quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014 foi bom, agora venha o 2015!

2014 foi um bom ano para mim.
Profissionalmente fui promovida, fiquei responsável de uma coisa que já queria há muito e estou motivada para o novo ano.
Pessoalmente foi o ano em que começámos a viver juntos, em que a nossa relação se cimentou e em que fomos muito muito felizes juntos. Fomos aos Açores, à Costa Alentejana, várias vezes a Lisboa (obviamente), á Tailândia e ao Cambodja e a Londres. 2015 começa com um fim de semana em Varsóvia e em Outubro iremos até ao Brasil para um casamento. Espero que 2015 seja um ano em que possamos mudar para uma casa maior, mas continuar a adaptar-nos da melhor maneira um ao outro, e continuar a conviver da melhor maneira. 
Por outro lado, o meu primeiro sobrinho nasceu, filho da minha grande amiga de há 400 anos atrás (mas parece que foi ontem que nos conhecemos!). É um bebé LINDO que foi o primeiro mas que em 2015 vai ter companhia, porque outra grande amiga minha acaba de me contar que está grávida. 
Os meus pais pregaram-me sustos a nível da saúde. Se no caso da minha mãe o que parecia um linfoma, afinal era só uma artrite (nem reumatóide é), no caso do meu pai a coisa é mais bicuda. Ninguém sabe ao certo como tratar uma suposta esclerodermia e os diabetes estão a subir. Perdeu muito peso, o meu pai, e só peço que em 2015 o possam tratar da melhor forma e que se recupere!
Sinceramente não posso pedir muito. Peço saúde (especialmente para o meu pai) e felicidade como tenho tido até agora em casa. 
Desejo um Feliz 2015 a todos, com muita saúde e muita alegria.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Fixe fixe

É o pessoal da TAP convocar uma greve de 4 (!!!) dias para a altura do Natal... Tenho voo dia 28, vamos ver no que isto dá, porque comprar outro voo quando não há serviços de terra não é alternativa, e dia 29 tenho de trabalhar. 
Fazem greve contra a privatização... São tão burros que não percebem que isto causa ainda mais prejuízo e faz com que a TAP se venda ao preço da chuva. Mas tudo bem, os mais privilegiados são sempre os que menos problemas têm em fazer greves.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A liberdade de expressão e a troca de ideias segundo a extrema esquerda (pelo menos em Espanha)

Concordas com tudo o que dizem? Critica à vontade os outros no Facebook e és um grande democrata. 
Criticas um partido populista que só diz coisas não factíveis (tipo 750 euros para toda a gente) e, entre outras coisas, defende o regime na Venezuela? És um fascista. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O mundo ao contrário

Estava a ler esta notícia e achei que o mundo está mesmo ao contrário. Cada vez mais as mulheres são pressionadas para não ter filhos, para privilegiar a carreira, para ser tão profissional quanto podem ser, porque supostamente as oportunidades são "iguais". 
Eu gosto do meu trabalho, quero subir, ter uma carreira. No entanto, NUNCA porei um emprego por cima da minha vida familiar, da possibilidade de ter filhos. A solução não passa por oferecer um programa de congelamento de óvulos às funcionárias, isto é inaceitável. Alguma vez está certo uma mulher (ou homem) esperar até aos 50 anos para ser mãe (pai)? 
Os EUA são muitas vezes considerados o país de sonho para trabalhar, para viver o "sonho americano", mas basta ver um artigo como este artigo para ver a verdade: praticamente nenhum sistema de saúde pública, educação muito pobre (relembro que há estados onde apenas se ensina o creacionismo), um índice de gravidez adolescente dos mais altos do mundo "desenvolvido", 10 dias de férias ao ano, etc, etc. 
Eu, que AMO viver na Europa, onde continuamos a ter muitos mais direitos que o americano médio, onde é normal que uma pessoa se beije antes de casar (não vou por mais links, procurem quiverfull movement no google), onde ficamos revoltados se nos reduzem os nossos direitos de saúde (pagamos muitos mais impostos também), e onde uma mãe tem o direito a ter um filho e a ter entre 4 meses (Portugal) e 1 ano (Suécia, Noruega, etc) de licença de maternidade, sem por isso ser despedida. Acredito que se deve dar o mesmo direito à mãe e ao pai para que possam partilhar uma licença por maternidade que possa ir até 1 ano. Não dar condições para uma mulher congele óvulos e adie eternamente a maternidade. Isto parece-me assustador e uma grande falta de respeito. 
Um dia, quando morrermos, não é do nosso chefe que nos vamos lembrar, vamo-nos lembrar do nosso marido, dos nossos filhos, dos nossos netos. As alegrias vêm da família e dos amigos, o trabalho é um meio para conseguir viver bem e disfrutar da companhia das "nossas pessoas". 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Nobel da Paz

Desde que este prémio existe, muitas vezes a sua atribuição foi injusta (sim, estou a falar do Obama, ou do Henry Kissinger, to name a few). O Gandhi nunca ganhou, a Eleanor Roosevelt também não, nem a Corazón Aquino. 
Mas este ano fez-se justiça: Malala Yousafzai e Kailash Satyarthi, uma jovem de 17 anos e o um homem de 60, ela muçulmana e ele hindu que lutam pelo mesmo objectivo: direito à educação, direitos das mulheres e das crianças. Porque este ano era muito importante mandar a mensagem ao extremismo, aos que crêem neste mundo que uma mulher ou uma criança é inferior, que se podem aproveitar dela porque não se sabe defender, que se podem casar com uma miúda de 10 anos só porque sim. 
Parabéns ao Comité, este foi merecido. Malala e Kailash: obrigada por serem uma inspiração.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Pensamento do dia

O mundo está muito mal quando se prefere falar de um abate de um cão que poderia estar infectado com ébola, do que discutir o que fazer para evitar que outras pessoas sejam contagiadas. Isto por estes dias aqui em Espanha está mesmo feio. Toda a gente a aproveitar-se de uma pobre mulher que sabe Deus se viverá por ter tocado na cara com uma luva (não o deveria ter feito, logicamente), falando do cão, dos ministros, fazendo comparações estúpidas. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Vergonha é...

Ser mega fã do Rufus Wainwright e só agora ter descoberto a irmã dele, Martha, e as suas músicas. Estou maravilhada! 


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ódios de estimação #8

Gente que se acha mais que os outros

Há um tipo de pessoas que se acha mais que os outros. Mais inteligente, mais trabalhadora, mais correctos, mais tudo. Detesto essas pessoas. 
Na faculdade, havia um rapaz com quem tive discussões verdadeiramente épicas. Ele era o responsável de um dos departamentos da AE do qual eu fazia parte. Mais tarde, ele foi presidente da AE e eu era a presidente do Conselho Fiscal. O gajo sempre, mas sempre, teve a mania que "ele é que é o Presidente da Junta". Não tinha qualquer respeito pelas ideias dos outros e sempre se achou muito inteligente quando era um merdas. Quando saiu da faculdade, teve vários trabalhos até arranjar o tachinho no Ministério da Educação que tem hoje (o Ministro foi seu professor). Acontece que há uns dias o encontrei no aeroporto de Madrid. Ele vinha de Bruxelas, como me fez questão de dizer (uhhhhh, em vez de estares a tratar das listas dos professores vais a reuniões que servem para... zero) e tinha feito escala em Madrid antes de ir para Lisboa "cansadíssimo". Não me via há 6 anos, e qual foi a primeira pergunta que me fez? Se eu tive férias. Quando eu respondi que sim senhor, que tive, riu-se com ironia e pôs aquele ar de superioridade e disse "que sorte, eu em dois anos só tive 10 dias de férias". O meu namorado, que me conhece bem demais, deu-me logo um toque com medo que eu rebentasse, mas eu fui mais querida ainda e disse: "sorte não, trabalho para isso, mas tenho a certeza que tens outras regalias lá no teu cargozinho pago por todos os portugueses". O gajo não respondeu mais, soube que ia ficar mal, porque até de Madrid a Lisboa lhe pagam a viagem em Business. 

Este é um exemplo, como há muitos mais. Pessoas que são tão amigas de julgar os outros que se esquecem de olhar para as próprias vidas, achando-se a última bolacha do pacote porque trabalham até tarde (eu não trabalho até muito tarde porque julgo que a eficiência vale mais do que estar a olhar para o computador até às 8 da noite, prefiro ir para casa ver o meu namorado, jantar, divertir-me, etc.), ou porque sabem muita coisa (não sabem nada), ou porque acham que a educação e os valores deles são os melhores. 
A minha família sempre fez questão de ensinar a humildade como um dos valores mais importantes. Eu considero que temos de ser a melhor pessoa que possamos ser, sem passar por cima de ninguém. Eu não me acho melhor que ninguém, mas detesto que me façam de estúpida. Eu também estudei (e até fui muito boa aluna), também tenho um trabalho interessante (e até bastante valorizado neste momento), também falo outras línguas, e mesmo que não tivesse nada disso, e fosse uma residente do pior bairro social de que há memória, NINGUÉM teria o direito de se achar mais. 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Filmes que a maioria do gajedo adora e eu detesto... #3

Estava para aqui a ler um artigo da CNN sobre os filmes que melhor e pior reflectem a vida de um expatriado e comecei com uma comichão terrível. Depressa percebi porquê: um dos filmes que eles consideravam entre os piores era um dos filmes mais ridículos que alguma vez vi: "Eat Pray Love", a adaptação daquele que será o livro de "memórias" mais falso da história de publicações (recuso-me a incluir isto em Literatura).
Vi esta pérola em casa, num domingo de chuva, quando estava demasiado ocupada a pintar as unhas para mudar de canal. A história é daquelas típicas do filme romântico americano que quer "enaltecer" a fortaleza da mulher mas acaba por reduzir a existência feminina a uma coisa: a necessidade de encontrar um homem tipo ontem, para esquecer o anterior. 
A Elizabeth Gilbert, esse epíteto de coragem de "largar tudo", recebeu 200 000 USD in advance para escrever o livro. Ou seja, esta grande querida foi passear para Itália  Índia e Indonésia à conta de um adiantamento de uma editora. Esta parte não é retratada no filme, só o desgosto que ela teve e que a levou a "abandonar todos os seus bens materiais para descobrir-se a si mesma". A Julia Roberts vai então para Itália comer massa como se não houvesse amanhã, mas não engorda. Deve ter boa genética, que se eu passar 4 meses em Itália a comer massa em menos de nada me ponho com 100 kgs. Depois vai lá para a Índia procurar o seu "eu interior" a rezar e não sei quê, tudo um cliché da pior espécie.
Mas a parte pior (sim, ainda fica pior) é quando ela encontra a parte "love" em Bali (qualquer pessoa pode passar um ano sem trabalhar a viajar e gastar dinheiro assim, claro... só quando se tem 200 000 USD adiantados), onde o grande Javier Bardem (na sua pior actuação de sempre, devem-lhe ter pago muito dinheirinho para reduzir o seu talento a esta merdice) faz de brasileiro (AHAHAHAHAH) com o PIOR sotaque de sempre. A sério, o Rodrigo Santoro não estava disponível para fazer dele mesmo, como sempre? Ai eles zangam-se, eles fazem as pazes, ela descobre novamente o amor e pronto! Volta a ser uma mulher completa. 
Muito bem, agora pergunto: a querida já tinha um contrato, portanto foi à procura de tudo o que encontrou. No caso do brasileiro (na vida real é mesmo um brasileiro), teria ela ido para Bali para tentar "to get laid"? Fica a pergunta, andou lá ela feita maluca depois de fumar umas quantas coisas na Índia a tentar dormir com tudo o que se mexesse para poder casar outra vez?
Ficam aqui estas questões, cada um pense o que quiser. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ódios de estimação #7

Feministas

Recentemente, houve na blogosfera uma grande polémica por alguém ter feito uma piada com uma blogger que é conhecida por ter umas ideias muito firmes e não aceitar de ânimo leve qualquer critica que seja, terminando muitas vezes os argumentos com um "END OF STORY" ou um "não sabes de que falas". Reconhecendo que nenhuma das partes esteve bem, vou confessar que dita blogger e outras mais da blogosfera padecem de um feminismo tão aguerrido que acho que acaba por ser mais discriminante. 
São o tipo de pessoas que defendem a proibição do piropo, que misturam isto com uma violação e com violência doméstica, e que, mais importante, têm sempre razão.
Ultimamente vejo um fenómeno feminista que passa por mulheres que não se depilam e ainda criticam quem o faz (ah, realmente deviamos TODAS ter pêlos no sovacum, que higiénico), andam de mamas à mostra para "protestar" contra os assassinos que são, normalmente, todos os homens e mulheres que se arranjam. Eu detesto isto, eu detesto o dia da Mulher, porque acho que também devia de existir o dia do Homem. Nós não somos inferiores, temos de deixar de agir como vitimas! A sério, sejam mulheres fortes, trabalhadoras, mostrem-se como são, não façam este tipo de figuras. E mais importante, aceitem os outros mesmo que discordem do que vocês dizem! Nem todas concordamos com a forma de feminismo defendida por muitas.

Eu só quero é ir de fériasssssssssss!!!!

Mas ainda faltam 11 dias...

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Hoje começa o Mundial...

E o meu ranking de preferências é:

1 - Portugal, obviamente
2 - Brasil, porque falam português e pelos meus amigos brasileiros
3 - Alemanha, porque é sempre bom estar do lado de quem nos pode dominar a qualquer momento
4 - Itália, por causa do Andrea Pirlo
5 - Colômbia 
6 - Holanda
7 - México
8 - Japão
9 - Chile
10 - Uruguai
(...) - TODOS os outros
por último - Espanha


terça-feira, 27 de maio de 2014

Sobre as eleições europeias em Espanha

Por ser cidadã europeia, pude votar em Espanha para estas eleições. Por isso, dei-me ao trabalho de ler os programas dos partidos (pelo menos de 5 ou 6, que isto aqui é partidos que nunca mais acaba). Decidi-me por um partido centrista, sem ser PP nem PSOE. Gostei da alternativa apresentada, e a UPyD elegeu 4 deputados este ano, em vez do único deputado eleito em 2009. Em Espanha o bipartidarismo foi o principal castigado: o PP cantou vitória, mas perdeu 2.5 milhões de votos, no PSOE o secretário geral demitiu-se. 
A surpresa foi um partido chamado PODEMOS, numa clara alusão ao "Yes we can", um partido de hipsters e revoltadinhos do movimento 11M, liderados por um professor universitário de rabo de cavalo. Nas papeletas, o simbolo deste partido tinha a cara do seu líder, Pablo Iglésias, trotskista. Elegeram 5 deputados europeus. Existem há 3 meses. Há que dar atenção a este fenómeno, a esquerda subiu em Espanha, no geral, seja através do Podemos, da Izquierda Unida, de movimentos nacionalistas, etc. Uma esquerda radical na verdade. É certo que isto foi um castigo aos partidos do centro, e bem dado. O PP e o PSOE são vergonhosos, comportam um sem fim de escândalos. As pessoas não são parvas, e procuram hoje uma alternativa que se preocupe com elas, em vez de ganhar mais dinheiro a roubar ao estado. 
Posto isto, não posso negar que prefiro ver este miúdo do Podemos no parlamento, que os nazis que foram eleitos na Grécia. Mas isso fica para um próximo post. 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sobre as eleições europeias em Portugal

1 - O PS ganhou.
2 - O PSD/PP ganhou porque perdeu mas com pouca margem.
3 - A CDU ganhou porque subiu no número de votos.
4 - O Marinho Pinto ganhou.
5 - O BE ganhou porque ainda assim elegeu um deputado. 
6 - O Rui Tavares perdeu. 

Esta foi a leitura que fiz das declarações dos diversos partidos e analistas que ouvi e li hoje. E isto é ridículo. É ridículo porque:

1 - O PS perdeu, porque deveria ter ganho de uma forma estrondosa, não por 100.000 votos. O Seguro que deixe de ter ilusões, porque ele vai conseguir tanto ser primeiro ministro, quanto eu vou ganhar um Nobel. E ainda bem. O PS sempre foi a minha cor política, mas neste momento não tem uma liderança minimamente forte. Venha o António Costa!

2 - A Aliança Portugal perdeu, não nos podemos esquecer que são dois partidos coligados. As (pouquíssimas) pessoas que votaram tentaram dar um cartão amarelo a esta política de austeridade (só para alguns). É verdade que tomaram medidas para melhorar a economia - insuficientes a meu ver. E ainda se está a emitir mais dívida. E a subir impostos, que é uma medida puramente temporária e não sustentável. Ninguém que ganhe 500 euros por mês consegue sobreviver a uma política de aumento de impostos como a que estamos a ver. E os pequenos negócios também são altamente prejudicados. Ao mesmo tempo continuo a ver contratações para o Governo de miúdos de 27 anos a ganhar 3000 euros por mês (já sei que não é assim que se resolve, mas há que dar o exemplo, lá está). O Estado precisa de uma reestruturação profunda, e isso ninguém tem coragem de fazer. 

3 - Os votos de protesto foram na CDU, e nada mais. Não têm a mínima hipótese de formar Governo (graças a Deus nosso Senhor), mas ao mesmo tempo é bom que continuem a existir. 

4 - O Marinho Pinto também beneficiou do seu perfil público de "justiceiro" e, uma vez mais, recebeu votos de protesto de quem já não acredita em nada. 

5 - O BE morreu ontem. E isso é bom.

6 - Rui Tavares tem um ego gigante e esqueceu-se que não é por ter feito a gracinha de se zangar com o seu partido a meio do mandato que ia agora gerar uma onda de apoio em torno a si. Não dizer quem apoiava para presidente da comissão também não ajudou. 

Como este ano cumpri o meu dever de cidadã europeia aqui em Madrid, votando para os partidos espanhóis, farei também uma leitura do que se passou em Espanha e na Europa em geral.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

How I Met Your Mother

Sou uma fã incondicional de HIMYM. Ou melhor, era, porque ontem vi o último episódio. De sempre. 
Fartei-me de chorar, mais por dizer adeus a este grupo de amigos que tanto riso proporcionaram que outra coisa. Isto apesar de não ter gostado do final. Não vou contar aqui, não quero estragar, mas não gostei mesmo. 
No entanto, o final da série recordou que o importante é continuar-mos a crescer, e que a vida nem sempre é perfeita, mas vale muito a pena. Recordou que há que aproveitar cada momento bom, cada momento mau, enfim, cada momento. 
Obrigada aos criadores da serie por 9 temporadas (4 muito boas, 3 boas, a última ok). Vamos ver como vai ser o spinoff que chega em Setembro (How I Met Your Dad), mas duvido que esteja à altura do Barney, Robin, Lily, Marshall e Ted. 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Memórias da minha infância

Há bocado estava a ler não sei o quê na Internet sobre o Bud Spencer. Para quem não sabe, o Bud Spencer é um actor italiano que fazia os chamados "spaghetti westerns" ao lado do seu amigo de sempre, o Terrence Hill. De repente vi-me inundada por memórias dos meus tempos de criança. Eu e o meu pai, no sofá, cabecinha encostada ao peito dele, a ver os filmes do Bud Spencer e do "Trinitat". Adorávamos. O que eu me ria com as parvoíces que eles faziam, aquele homem enorme, e o loirinho com ar de espertalhaço.
Sempre fui uma menina do pai. Quando acordava a meio da noite era o meu pai quem eu chamava, houve uma altura que só ele lavava o meu cabelo, porque para mi só ele sabia como fazer. Assim que começava o MacGyver ouvia "Ana, já começou!" (sim, sou Ana Rita, e só os meus pais me chamam Ana) e desatava a correr do meu quarto até à sala para ver que raios ia inventar neste episódio o MacGyver. 
A minha ideia de um dia bem passado era andar de roda do meu pai, ir com ele às obras e depois comer uma bifana num tasco qualquer (há até uma história engraçada de como uma vez fomos a casa de uns amigos, a senhora pergunta se eu quero um bolo, eu respondo "prefiro uma bifana, obrigada"... com 3 anos). E nunca fui maria rapaz, simplesmente adorava passar o dia com ele. 
Ainda hoje é no meu pai que eu mais confio. Se tenho um problema, é com ele que falo, porque é a pessoa que mais me acalma e me faz ver se tenho ou não razão e que tudo se resolve. Ainda hoje, a véspera de Natal é nossa, almoço no Madeirense das Amoreiras, compras dos presentes para a mãe. 
Adoro os meus pais, como é óbvio, os dois por igual. Mas é do meu pai que sinto mais falta aqui em Madrid. Das nossas discussões típicas, mas da nossa grande amizade. Somos muito companheiros. 
Nunca festejámos o Dia do Pai, porque simplesmente presentes e passar dias juntos fazemos sempre que podemos, não é uma convenção que nos vai forçar a fazer coisas que já são tão comuns para nós. 
Mas fiquei nostálgica hoje, ao ler qualquer coisa sobre o Bud Spencer, quem diria que seria isto que me faria sentir tantas saudades do meu pai hoje. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

A vida a dois

Recentemente começámos a viver juntos.
Fui uma decisão bem pensada, ponderada, discutimos "as regras do jogo" e o M. foi ficando lá em casa cada vez mais dias até que um dia fomos buscar tudo o que faltava. 
Para mim não foi nada fácil aceitar que, de repente, tenho de consultar alguém para fazer certas coisas (é claro que no que toca à decoração ele não mete o nariz), que já não posso estar a ver séries à vontade no computador à noite (pelo menos sem headphones), que há que preparar jantares e organizar roupa que não é a minha. Além disso, o M. nunca tinha vivido longe da mãe (vivia no apartamento por baixo do dos pais) para lhe limpar e arrumar tudo. Mas está a aprender rapidamente que, no que toca a tarefas, tem de se repartir tudo. E não me queixo. Até a máquina da roupa já põe a lavar tranquilamente. 
Isto tudo para dizer que fizemos tudo nas calmas e tivemos um processo de adaptação conveniente aos dois e não houve grande choque. Acho isso importante, falar de tudo, deixar tudo claro. Não é só de amor que sobrevive uma relação, e viver juntos pode ser muito difícil, portanto é importante estabelecer certas regras. É claro que ele ainda vai deixando umas meias no chão, mas vai aprendendo. 
E é tão bom chegar a casa e ter a pessoa que amamos de braços abertos para nos dar um abraço.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Her

Ontem vimos o "Her". Há muito tempo que não via um filme com um argumento TÃO bom! Contido, emocionante, triste, melancólico e, ao mesmo tempo, tão real. A nossa vida hoje em dia, o constante egoísmo que teimamos em ter. A facilidade com que deixamos as relações pessoais para as tecnologias (o simples ligar em vez de enviar um whatsapp). O desespero por ser amado. É que está tudo tão bem explorado no filme! 
Scarlett Johansson numa performance espectacular: não aparece uma única vez, mas a sua voz transmite tudo. Joaquin Phoenix fenomenal: está aqui a primeira injustiça dos Oscar deste ano! Como, mas como é que não foi nomeado? O Theodore simplesmente não podia ser interpretado por outra pessoa, mas ao mesmo tempo é um Joaquin Phoenix diferente. Não é ele que está ali, é mesmo o Theodore. 
Comovente e sentido, um filme sobre a solidão, simplesmente. 

Gostei de ver o Dallas Buyers Club e o Matthew Mcconaughey faz a sua melhor performance até hoje, mas acho que o Joaquin Phoenix devia pelo menos ter sido nomeado, porque uma performance tão comovente e contida há muito que não se via... 

Próximos na lista (é longa): 

12 years a slave
August: Osage County
American Hustle
The Wolf of Wall Street
Blue Jasmine
Nebraska

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tristeza

Os direitos fundamentais são cada vez menos respeitados. No país onde vivo acabam de proibir o aborto a não ser que a mulher corra risco de vida. Mesmo em caso de deficiências, uma mulher é obrigada a levar a gravidez até ao final. No século XXI, Espanha vai passar a ter uma lei do aborto semelhante à que podemos encontrar em países tão desenvolvidos como a Nicarágua ou El Salvador. Também aqui vem um padre dizer que "cura" homossexuais. E o que choca é que há gente que acredita nisso. Como há gente que está a favor que toda a gente decida algo que é do foro privado. Não houve referendo para permitir a adopção no geral. Como continuar com uma inconstitucionalidade gritante que é descriminar quem é homossexual? Uma pessoa solteira é livre de adoptar uma criança e viver com alguém do mesmo sexo, mas duas pessoas que se amam, casadas, não o podem fazer. 
Triste de estarmos no século XXI e haver gente que argumenta que a vida é desde o primeiro dia, e é preferível que venha ao mundo uma criança que não vai ser feliz, e que argumenta que um miúdo que tem dois pais vai ser gozado na escola e por isso não se deve permitir a adopção por casais homossexuais. 
Eu também fui gozada na escola, fui o que hoje se chama vítima de bullying, e tinha uma família "normal", pais juntos e tudo. 
Quem usa esse argumento são precisamente as pessoas que dizem aos filhos "tem dois pais? isso não é nada normal".
E é isto que me deixa triste.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Vergonha

Bando de badamecos de merda que têm o cu sentado na Assembleia da República e que estão determinados em foder toda a gente com as brilhantes medidas que têm tomado. Agora, como se já não bastasse, acham bem fazer um referendo sobre a intimidade das pessoas. Falta de colhões para ferir susceptibilidades e não aprovar a lei da co-adopção e, sim, da adopção por casais homossexuais. 
Eu cá acho que devíamos fazer um referendo para mandar esta merda toda abaixo. Porque não?
Ponham mas é a data, para comprar o meu voo e ir ajudar a acabar com esta injustiça que é um casal criar uma criança e um dos pais não ter nenhum direito sobre ela se o outro morre. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

As minhas séries #1


Como já referi no blog, sou basicamente viciada em televisão. O mais que tudo odeia que eu seja tão vidrada, mas aos poucos já o vou "tele-evangelizando". Por exemplo, adora os programas da National Geographic e o "Quem quer ser milionário". No outro dia, consegui torná-lo fã de uma série que é, para mim, uma das melhores de todos os tempos. Na minha adolescência, tinha por hábito ver ao sábado à noite a Britcom na RTP2 (sim, era assim tão nerd). Foi nessa altura que descobri "Absolutely Fabulous" e me tornei numa super fã. Patsy and Eddie são das melhores personagens algumas vez criadas. Aquela cara da Patsy sempre com o cigarro na boca e o vodka na mão e o seu sarcasmo é inesquecível. Tenho a série toda em dvd e não me canso de a ver (mesmo repetindo os episódios vezes sem conta). 
Deixo-vos um pequeno clip:




As verdades são para ser ditas #1

Anda por aí muita gente a dizer que o Leonardo DiCaprio devia ganhar o Óscar pelo "Lobo de Wall Street". A minha opinião é que o Leo ganha tanto o Óscar de melhor actor como o Scorsese ganha o de melhor realizador: not happening. Este é o ano de "12 years a slave" e quem vai ganhar o melhor actor é o Chiwetel Ejiofor. O Leo é bom actor, mas ainda tem muita praia pela frente. O Robert Redford interpretou papéis mais inesquecíveis (The way we were, Out of Africa,...) e nucna ganhou nenhum, acham que o Leo merece por interpretar um maluco, ladrão, mafioso e amante das festarolas? 

O meu namorado é um cabeça de vento do pior...

Mas depois manda-me um e-mail do nada com 2 bilhetes para "O Lago dos Cisnes" interpretado pelo ballet de São Petersburgo e eu perdoo-o.