sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Whiplash

Recentemente, e porque era uma vergonha nunca ir, decidimos ir ao cinema uma vez por semana. Na semana passada vimos Nightcrawler, como escrevi no post anterior, e sobre a qual farei outro post mais detalhado. 
Ontem fomos ver Whiplash, e a verdade é que é muito bom. Saímos do cinema ainda tensos, e eu com a certeza que o J.K. Simmons TEM de ganhar o Óscar de melhor actor secundário. Quanto ao Miles Teller, espero que continue a fazer mais filmes como The Spectacular Now e Whiplash e menos Divergent porque tem potencial para ir muito longe. 

Whiplash
Realizador: Damien Chazelle
Com: Miles Teller, J.K. Simmons, Paul Reiser

O filme basicamente conta a história de um estudante de bateria no conservatório dos Estados Unidos que é convidado para juntar-se à Studio Band (banda de jazz) que é dirigida por um genial e assustador professor (Terence Fletcher - J.K. Simmons). Depressa esquece tudo na sua vida que não seja atingir a perfeição e é constantemente bullied por Fletcher, que tem uma maneira muito sui generis de lidar com os alunos (tipo atirar uma cadeira à cabeça). 
A banda sonora é espectacular (para quem gosta de Jazz) e, mais que um filme sobre música, é um filme sobre os limites do ser humano e do que somos capazes para atingir a perfeição que tantas vezes não está ao nosso alcance. 
Não vou contar mais porque vale muito a pena ver. Num ano em que há muitos bons filmes, este destaca-se. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Os Óscares são já no domingo, e eu também opino...

Mais do que falar sobre os nomeados, gostava de falar sobre os "snubs", quem foi esquecido pela Academia:

1) Jake Gyllenhaal (Nightcrawler) - ADOREI Nightcrawler, mesmo mesmo. Os diálogos, a originalidade do guião, a fotografia, a direcção, a Rene Russo (quanto tempo senhora!) e, especialmente, o Jake Gyllenhaal. Parece-me uma injustiça tremenda meter um Steve Carell (gosto muito do senhor) e esquecerem-se de um actor que já deu tantas provas de talento sem nunca ter o reconhecimento devido, excepto quando o nomearam por Brokeback Mountain, um papel muito inferior a este. Vergonhoso, o snub absoluto do ano. 

2) Ralph Fiennes (Grand Budapest Hotel) - uma vez mais, este foi um filme de 2014 que me encheu as medidas. Sou fã confessa do Wes Anderson e a mistura entre a comédia, a nostalgia, as cores do filme, gostei de tudo. O Ralph Fiennes, que andava um pouco desaparecido das grandes performances, tem uma personagem cheia de camadas e super divertida. Merecia a nomeação, ainda que não ganhasse o Óscar (este ano é o Michael Keaton ou o Eddie Redmayne).

3) Tilda Swinton (Grand Budapest Hotel) - esta mulher é a rainha dos snubs. Já ganhou uma vez por Michael Clayton, mas poderia enumerar várias vezes que se esqueceram dela, a começar por We need to talk about Kevin (props para o Ezra Miller também) e acabando no pequeno-grande papel que faz no Grand Budapest Hotel, totalmente caracterizada e sendo ela mesma ao mesmo tempo. 

4) Gyllian Flynn (Gone Girl) - Melhor argumento adaptado, ponto final. 

5) David Fincher (Gone Girl) - O David Fincher é dos meus favoritos, e dos menos favoritos da Academia. Ainda estou por saber como é que o Fight Club não teve quase nomeações, The Social Network não ganhou nada, etc, etc, etc.

Mais uma vez os Óscares deixam a desejar, mas também o que esperar de uma Academia que nunca deu o Óscar de Melhor Realizador ao Tarantino?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Valentine's day

Não gosto dos dias "temáticos". Não festejo nem dia da Mãe, nem dia do Pai, e muito menos o dia dos namorados. Em casa dos meus pais sempre me ensinaram que não era necessário que alguém marcasse um dia para o pessoal gastar dinheiro para mostrar afecto. Os presentes ou jantares especiais eram feitos quando apetecia, e promovia-se muito o carinho diário.  
Antes de estar com o mais-que-tudo as pessoas diziam que eu não apreciava o dia dos namorados por estar sozinha. Pois que não é verdade. 
Tal como sempre, na nossa casa dão-se provas de afectos todos os dias, com um beijo de bons dias, com uma flor que de repente ele me traz sem eu esperar, com um jantar um bocadinho mais especial a uma terça feira só porque sim. 
Na semana passada, enquanto agendávamos um jantar num restaurante que há muito queremos ir, pensámos em ir sábado. Mas de repente lembrá-mo-nos do dia terrível que era e decidimos marcar o jantar para 6a e não ir aturar maluquinhos do dia dos namorados (tanto amor nesse dia, tanta foto no facebook de menus românticos, para depois ser o que é...). 
Sábado ficaremos em casa, a relaxar, eu provavelmente a pintar as unhas, sem falsos romanticismos nem gastos de coisas fofinhas e pirosas (ADORO aqueles peluches...). 
Afinal, se há coisa que nos une é o nosso ódio comum ao dia de S. Valentim, e há la coisa mais romântica que partilhar ódios? 

P.S.: Um dia partilho a lista de ódios comuns, sendo eu uma pessoa que odeia muita coisa, e ele também, creio que vai ter direito a vários posts... 
P.S.2: O primeiro deles todos é o James Blunt, e o segundo é o Pablo Alboran!