a personagem principal é sempre uma pessoa comum, que podería ser qualquer um de nós. Essa personagem passa por experiências deste e do "outro mundo", do "outro lado do espelho". Esta travessia contribui para que a personagem se encontre consigo mesma e, no final, para que os dois "eus" (o do mundo real e o do mundo surreal) se encontrem e se unam.
Como já referi, fico sempre a pensar quando termino de ler Murakami. Será que algum dia terei a coragem para me mostrar sem filtros ao mundo? Será que os meus dois "eus" se irão unir plenamente algum dia?
Pela janela do avião já se vê solo espanhol. É hora de me preparar para a aterragem.
De volta ao mundo real...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quem um dia irá dizer?

"Quem um dia irá dizer, que não existe razão para as coisas feitas pelo coração?"
Lembras-te? Foste tu quem me mostrou esta música e hoje, já depois de vários anos, sempre que a oiço lembro-me de ti. A vida é irónica e faz-nos crescer, nós crescemos muito desde a época em que conheci esta música. Assistimos a muitas coisas das nossas vidas e mantemos uma amizade bonita, divertida, especial, mesmo estando longe.
Para mim, esta é a tua música e sempre será. A tua impulsividade, alegria, parvoíces, são coisas que te fazem ser a pessoa tão especial que és. Nunca mudes!

Gosto de ti!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Life is like a box of chocolates...

Uma amiga criou um blog. Inspirou-me.
Penso que, na vida, muitas vezes precisamos que nos inspirem, que nos dêem forças para fazer algo por nós.
Sempre gostei de escrever. Acompanhada pelo meu moleskine, lá vou escrevendo. Escrevo sobre mim, sobre quem me faz bem, sobre quem me faz mal. Escrevo sobre as situações da minha vida.
A minha luta constante para me aceitar como sou, para me achar bonita, para me valorizar mesmo com todos os meus defeitos tem marcado toda a minha existência. No fundo, penso que será assim para toda a gente. Afinal, o que é a felicidade se não um nível máximo de aceitação e realização pessoal?
O título do blog não é propriamente original, retirei-o de uma cena de um dos meus filmes favoritos, onde uma mãe diz a um filho "life is like a box of chocolates, you never know what you're gonna get!". Esta frase, tão simples, acaba por ser uma das minhas maiores verdades, por isso resta-me apenas partilhar os chocolates que vou encontrando na minha própria caixa...