quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Amanhã: CASA!!!

Finalmente! Amanhã, 4 da tarde e arranco para o aeroporto e estou de volta a Lisboa. Para o Natal e Ano Novo. Mal posso esperar! Claro que ainda tenho de fazer a mala, enfiar todos os presentes lá dentro e isto antes de uma hora que não seja pornográfica para quem tem de acordar às 6h15... 
Mas não me importo com poucas horas de sono, com o cansaço, porque amanhã vou para casa, jantar com amigas, e depois é NATAL! 
Confesso que não estava com muito espírito natalício (os últimos 2 meses do ano não foram muito bons), mas ganhei o espírito. Sempre adorei o Natal, porque haveria de mudar? 
Estou ansiosa também porque quero que comece o novo ano. Não sei porquê, mas sinto que vai ser um bom ano, daqueles que guardamos na memória, daqueles em que atingimos objectivos que nunca tivemos coragem de atingir. Para 2011 já estou a planear viagens (Argentina e Colômbia em Março, Brasil pela 4a vez em Junho, NYC em Agosto para o US Open, Tailândia em Outubro), fins de semana, curso e exame de GMAT, aulas de Alemão (continuar) e candidatura ao MBA para 2012. Estou também a pensar que este será o meu último ano em Madrid. Se tudo correr bem, 2012 já começará noutra cidade e país. 
Preciso de um "fresh start" e prometi a mim mesma que no próximo ano vou deixar de me preocupar, de sofrer por causa dos outros, vou olhar para mim e dar-me ainda mais valor, porque a pessoa que eu sou tem méritos que têm de ser reconhecidos por mim e mais ninguém! 
Bom, e agora ganhar coragem para fazer a mala!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Wikileaks e a hipocrisia

Nos últimos dias temos assistido à revelação dos textos e telegramas aos quais um australiano de personalidade duvidosa teve acesso e que põem em causa a diplomacia norte-americana. Nesses textos estão coisas com tanto interesse para a humanidade como o facto de o Kadhafi usar botox e o Berlusconi gostar de "meninas" (grande novidade). No entanto, também se encontram lá informações de como o BCP tentou trocar informações sobre contas iranianas desde que pudesse continuar a sacar dinheiro do Irão ou ainda de como o embaixador britânico comentou com o americano que os McCann eram mesmo suspeitos de ter morto a filha Maddie (que chapada de luva branca a todos os que criticaram o trabalho da Polícia Judiciária).
Julian Assange pôs em causa toda a diplomacia actual e em risco relações internacionais que já de si são complicadas. A sua sede por protagonismo leva a consequências que ninguém se dá ao trabalho de analisar verdadeiramente. Para o comum dos mortais, Assange é um herói, para mim é um irresponsável com um ódio ao Ocidente quase igual ao do Bin Laden. Vejamos, trata-se de um senhor para o qual as mulheres dos países ocidentais e pacíficos são "desprovidas de intelectualidade, cabeças ocas" e que só tem interesse por mulheres de países "com história política complicada". Lixou-se... Aqui há uns tempos foi à Suécia e foi convidado para passar a noite com duas suecas em dias diferentes. Estas senhoras (sempre soube que a Suécia é um país onde as mulheres são umas púdicas...) acusam-no agora de "sexo surpresa" na manhã seguinte e de se ter recusado a fazer um teste de HIV. Parece ridículo, mas é verdade. Julian Assange está preso por ter tido "sexo surpresa". Arranjaram uma história recambulesca para prender alguém que pôs em causa as relações internacionais simplesmente porque não o podem prender pelo verdadeiro crime que cometeu: divulgar documentos confidenciais na internet. Porque não o podem prender por isto? Por causa da liberdade de expressão.
Sou uma defensora da liberdade de expressão, mas considero que a minha liberdade acaba onde começa a dos outros. Hoje em dia qualquer pessoa pode dizer num jornal o que lhe vem à cabeça, podendo prejudicar outros e muitas vezes de forma grave e injusta. Considero isto um crime. Considero que não podemos defender tudo em nome de uma liberdade de expressão que pode arruinar vidas. Há alturas em que se deve manter uma certa hipocrisia.
Nas relações profissionais, por exemplo, temos de ser hipócritas por vezes e sorrir àquela pessoa que não suportamos, em nome de manter o nosso nivel profissional. É óbvio que os embaixadores comentam entre si como o Sarkozy parece ridículo ao lado da Carla Bruni, ou que a Merkel é feia que dói, mas quem tem o direito de divulgar tudo isso na internet? Na minha opinião ninguém.
Em relação ao Assange é óbvio que estas acusações são hipócritas... Não o podem acusar de nada, por causa da liberdade de expressão, então acusam-no de sexo surpresa. Acabaram por lhe fazer um favor... Ao menos na prisão ninguém o vai matar... Já cá fora, o caso é outro. E não são só os EUA que poderiam tratar de fazê-lo desaparecer do mapa, já que acusou também a Rússia de ter morto o espião envenenado que morreu em Inglaterra, Israel de não sei quantas coisas, enfim, meteu-se com os poderosos. E isso poderá ser-lhe fatal...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É a economia estupido!

Adoro chegar ao trabalho e fazer a minha leitura matinal dos jornais portugueses. Sempre com notícias tão interessantes escritas por pessoas que claramente sabem de tudo! É fantástico.
O tema recorrente nos últimos tempos é a crise, claro. De quem é a culpa (do Sócrates, dos mercados, do polvo Paul?), se o FMI vai ou não entrar (um dia sim, no outro não, conforme a vontade do jornalista), se há mais greves, se a função pública vai ser aumentada apesar de estarmos virtualmente falidos, enfim, uma panóplia de especulações próprias de quem quer vender jornais e publicidade e não percebe absolutamente nada do que realmente se passa.
Há uns meses, os nossos media aprenderam um novo termo: "agência de rating". De repente, estes agentes que mais não fazem senão dar uma classificação a quem lhes paga, eram Deus na terra. Depois, o termo foi "dívida pública", cuja taxa não parava de crescer. Por fim, FMI. Esta organizão é o grande papão actualmente, apesar de que na verdade quase ninguém percebe qual é o problema do FMI voltar a entrar em Portugal.
Eu chamo a todas estas especulações (iniciadas nos media e seguidas afincadamente pela oposição política portuguesa) uma grande falta de responsabilidade.
Não, não sou a dona da verdade, mas penso que percebo mais de mercados financeiros do que um qualquer jornalista ou advogado com sonho de ser actor. O que se passa é que resolveram começar por algum lado a por ordem na economia mundial. Escolheram a Grécia (afinal, que consequências pode trazer atacar aquele paiseco?) e esqueceram-se de um pormenor chamado União Europeia. Este pequeno pormenor fez com que, depois da Grécia, se começasse a analisar as contas públicas dos "pequenos e periféricos", grupo do qual Portugal faz parte, tal como a Irlanda, a Espanha e a Itália (próximas vítimas, sem dúvida). Engraçado, o país que está pior em termos de balanço é, nada mais nada menos, que os EUA, casa das famosas agências de rating e N bancos de investimento. E é aqui que quero chegar. Todos têm interesses a defender, inclusive numa crise, e cada qual faz o que pode para chegar onde quer, nem que isso signifique destruir economicamente meia duzia de pequenos países do outro lado do Atlântico.
Posto isto, faço a ressalva que é óbvio que chegámos a uma situação incomportável em termos de despesa pública em Portugal, mas ainda acho piada quando vejo partidos com assento no Parlamento a defender aumentos para alguns, logo eles, que defendem tanto a igualdade para todos...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dúvida...

Se sabes que estou magoada contigo e isso não mudará tão depressa, porque não tomaste qualquer atitude para mostrar que afinal não eram só palavras e realmente tinhas alguma estima por mim, porque continuas a agir como se nada fosse e ainda a fazeres-te de vítima para com pessoas que sabes que são minhas amigas? Por favor, poupa-me aos sorrisinhos porque detesto hipocrisia e cinismo!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

It's the most wonderful time of the year!!!

Pois é... Chegou Dezembro e com ele a 2ª minha histeria anual (a primeira é o meu aniversário): ESTAMOS QUASE NO NATAL!!!
Apesar de este ano estar um pouco Grinch (ainda nem fiz a árvore de Natal nem decorei a minha casa de 35 m2), adoro o Natal! Sábado fiz a minha primeira incursão pelas compras de presentes e já despachei alguns, embora não esteja propriamente inspirada. Dado que as pessoas para quem comprei presentes lêem este blog, não vou especificar, mas acho que me saí bastante bem! 
E o que é o Natal para mim, uma agnóstica muito céptica? É a altura do ano para a família, para os amigos, a altura em que todos estamos mais bem dispostos, há uma alegria no ar. Claro que deveria ser sempre assim, mas o Natal extrapola todos os bons sentimentos dentro de mim. E, vamos ser sinceros... Uma altura em que todos os cantores "populares" vão aos hospitais fazer o tão especial Natal dos Hospitais... é simplesmente mágico.
Este Natal ainda é mais especial porque 2 grandes amigas minhas acabam de ser pedidas em casamento. Uma já sabiam (já escrevi sobre ela no blog) mas a outra acabou de ser pedida este domingo depois de uma odisseia de 2 dias do namorado dela para conseguir chegar a Madrid (devido aos idiotas dos controladores aéreos de Espanha que também me estragaram o fim de semana programado para Londres). Estou muito feliz por elas e pelas minhas outras 2 amigas que já foram pedidas em casamento antes. Conclusão: 2011 com dois casamentos, um em Portugal, outro em Frankfurt, 2012 com dois casamentos no Brasil! LOL
Bom, para já vou-me dedicar a espalhar espírito natalício pela minha casa toda! 

Mesmo sabendo que não gostavas...

Faço hoje aqui um "mea culpa". Perante mim mesma. Já vai sendo tempo de me perdoar e avançar apesar das coisas que fiz para me prejudicar, para me rebaixar como pessoa. Pelas vezes que não agi como eu sou para agradar a outras pessoas, pessoas que não souberam apreciar. Por me ter vingado em chocolates, massas, natas e outras coisas que tais. Por ter chegado ao trabalho com ar de quem foi sair à noite tantas vezes porque passei a noite a chorar. Por me ter enfiado em sweatshirts e calças largas quando deveria ter posto um vestido e uns saltos altos. Por ter ficado em casa a ver filmes depressivos em vez de sair à noite. 
E tudo por causa de uma situação... Já passou, mas tinha de admitir o mal que me fiz!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Heróis do Mar... Nobre Povo?


Até hoje não tinha escrito aqui sobre qualquer tema político, apesar de me considerar uma pessoa bastante interessada neste tipo de temas.
Em Portugal, os políticos são, por definição, maus. Normalmente, e seja de que partido for, são pessoas com alguma (pouca) formação académica e nenhuma experiência no mercado de trabalho real. Tenho uma explicação para isto: em Portugal, os políticos são mal pagos. Esta afirmação pode ser mal vista á primeira, mas passo a explicar. Não existe retorno para que um bom gestor ou uma pessoa que se destaque numa determinada área se junte à política. Vai ganhar muito menos que numa empresa de topo e ainda vai ser completamente arrasado pela imprensa e pelo povo, que são sempre do "contra". E isto leva-me a uma outra questão. A maioria dos portugueses é pessimista, está-nos no sangue. Estamos demasiado habituados a enfiar a cabeça na areia assim que surge um problema. Não somos lutadores, não herdamos isso dos nossos corajosos antepassados que descobriram o Mundo. A galinha do vizinho é, geralmente, melhor que a nossa, e não apreciamos o bom que temos. Somos, basicamente, derrotistas, e a nossa imprensa faz o favor de contribuir para que este sentimento aumente de dia para dia.
Quantas pessoas existem que estão no desemprego há não sei quantos anos? Quantas dessas pessoas procuram activamente um emprego e quantas esperam simplesmente que o centro de emprego lhes indique um trabalho? Quantas pessoas são empreendedoras e procuram activamente uma solução para ter uma vida melhor? Eu dou a resposta: poucas. Estamos demasiado habituados a esperar que o Governo resolva tudo, que nos dê dinheiro, saúde, emprego. Atenção que com isto não quero dizer que o Governo (este e todos os passados) seja uma entidade inocente... Tem muita culpa no cartório, sem dúvida. Mas, quem elege estes políticos? O povo claro...
Temos muita dificuldade em ter orgulho no nosso País e na nossa História. Só percebi isto quando saí de Portugal e vi que afinal não é assim tão mau, tem coisas muito melhores que, por exemplo, Espanha. Um exemplo desta falta de orgulho foi exactamente o que aconteceu hoje. Estou a trabalhar (em Espanha não é feriado), e resolvi fazer a minha ronda matinal pelos jornais portugueses. Nem um fazia qualquer tipo de referência a, para além de ser o Dia Mundial de Luta contra a SIDA, ser também o dia em que restauramos a nossa Independência e mandámos os espanhóis para onde pertencem: o outro lado da fronteira. 370 anos depois de nos termos revoltado contra uma situação injusta, onde pessoas que nada tinham a ver connosco (as diferenças culturais e educacionais são, na minha opinião, muito grandes) governavam o nosso país e aproveitavam-se da nossa presença em territórios ricos como o Brasil e Angola, ninguém comenta nem festeja este dia. Como é possível? É absolutamente revoltante!
Hoje, que vivo fora, tenho muita tristeza em ver a falta de amor pelo nosso país por parte dos Portugueses que só se queixam da situação mas nada fazem para melhorá-la.
A bem das gerações futuras, é hora de nos revoltarmos mais uma vez e defendermos o nosso País!