segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dealbreakers 4!

- Conheces alguém na noite, conversam e tal e ele oferece-se para te levar a casa. No táxi a chegar a casa ele diz "olha, não sei se me ias convidar para subir ou não, mas devo dizer que se subir não posso passar a noite toda, porque vivo com a minha namorada" - DEALBREAKER GIGANTESCO!

- Vais jantar com um rapaz, estão a falar de filmes e tal, e ele sai-se com "mas tu vês filmes em inglês? Eu só consigo ver a versão dobrada, faz-me confusão ver tipo o Paul Newman a falar inglês…" - DEALBREAKER!

E mais virão, sem dúvida!

domingo, 4 de dezembro de 2011

NATAL!

Pois é… está quase!!! E apesar de que este ano vai ser um Natal em crise, ainda posso decorar a minha mansão de 35m2! E está linda!


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alguém me explique...

Fazer greve é um direito, mas não fazer greve também é um direito até porque, sei lá, as pessoas precisam de ganhar dinheiro e não estão para arriscar o posto de trabalho. Então expliquem-me porque é que por causa de uns que acham que é tudo muito injusto outros, que andam há muitos anos a pagar privilégios desses que acham tudo uma vergonha, não podem ir trabalhar nem continuar com a sua vidinha normal. É que eu por exemplo tinha uma reunião em Lisboa e não vou poder ir porque graças à greve não há um único voo... O que me leva a outro tema. Os pilotos da TAP deviam pensar um bocadinho mais antes de fazer greves de 3 dias num fim de semana prolongado para nós e para muitos possíveis visitantes ao nosso país. E também deviam pensar antes de anunciar greve para logo depois do Ano Novo... Assim o que mostramos é que somos muito estúpidos, que quando alguém nos quer visitar fazemos greve.
Como dizia o outro "deixem-me trabalhar"!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Viver sozinha é...

- Não entrar em pânico quando se acorda às 6h30 da manhã para ir trabalhar e como se já não bastasse dar com uma barata na casa de banho.
- Dormir no sofá agarrada a um martelo e com a mesa da sala a bloquear a porta porque um apartamento da parte rica do prédio (sim, o meu prédio tem parte rica e parte pobre) foi assaltado.
- Partir um copo na mão, ver o sangre a jorrar, e ter capacidade suficiente para estancar e limpar a ferida e depois ainda apanhar os cacos todos.
- Fazer disparar o quadro da luz, ter a lanterna à mão e experimentar todos os botões até que a luz volte.
- Estar a pendurar a roupa, deixar cair umas cuecas e ter de pedir ao vizinho de baixo para as devolver.
- Não perceber porque não se tem água quente, tomar banho de água fria aos gritos e à tarde pedir ao porteiro para ver o que se passa e ele simplesmente carregar no botão para ligar a caldeira.
- Chegar a casa 6a feira, começar a cozinhar qualquer cozinha como lasanha ou empadão e acabar a ver o Sexo e a Cidade e beber uma garrafa de vinho sozinha. 

Mas apesar de tudo, eu gosto muito!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

OMG!

Nem acredito que deixei passar tanto tempo sem vir aqui, mas a semana passada entre um volume anormal de trabalho e o fim de semana em Lisboa, nem tive tempo para pôr esta pérola do universo bloguista em dia…
Resumidamente, o concerto de Coldplay foi brutal, como já se esperava e continuo apaixonada pelo Chris Martin (desde que o vi naquele capuz a cantar o Yellow que a minha vida mudou). 
Em relação à minha viagem… bom, a Escócia foi tudo o que esperava. A paisagem no norte, mais propriamente em Loch Ness é mesmo muito bonita e recomendo que visitem. Depois Edimburgo… Uma agradável surpresa. Já me tinham dito muito bem, mas realmente há que ver. A arquitectura é meio medieval, ouve-se gaitas-de-foles por tudo quanto é lado e as pessoas são mesmo simpáticas. Adorei simplesmente. Quanto ao viajar sozinha pela primeira vez… Também foi uma surpresa agradável. Apreciei muito a minha própria companhia e é engraçado ver a quantidade de gente que também viaja sozinha. Por isso nenhuma ida a um pub ou restaurante foi deprimente. Li dois livros (sim, um foi do Haruki Murakami, o After Dark) e dormi super cedo todos os dias, excepto quando fui fazer o tour do Haunted Halloween (medo) em que me deitei já passava da… pasmem-se… meia noite. Acima de tudo, gostei muito e limpei a cabeça que era mesmo o que precisava. 
Agora de volta e à espera que chegue Dezembro para ter férias outra vez! 
Deixo só uma foto da "lovely Edinburgh":

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

E começa mais uma semana...

Apesar de tudo até estou contente. Sexta vou fazer a minha primeira viagem all by myself, sendo que o destino escolhido foi Escócia (Loch Ness e Edimburgo… FRIO!!!) e hoje o meu querido chefe (que normalmente até odeio pelo facto de me ter proposto pedir um empréstimo para pagar o meu próprio bónus que ele se esqueceu de pagar) vendeu-me o bilhete dele para ir ver Coldplay na Quarta. 
More details will follow, sobre a viagem e sobre o concerto claro. 

sábado, 22 de outubro de 2011

Deixem-me explicar a crise...

Bom, pode ser de estar em casa a uma 6a à noite, ter bebido meia garrafa de vinho branco enquanto fazia o meu próprio jantar (que ficou muito bom by the way), e de estar a ver o street court a estas horas, mas dei por mim a ler os tão típicos comentários revoltados nos jornais e colunas de colunistas que são isso mesmo, colunistas, e que tão depressa dão uma opinião sobre economia como sobre física quântica e ainda acharem que têm razão sobre isto tudo. Resolvi por fim dar a minha opinião sobre a tão famosa crise que assola Portugal e não só, mas isso agora não interessa nada como diz a Teresa Guilherme que com o mal dos outros posso eu bem. 
Ora então é assim, e isto é a minha opinião e vale o que vale atenção. 
Há 37 anos atrás, houve uma revolução no nosso lindo país. Antes dessa revolução estava lá um senhor que tinha um grande mau feitio, mas que era muito poupadinho. Tão poupadinho que havia gente como os meus avós a fazer uma verdadeira ginástica para dar de comer a 3 filhos e vivendo numa casa de 2 assoalhadas e gente como o meu pai que dormia no chão. Mas isso agora não vem para o caso. O que vem é que o sr Salazar soube-se mexer bem na 2a Guerra Mundial e até recebeu algum ouro bem sujinho. E ainda mais, no dia 25 de Abril de 1974, os cofres do Estado português estavam bem cheios, apesar até de uma guerra com umas certas colónias às quais ainda tirávamos o que tinham e o que não tinham. No dia 26 de Abril do mesmo ano, entraram uns senhores para tomar conta do estaminé. Uns senhores que até achavam que a URSS é que era fixe, e que quem não era comunista era fascista e ajudante do Regime. Ora esses senhores decidiram que isto era tudo uma pouca vergonha. Os bancos foram nacionalizados e toda a gente que tinha dinheiro teve de bazar do nosso querido Portugal, sob pena de ser junto no Campo Pequeno e morto se não o fizesse, segundo o desejo do Otelo. A quantidade de capitais que saíram do país nesse momento nem se fala, mas também não interessa falar a uns certos 2 partidos que até têm assento no Parlamento português. E até Novembro de 1975 foi o desbarato. Nessa época houve outros senhores que acharam que já chegava da palhaçada e fizeram uma contra revolução. Tornamo-nos então numa verdadeira democracia. 
Tivemos uns quantos senhores como primeiro ministros durante alguns anos (penso que foram mais primeiros-ministros que anos) e ninguém se preocupou em dar passos para promover coisas como, sei lá, produtividade e sustentabilidade da economia. Não, preocupamo-nos em dar tudo às pessoas, o que eu concordo, ou não fosse eu até simpatizante da esquerda moderada, mas sem contrapartidas. Ou seja, direitos demos a todos, mas ninguém ensinou que o custo teria de ser deveres. 
E eis que entramos na União Europeia. A partir de 1986 foi o desbarato. Tínhamos todo o dinheiro do mundo! Qualquer empresário podia pedir dinheiro a fundo perdido e comprar um Ferrari. Até tínhamos nos meados dos anos 90 uma aldeia no Norte que tinha a maior concentração de Lamborghinis da Europa (!!!). Quanto às fábricas dos senhores dos carrões, continuavam na mesma, com empregados sem formação e que ganhavam o salário mínimo. Enquanto isso, aumentavamos a função pública, porque como sabemos, as pessoas aí não são propriamente produtivas e têm um horário reduzido, por isso é melhor que hajam muitas. Aliás, até um certo governo aparecer (criminosos!!!), qualquer funcionário público cumpria 32 anos de serviço e podia reformar-se, o que resultava com pessoas reformadas aos 54 anos e menos. No caso de fazer uma pequena comparação, o meu pai começou a descontar aos 14 anos e tem de trabalhar (na melhor das hipóteses) até aos 65 para receber uma reforma parcial e não completa como na função pública. Mas pronto, esse senhor que até é presidente da República hoje, resolveu aumentar o maior cancro do nosso país. 
Depois do cavaquinho, veio um que nem consigo descrever… aliás, é só fazer as contas como o próprio disse. Ao mesmo tempo que ele contratava PPP's atrás de PPP's, entravam na UE novos países como Polónia, República Checa, Eslováquia… Países com mão de obra barata e qualificada. As empresas começaram a mudar-se para lá e, como se já não bastasse, os fundos da UE passariam a ir para lá em vez de vir para cá (e para Grécia, Espanha, etc). Esse governo destruiu o pouco que nos restava, mas o pior ainda estava para vir. 
Não vale a pena comentar os 2 anos que se seguiram, que tiveram dois primeiros-ministros. Um que resolveu largar-nos de "tanga" (como ele comentou) e outro que nem sequer foi eleito e que é o maior palhaço do panorama político português. Esse senhor, nos 5 meses que lá esteve, contribuiu proporcionalmente mais que qualquer outro para o aumento do défice. 
Até que chegou o político com nome de filósofo grego. O primeiro mandato, confesso que gostei. Fez reformas importantes, mas que não chegavam. Quando chegou ao segundo mandato, já tinha feito mais porcaria do que coisas boas, e faltou-lhe a coragem política para manter os bons ministros que lá tinha. No ano passado demitiu-se. Falta referir claro que em Setembro de 2008 a economia mundial entrou na maior crise de sempre, maior ainda do que a Grande Depressão, e o que era a regra (um país nunca vai à falência) deixou de ser verdade. Entretanto, os nossos amiguinhos da União Europeia não têm os tomates necessários para tomar a atitude necessária, porque têm interesse em deixar-nos afundar um bocadinho mais antes de nos salvar. 
E este ano veio um "africano de Massamá" com o qual eu não simpatizo nada, mas que até fez umas escolhas muito interessantes para ministros. Começaram as reformas e começaram as queixas outra vez. Vamos deitar abaixo este governo já, dizem os sindicatos (já agora, alguém me explica qual o contributo para a produtividade do país do Carvalho da Silva e em que é que ele já trabalhou?) e ninguém se preocupa em pensar nos deveres, os tais que nunca ninguém explicou que tínhamos quando nos deram todos aqueles direitos… Cortaram os subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos. É triste, é complicado, mas é necessário. Seria melhor subir impostos (ainda mais)? Mas eu acho que mais coisas se poderiam fazer. Podíamos despedir 10% da função pública, podíamos por objectivos e quem não cumprisse certamente não teria a mesma progressão do que quem cumprisse, como é em qualquer empresa privada. Também se poderia reduzir o número de deputados e de autarquias e de freguesias. Também poderíamos parar de pagar os salários vitalícios que os antigos presidentes da República acumulam com reformas de vários sítios. Também poderíamos não pagar os subsídios aos sindicatos, aos partidos, a fundações. Podíamos acabar com cursos que não têm saída profissional e reduzir o número de universidades. Mas também me preocupa mais o desgraçado que recebe o salário mínimo no café da esquina e não vê subsídios há anos. Ou o meu pai, que tem uma empresa de construção, e que também não tira subsídios há anos. 
Quero acreditar que 2012 vai ser um ano de sacrifício e ponto, que vamos conseguir sair desta. Mas acho que temos ainda de mudar a mentalidade. Temos de entender que tudo isto é fruto de muitos governos incompetentes, mas também de muitos portugueses incompetentes, que se sentavam durante 2 anos em casa sem procurar emprego porque era tão melhor estar a receber o subsídio. É culpa de todos os que pediram fundos ao governo para comprar casas e carros, e é culpa de quem não fiscalizou a atribuição dos fundos. 
O que não aceito é que, quando temos pessoas que estão a fazer o necessário para nos tirar o mais rapidamente possível disto, estarem os mesmos de sempre (oposição) a ladrar, quando fizeram muito pior! 
Portugueses, chega de queixas, vamos para a frente, vamos ser empreendedores como foram os nossos antepassados. As coisas vão demorar, mas vão melhorar. Pelo menos eu acredito.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sobre lidar com a dor

Cada um é como cada qual, e isso não tem discussão possível. 
Quando ela me avisou na passada sexta-feira que a mãe não tinha resistido à luta que já travava pela segunda vez há 3 anos, não duvidei e fui comprar um voo que me permitisse voltar a Lisboa o mais rapidamente possível. Foi triste, muito triste. Ela lidou com a dor como sempre lida: fingiu que não se passava nada. Estava ali, impávida e serena, para não se abrir com ninguém sobre o que sentia, com o medo que eu sei que ela tem de se abrir demasiado e não conseguir parar de sentir a dor que está lá. Fez confusão, que fez, mas quem a conhece sabe que aquilo é só fachada, que ela prefere sofrer em privado. 
Eu não sou assim. No dia que o meu avô partiu não consegui conter nada, não consegui evitar mostrar que o meu mundo se tinha desmoronado. Mas aceito que ela não seja assim. 
Todos lidamos de forma diferente com a dor, mas todos temos de lidar com ela. É isso que me preocupa, que não se lide e que se esconda e que se tente não fazer o luto que é sempre necessário. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cansada...

Estou tão, mas tão cansada… Mais uma voltinha a Lisboa, mais uma visita de médico, mais saudades que não foram mortas… 
Mais negócio que provavelmente não se vai fazer, mais clientes a dizer "neste momento não fazemos nada", mais próxima a realidade que as coisas estão mesmo difíceis. Maior a vontade de largar o mercado financeiro e ir abrir um restaurante e passar a minha vida a cozinhar, que é mesmo o que gosto de fazer. 
Só falta mesmo a coragem… e já agora o dinheiro… 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amo-te / I love you

Choca-me a facilidade com que as pessoas hoje em dia dizem "amo-te". 
Quanto a mim, só o disse a uma pessoa, e hoje sei que não era verdade. Mas também não sabia o que era realmente o amor nessa altura. Namorei com ele 4 anos e meio, e nunca o amei realmente. Tudo bem, era uma miúda e senti-me na obrigação, achei que era apropriado. Mas a verdade é que menti. Sem saber, mas menti. E só soube que menti quando ele apareceu na minha vida. 
Por ele refiro-me à única pessoa de quem realmente gostei na minha vida. Nunca lhe disse, mas a ele realmente amava, e quando estava pronta para dizer, ele achou que não devíamos estar juntos. E tinha razão, e não me mentiu. E ainda bem. Teria sido pior se lhe tivesse dito ou se ele me tivesse dito sem sentir. Desde então nunca mais tive vontade de dizer, mas continuo a guardar as palavras para alguém que ainda não entrou na minha vida. 
O peso do "amo-te" é inegável. Je t'aime, te quiero, te amo… é engraçado como nas línguas latinas o peso é sempre imensamente maior do que nas germânicas. O "I love you" é tão mais comum. Eu já disse a tantas amigas e amigos, simplesmente não tem a mesma conotação. Talvez porque nós temos todos os "gosto muito de ti" e "adoro-te" e eles têm só o "I love you". 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Week 1!

Parabéns a mim! Já passou uma semana e os efeitos secundários já passaram quase todos. 
Sim, ainda me apetece fumar de vez em quando, mas contrario. Hoje para libertar a tensão fui ao ginásio e estive 1h30 a treinar como se não houvesse amanhã. 
Aos poucos isto vai lá! 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Day 4

Afinal o 4º dia também custa… LOL
Ando tão irritadiça que chorei no dia 2 e hoje, por razões completamente diferentes, em princípio nada relacionadas com o tabaco. Parece que a nicotina disfarçava o buraco que tenho dentro de mim, que dói muitas vezes. Hoje pus a tocar a banda sonora do Nuovo Cinema Paradiso (kudos ao Ennio Morricone por ter feito uma das melhores bandas sonoras de sempre, para mim a par da do Amélie) e automaticamente as lágrimas começaram a cair pela cara abaixo. De repente veio tudo a cima, tudo o que está aqui recalcado, tudo o que está aqui escondido. Simplesmente sentei-me e deixei-me chorar. Libertar a tensão. Já me sinto melhor, e sei que foi potenciado pela falta de nicotina no organismo. Mas também foi potenciado por tudo o que eu não fiz por mim. 
Há muita coisa a mudar mesmo. 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Novidades!

Como podem ver na barra acima, agora podem também ver os meus livros / filmes / músicas favoritos. Não sou o supra sumo da critica musical, literária ou cinematográfica, mas até acho que tenho um gostinho mais ou menos, portanto vou partilhando! 

Day 3

Diz que os 3 primeiros são os que custam mais… espero bem que sim! Amanhã já é o quarto e hoje já só pensei em cigarros depois do almoço (força do hábito) e depois do jantar! E até acompanhei um amigo a fumar um cigarrinho ao ar livre e mantive-me impecável. Entretanto a poupança vai em 12,75 EUR! 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Deve ser porque ando tão mais irritadiça agora que deixei de fumar, mas ando mesmo sem paciência para homens! É que são bem piores que as mulheres! A sério… Ainda por cima parece que tiraram todos os dias para "vamos contar todos os problemas à amiga gajo!"
ZERO paxorra, MESMO. 

Day 2...

E continuo viva! Estamos no bom caminho! 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Day 1

Finalmente tomei coragem para fazer uma coisa que já devia ter feito há muito: deixar de fumar. 
Tudo bem que comecei hoje, mas não correu mal! Já passaram 24 horas desde o último cigarro e continuo viva, apenas sem tosse e sem cheirar a tabaco. Ah, e com mais dinheiro no bolso… É que, vou ser muito sincera, o que definitivamente me motivou a deixar o vício foi quando fiz as contas a quanto gastava por ano em tabaco… Digamos que com os 1500 Euros que poupo vou fazer uma viagemzinha….
Todos os dias ponho 4,25 EUR numa caixinha, que seria o dinheiro que gastava por dia em cigarros. Sim, fumava mesmo muito, portanto passar um dia inteiro sem fumar já é para mim uma vitória. Masquei pastilhas como se não houvesse amanhã, mas consegui. Isto é como tudo, um dia de cada vez… e só custam os primeiros 3 (dizem), portanto estou no bom caminho! 
E sim vou conseguir, porque não vai ser um maço de tabaco a controlar a minha vida!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

As mulheres são de Vénus e os homens são de Marte...

Só assim se explica que não falemos a mesma língua.
Qualquer relação que uma mulher tenha com um homem, seja de amizade ou amor, muitas vezes é como estar numa torre de Babel, simplesmente não nos entendemos. Um diz alhos, o outro responde bugalhos. Só assim se explica que existam falhas de comunicação absolutamente ridículas.
Por exemplo, muitas vezes nós chateamo-nos por alguma coisa. Pois a tendência dos rapazes é achar que estamos chateadas por outra coisa qualquer, normalmente muito menos grave que a razão pela qual efectivamente estamos irritadas.
Sim, é verdade que acabamos por não dizer a razão real porque esperamos que eles cheguem lá por si mesmos, porque nós temos o dom de perceber o porquê de alguém estar chateado connosco. Eles, no seu cérebro tão mais básico, não têm essa capacidade, e daí nascem as discussões épicas que já se sabe.
Bom, realmente devemos mesmo ser de planetas diferentes...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Bailinho da Madeira

A Madeira é um jardim, já dizia o Max. Se fosse hoje, com certeza teria escrito "A Madeira é do Jardim". Daria ainda para acrescentar "e ele está-se pomposamente nas tintas para o contenente". 
A notícia desta semana é, sem dúvida, a dívida oculta de (só) 1800 milhões de euros (ou quiçá 2000) da ilha da Madeira. Transpondo para o continente, seria equivalente a 40% do PIB. O amigo Alberto João, que tem sempre as melhores pérolas do panorama político português, já disse que agiu em "legítima defesa", porque o governo "lá do contenente" decidiu cortar-lhe as verbas e se contasse o nível de endividamento teria de devolver dinheiro aos "bastardos". 
Portanto nada de novo, o homem é um imbecil, anda há 40 anos a encher os bolsos na Madeira com o nosso dinheiro e ainda é um herói. "Legítima defesa" era agora o governo do "contenente", que só lhe serve quando é para receber os fundos europeus ou a sua fatia do orçamento, dizer que não paga. Que a Madeira tem de subir os impostos para que fiquem iguais aos dos "bastardos" que só em IVA pagam MUITO mais do que os madeirenses. Atenção, eu não sou contra os madeirenses, mas talvez seja hora de acordarem. Votam neste homem que trata os não madeirenses como cubanos, mas que dirige tal e qual como o Fidel, pelo menos no que diz respeito a liberdade de imprensa, diversidade política e favoritismos. 
Ah e tal, construiu uma mão cheia de tuneis e autoestradas. Óptimo! Em quanto cresceu a riqueza do interior da Madeira? Aposto como está próximo de zero. Para onde foram 60% das verbas que todos mandámos com muito gosto para reconstruir a Madeira? Porque é que a Brisa ganha projectos em todo o lado do mundo menos… na Madeira (onde é um compadre do AJJ que constrói todas as estradas)?
Prisão para este criminoso já! Caso ainda não tenham percebido a gravidade da situação, a Madeira está em termos financeiros igual à Grécia! Andamos caladinhos a levar cortes em tudo para mostrar que estamos com o governo e depois cai-nos a credibilidade por causa deste aldrabão! 
Só espero que seja o Passos Coelho a ter tomates para retirar confiança política ao AJJ e para o expulsar do PSD. Pelo menos seria um sinal para o exterior que não compactuamos com este tipo de coisas. 
Quanto a mim, só espero que alguém condene o AJJ a prisão. Sim, porque o que ele fez está previsto na lei e é punível com prisão.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Start spreading the news...

I'm going to NEW YORK!!! E logo para a passagem de ano! 2012 promete começar em grande na Big Apple e muito bem acompanhada!
Agora vou deixar de comer e beber e comprar o que seja durante estes 3 meses, para conseguir ter algum Euro para gastar lá!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dealbreakers 3!

- Mandar "bjokas" nas mensagens - DEALBREAKER
- Ainda nas mensagens dar erros ortográficos como "ocêano" ou "vossê" - DEALBREAKER
- Depois de termos passado a tarde a cozinhar e o serão juntos, ele querer ir embora e quando mandamos a dica do "já vais?" perguntar "porquê? queres que ajude a levantar a loiça?" - DEALBREAKER

Parabéns!

Com tanta coisa, casamentos, viagens, etc. até me esqueci de assinalar o primeiro aniversário deste cantinho da internet!
Parece que foi ontem, mas o tempo passou a correr! 
Posso não escrever todos os dias, mas acima de tudo este blog serve para eu desabafar, criticar o que se passa à minha volta, até para me inspirar para outras escritas que estou a alinhavar. 
Mais anos virão, estou certa!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

10 anos

Estive todo o fim de semana na Alemanha, para o casamento da Sandra e do Christian (foi fantástico por sinal), e ontem não tive tempo para escrever a homenagem que queria a este dia.
Já passaram 10 anos mas parece que foi ontem. Ainda quando voltávamos a Frankfurt falamos onde cada um de nós estava naquela 3a feira de Setembro, em 2001. Eu sei onde estava. Todos sabemos. Vivíamos uma época onde parecia que já não havia História, já tudo estava escrito, e caminhavamos tranquilamente para o futuro. Naquele dia tudo mudou.
Estava a almoçar com os meus pais e recordo-me de como de repente toda a gente no restaurante se juntou em frente à televisão. Quando cheguei nem queria acreditar que um avião havia chocado com uma das Torres Gémeas. Foi então que o terror tomou conta de mim, ao mesmo tempo que um outro avião chocava contra a segunda torre. Efeito da Globalização, todos vimos isto em directo. Parecia um pesadelo, um filme, algo tão irreal que não podia ser verdade. Depois ver as pessoas desesperadas a saltar sabendo que só iam encontrar a morte foi simplesmente aterrador.
Nesse dia, houve quem pensasse que tivesse vencido. Não digo quem, apesar de tudo ainda tenho para mim que a história não foi totalmente bem contada, e acredito que os EUA tiveram uma mãozinha no que se passou. Pelo menos saberiam dos planos, e isso ninguém me tira da cabeça. Talvez um dia saibamos a verdade. Mas até lá continuamos a lutar contra o terrorismo (o da Al-Qaeda e o dos EUA). Tentaram controlar-nos, tentaram que tivéssemos medo de voar, de viver sob a ameaça constante de uma Jihad. Sempre que entro num avião penso que é um acto de negar que me tirem as minhas liberdades, de coragem, de provar que temos de seguir. 
O dia 11 de Setembro ganhou um significado muito especial, vivemos História nesse dia, o mundo mudou. E drásticamente. Infelizmente, olho para as notícias e para o que se passa na Europa neste momento, toda a crise financeira, e não consigo deixar de pensar em como as tensões geopolíticas crescem neste momento. E em como há interesse nisso. E em como precisam de vender armas.
Assusta-me que se tratem os assuntos com uma leviandade tal que ninguém comenta que se o Euro acaba, também a União Europeia, e a guerra pode estalar novamente. Espero estar enganada, mas vivemos um momento muito complicado e assustador.
Voltando ao tema principal, todos os anos penso em todas as pessoas que perderam a vida injustamente num acto de cobardia sem descrição e também em todos aqueles que sobreviveram e têm de viver toda a sua vida a relembrar o dia em que amigos e colegas morreram, e onde eles também poderiam ter perdido a vida.
Que nunca esqueçamos o que foi o 11 de Setembro de 2001.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Problemas...

Problemas todos os temos, mas sem dúvida que uns mais que os outros. 
Por vezes penso o quão egoísta sou quando penso que tenho um problema horrível, que parece que não tem resolução, que a minha vida é uma merda. Nessas alturas devia mesmo levar um par de estalos, porque os meus problemas quando comparados com os de outras pessoas, são peanuts. 
A mãe de uma das minhas melhores amigas luta há 3 anos contra um cancro. Já é o segundo. O primeiro foi relativamente ultrapassado, apenas para voltar passado um ano. Infelizmente, a segunda vez não foi tão benevolente para ela. Tem sofrido muito, mas muito mesmo, fisica e psicologicamente. Está cansada de lutar e não ver resultados. E como ela, a família também está cansada de ver a pessoa mais importante para eles sofrer. Hoje soube que, apesar de todos os esforços, apareceram nódulos no fígado e no baço. Tudo indica que sejam metáteses. Não é fácil, e a M. esforça-se para não mostrar o desespero que tem dentro dela, ao ver que a mãe poderá não estar presente por muito mais tempo. Alterou a vida dela e vai voltar para Portugal (vive em Inglaterra), para poder estar perto da mãe. 
Nestas alturas penso na sorte que tenho, por ter saúde, por ter uns pais que são saudáveis dentro dos possíveis, por não ter de ouvir a minha mãe a passar-me todos os códigos bancários "just in case". 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Wedding Day...

Ela casou-se no sábado. Estava linda linda linda! Emocionei-me, claro está.
O casamento foi perfeito, super divertido e foi bom estar com amigos a partilhar um dia tão especial. A nossa mesa foi claramente das mais animadas, o que só podia, dado ser a mesa do ISEG! 
Adorei tudo e desejo tudo de bom, sei que a vida deles vai correr ainda melhor do que o dia do casamento, que já foi perfeito! 
6a lá vou eu para Frankfurt para mais um casamento, vamos lá ver se apanho outra vez o bouquet ahahah!  

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Paixões

Hoje falo de uma das minhas maiores paixões: cozinhar.
Começou como um hobby ainda bastante novinha, evoluiu para uma verdadeira terapia. Muitas vezes, normalmente à 6ª feira, chego a casa bastante stressada ou triste com alguma coisa e volto-me para a cozinha. A combinação de beber um bom vinho enquanto me concentro numa receita faz com que simplesmente o meu corpo fique liberto das coisas que estão a pesar nos ombros.
Quando estou realmente frustrada com o meu trabalho, penso que errei na profissão, que devia ter estudado culinária e ser chef. Depois penso que ainda estou a tempo, que posso largar tudo, e ir abrir o restaurante que já está mais que imaginado na minha cabeça. Claro que logo cai a realidade e vejo que tenho de ganhar algum dinheiro antes... Talvez um dia...
Entretanto, vou-me entretendo a cozinhar para mim e alguns amigos e familiares. Muitas vezes retiro inspiração de um blogue de outra apaixonada pela cozinha. Podem vê-lo aqui. Garanto que as coisas são simples de fazer e as receitas saiem sempre bem!

domingo, 28 de agosto de 2011

Relações

Isto das relações não é fácil. Nenhuma, seja profissional, familiar, de amizade ou, e principalmente, as amorosas. Todas têm altos e baixos, umas pedem mais esforço que outras, de umas saímos facilmente, de outras nunca saímos. 
Esta minha amiga, que casa no próximo sábado, uma vez disse-me ter "pena" (atenção, como forma de expressão, não no sentido negativo) de eu e outras amigas não termos ainda encontrado as "nossas pessoas". Que somos miúdas boas, inteligentes, e continuamos sozinhas apesar das nossas várias qualidades. Até a mim às vezes me custa compreender porque continuo sozinha quando um dos meus objectivos é ter alguém. Mas depois volto à minha racionalidade e entendo que simplesmente ainda não encontrei a pessoa certa, e não tenho de ter pressa da encontrar. E não tenho. Simplesmente porque muitas vezes já me pus na situação de estar tão disponível para a outra pessoa, que acabo por ser desrespeitada e não ser levada a sério. 
Ter um objectivo a longo prazo é isso mesmo, não precisa de ser já. Por enquanto ainda prefiro estar sozinha que mal acompanhada, como já estive. No entanto, acredito que vou encontrar essa pessoa, é o que me faz sair da cama todos os dias, a esperança que ele anda por aí e que quando o conhecer não me vai dizer: "és espectacular, a minha melhor amiga!" ou "tu és tão linda, e tão fixe, que bom ser teu amigo!", como me acontece mais ou menos 1 em cada 1 vez que conheço alguém por quem me interesso. 
Enfim, até lá fico feliz pelas amigas que realmente encontraram a pessoa certa para elas, na certeza que elas ficarão feliz quando eu também encontrar. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Livro

No outro dia, durante um concerto, a minha grande amiga P. desafiou-me, meio na brincadeira, a escrever um livro sobre a minha experiência pessoal. 
Hoje comecei a escrever. Estou a tentar manter o tom divertido, mesmo falando de coisas que me magoaram a sério. Reconheço que provavelmente nunca será publicado, mas mesmo assim, se chegar às minhas amigas, e futuras filhas de nós todas, a missão será cumprida. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Back...

Acho que nunca tinha rido tanto numas férias... Mesmo!
O grupo fantástico, a sítio espectacular (VÃO A HVAR!!!), a festa o máximo e a praia (de pedra) muito boa! Adorei a Croácia (já disse para irem a Hvar???), os fins de tarde no Hula Hula, o Carpe Diem, o passeio de barco... tudo!
Conhecemos montes de gente quase tão louca como nós, parecia que não havia champanhe rosé suficiente para nos matar a sede, a comida foi muito boa (nem sei como não engordei).
O pior foi voltar! Aqui estou, de novo no inferno de Madrid, mas ao menos mais descansada e no mês onde ninguém trabalha. Agora é aproveitar fins de semana para apanhar solinho, que bem preciso para manter o bronze.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vacaciones!

Estou quase quase de férias, GRAÇAS A DEUS!
Amanhã saio, passo o fim de semana aqui para a despedida do G. e segunda pego no carro e vou para Lisboa. E depois... Croácia!!! Vai ser brutal!
Mal posso esperar, estou tão fartinha de estar aqui!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Retrospectiva

Hoje li todos os posts que já escrevi até agora no blog. Acho que nos 10 meses que se passaram desde que criei esta página mudei bastante e passei coisas diferentes. Tive mais desilusões (amorosas e não amorosas), vitórias, derrotas, mais viagens, planos mudados, etc. 
Continuo com as mesmas questões e preocupações. Continua a faltar-me algo, não só a nível pessoal, profissionalmente anseio também por uma mudança. Continuo a lutar com a falta de auto-estima, com o peso, com a ansiedade. Mas estou melhor, sem dúvida. 
Aprendi a apreciar-me, a esforçar-me para chegar onde quero, a gostar de mim. Ganhei confiança, apesar de que ainda me falta um longo caminho pela frente. Ultrapassei coisas que achei que me iam ficar para sempre na cabeça, dou menos importância a mesquinhices e a situações com as quais não concordo. 
Sem dúvida, continuo a sentir-me sozinha muitas vezes, mas lido com isso em vez de procurar a situação fácil. Falta-me uma companhia, ou melhor, um companheiro para as aventuras, partilhadas. 
Hoje mesmo, em conversa com um amigo, comentamos duas coisas bastante importantes. A primeira, é que sou uma pessoa muito emocional, o que é verdade. Ao comentarmos uma situação que me magoou no ano passado e que mudou muito uma amizade, o F. disse "se ele fizesse o mínimo esforço, tu tinhas esquecido tudo e voltavas ao mesmo". É verdade. Apesar de hoje falar "normalmente" com essa pessoa, nunca mais foi a mesma coisa. Mas a vida é mesmo assim e passou. Mas sim, teria voltado, teria perdoado (não esquecido) e tinha sem dúvida dado mais uma oportunidade. Porque me custou afastar. 
A segunda tem a ver com o que espero de alguém que esteja comigo. Como qualquer mulher, digo que não peço muito. Mas é mesmo verdade! Só peço alguém que me dê a mão na rua, jante comigo, esteja comigo quando preciso, que me deixe estar com ele quando ele precisa, que queira viajar e conhecer o mundo sem preocupação, que seja ambicioso também e (muito importante!!!) que me saiba mandar calar e acalmar quando eu perco a calma. Não é muito, pois não? A verdade é que só quero o mesmo que toda a gente: sentir as borboletas no estômago e construir uma relação de confiança e intimidade com alguém que sinta o mesmo que eu. 
Há já algum tempo que deixei de me focar na procura da pessoa certa como se fosse o meu principal foco na vida. Ando descontraída e até tenho tido alguns dates desde que estou assim. Nada de especial, certo, mas pelo menos tenho conhecido pessoas interessantes e tido boas conversas. 
É, 10 meses muda mesmo muita coisa...

Dealbreakers 2

Continuando a nossa listinha:

- Quando ele diz "ligo-te amanhã" e passado 3 dias ainda não disse nada (é preciso dar 1 dia ou 2 de tolerância para o caso de ter acontecido alguma coisa) - DEALBREAKER
- Levar um date a um restaurante de fast food - DEALBREAKER
- "Gosto da tua comida, mas a minha mãe faz isto ainda melhor!" - DEALBREAKER
- Estás numa discoteca, um rapaz começa a falar contigo, é giro e tal e depois diz "tenho 32 anos e ainda estudo!" - DEALBREAKER
- Versão 2 da discoteca... "Acho que tudo o que precisamos para ser felizes é amor, não trabalho mas sou artista, apesar de não vender nada e viver com os meus pais" - DEALBREAKER

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os exames nacionais e a educação em Portugal

Li agora mesmo a opinião da K. sobre o Ensino e a polémica criada pelo facto dos resultados nos exames nacionais terem sido dos piores dos últimos anos, pelo menos a Português e a Matemática. Podem ler aqui a sua opinião. Normalmente temos opiniões mais ou menos diferentes sobre vários temas, mas acabo por concordar com ela neste texto, especialmente num ponto que é o papel dos educadores em casa.
Toda a minha vida andei na escola pública. Tive professores fantásticos, alguns bons, outros mais ou menos e vários muito maus. O mesmo pode ser aplicado aos meus colegas, apesar de nunca ter estado numa zona problemática (a velha desculpa dos rendimentos), tive colegas que simplesmente didn't give a shit para a escola. Normalmente achavam-se os palhacinhos e faziam questão de gozar com quem lá estava para aprender. Apesar de tudo, tive bons resultados, entrei na Faculdade e saí de lá muito bem também.
Sempre gostei de estudar, aprender coisas novas, fazer o esforço naquela disciplina que "era uma seca" (para mim tudo o que fosse EVT e afins). Mas acho que este gosto pela aprendizagem não nasce connosco. Sim, claro que há pessoas que têm mais facilidade em compreender certas coisas que outras, mas eu acredito que está ao alcance de todos ter bons resultados. O truque é só um, a educação em casa.
Desde muito nova, tive o estímulo a aprender em casa, fosse com os pais, fosse com a minha tia 18 anos mais velha que tinha toda a paciência do mundo para me ler histórias e explicar o que eram as letras e os números. Foi-me sempre ensinado a respeitar professores e colegas, mesmo aqueles de quem não gostamos. Também cedo entendi que, para ser alguém, só com trabalho árduo que começa na escola.
Hoje em dia, não é "fixe" gostar da escola. Os miúdos geração "Morangos" em vez de terem disciplina em casa, têm protecção contra tudo (incluindo o professor que lhe manda um berro para se calar) e, acima de tudo, facilitismo. É normal ver um miúdo de 15 anos com um iPhone última geração. Quem o comprou? Será que ele tem mesmo a noção que para se ter certas coisas é necessário trabalho? Dará algum valor ao dinheiro (o valor real)?
Penso que não.
Penso mesmo que esta é a questão fulcral da educação em Portugal. Se as aulas estão desviadas do que é pedido nos exames, há que exigir mais nas escolas, sob pena de ter os paizinhos todos lá em cima a pedir explicações para o facto do filhinho ter sempre negativa.
Tenho esperança que a exigência seja um factor comum a todas as escolas do nosso país e que o facilitismo desapareça. Penso que o Nuno Crato terá isso em mente como novo ministro da Educação.
Talvez assim se comecem a mudar mentalidades onde é mais fácil fazê-lo (as crianças) e nas próximas gerações o nosso país mude para melhor.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um dia...

Largo esta m**** toda e vou abrir o meu restaurante numa praia paradisiaca qualquer...
Infelizmente, hoje NÃO é o dia...

Dealbreakers!

Não sei se as pessoas que me lêem são familiares com a série 30 Rock mas, para mim, é das melhores séries de comédia alguma vez feitas. A personagem principal, Liz Lemon, é o epíteto da mulher moderna, apesar de algo exagerada. Todas as incertezas, medos, lutas internas e até o simples facto de que por vezes não nos apetece vestir outra coisa que não o pijama e beber uma garrafa de vinho sozinhas. Tudo é caracterizado por esta mulher.
Posto isto, um dos meus episódios favoritos, é onde a expressão "Dealbreaker" surge. Esta expressão define todas aquelas coisinhas que os homens fazem e que podem simplesmente quebrar todo o encanto inicial. 
Recentemente, resolvi começar a fazer a minha lista de "Dealbreakers" com situações que, acreditem ou não, já me aconteceram. 
Vou pondo aqui à medida que me for lembrando, mas podemos começar com algumas... 

1- Chegas ao primeiro "date" e ele tem uma pochette... DEALBREAKER
2- No mesmo date, ele usa uma t-shirt de rede preta por baixo da camisa preta de manga curta... Duplo DEALBREAKER
3- Sais não sei quantas vezes com o mesmo rapaz, há clima e de repente ele sai-se com "és a melhor amiga que já tive" - DEALBREAKER (este já me aconteceu para aí 400 vezes)
4- Estás num date, está a ser super interessante, e ele sai-se com "sem duvida, a minha ex mulher era a mulher da minha vida" - DEALBREAKER

Bom, hoje fico por aqui, mas há muitos mais! E possíveis leitoras, queiram por favor contribuir!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

He's just not that into you

Porque é que é tão difícil entender? 
Vou voltar a ver o filme, preciso de voltar a convencer-me disto!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ai Portugal Portugal

Tenho para mim que grande parte dos graves problemas do nosso país passam pela francamente vergonhosa oposição que temos tido basicamente desde o 25 de Abril, o que engloba todos os partidos.
A propósito da formação do novo governo, ao qual dou um grande benificio da dúvida e que me parece incluir pessoas com provas dadas na sua área de actuação, apenas ouvi a oposição a reclamar da falta de "experiência política" dos novos ministros. Sim, porque é isso que se quer!
Acho mesmo piada a este argumento. Uma pessoa até teve a coragem de me dizer que o Nuno Crato defende a educação das elites e que vai tornar tudo mais difícil. Ainda bem, os exames não são para ser fáceis, mas não é a educação de elites que ele defende. É a educação de excelência. E isso é muito importante, porque grande parte dos nossos desempregados são jovens que tiraram cursos da treta, com notas da treta, e não têm onde trabalhar porque não existem vagas suficientes para todos.
Sinceramente, acho melhor a oposição começar a preparar-se para colaborar de verdade com o governo, pois só assim poderemos seguir em frente. Larguem essa da experiência política, porque sinceramente é uma estupidez. Por exemplo, o Fidel Castro tem muita experiência política, mas quem queriam para ministro da Economia, ele ou o Warren Buffet? Parece-me óbvio.
E o Louçã? Porque é que ele ainda é o Supra Sumo do BE? Aliás, porque é que ainda existe o BE? O Louçã é uma pessoa que escreve artigos sobre economia até interessantes e depois vem dizer o contrário às massas. Acho lindo que defenda que todos deveriamos ser iguais, mas depois vive num palacete na Lapa. E agora é que viu que deveria ter ido às reuniões com a Troika? Depois de perder 8 deputados... Assim também eu obrigada.
E o PS tem de se decidir em breve entre o idiota numero 1: Assis, ou o número 2: Seguro. Até choro quando os ouço na TV, especialmente ao Assis, que o contributo mais interessante que deu foi quando levou de populares em Felgueiras.

Deixem mas é o novo governo fazer o seu trabalho e colaborem, porque é para isso que são pagos pelos portugueses!

Apenas mais uma nota. Apesar de não ter votado nestas eleições, por motivos que só a mim interessam, sempre votei mais "rosinha", portanto estou completamente à vontade para criticar a vergonha em que se tornou esse partido.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Há vezes em que achamos que já esquecemos uma pessoa, depois vemos que não, e depois pensamos porque é que não e vemos que é porque ela nunca nos deixou ir realmente. 
Percebi isso no fim de semana passado, e o pior é que ainda não me saiu da cabeça. E depois, de repente alguém me convida para sair e tudo o que consigo pensar é em dizer "olha desculpa, mas gosto de uma pessoa e não estou preparada para esquecer totalmente". E depois fico irritada comigo mesma, porque deveria realmente move on. 
O problema é quando se finge durante muito tempo que não importa, quase que nos convencemos disso, e depois afinal não é assim, afinal importa e afinal só queremos passar todo o tempo com essa pessoa, estar com ela, falar com ela. 
É uma merda, realmente. E, para agravar tudo, não se pode simplesmente dizer "não quero falar mais contigo" porque sabemos que a falta que essa pessoa faria na nossa vida era pior que simplesmente fingir que não se sente nada. 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Triste

Hoje estou triste, muito triste. Não que não esperasse a desilusão, mas ainda assim custa.
Precisava das R's aqui hoje. Mesmo.

Só espero conseguir daqui rapidamente.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Amsterdam...


Pela 3ª vez, e 2ª no espaço de 6 meses, vou para Amsterdão no próximo sábado. Adoro a cidade, os canais, as casas estreitas, as bicicletas, as tulipas e até os coffeeshops e o red light. No entanto, desta vez, a viagem tem um sabor agridoce. 
É uma viagem de despedida, supostamente de solteira, mas também despedida porque a nossa amiga volta definitivamente para o Brasil na segunda-feira. A R. aturou muita coisa minha aqui em Madrid. Nos dois anos que vivo aqui, ela fez parte de tudo ou quase tudo. Todas as manhãs, no meu carro a caminho do trabalho, viviamos de tudo. Choradeiras e mau feitio, alegrias, risadas, histórias de fins de semana loucos, o noivado dela, a felicidade porque por fim está onde deve estar, com o H. 
Sem dúvida é a pessoa que mais coisas viveu comigo aqui. Quando outros me desiludiram ou trataram mal, ela deu-me o abraço que precisava. Quando sofri por semi desgostos amorosos, ou porque não me sentia bem comigo mesma, ela deu-me a mão. Quando quis festejar ou esquecer problemas, foi ela quem me levou a sair. Foi ela que me obrigou a sair de casa quando não queria nem sair da cama (especialmente de manhã).
Não vai ser fácil deixá-la no aeroporto na segunda, mas ao mesmo tempo fico com a M. aqui em Madrid e com uma sensação de felicidade alheia, porque se a história dela deu certo então todas podem dar, toda a gente pode encontrar a felicidade, mesmo depois de muito tempo de encontros e desencontros. 
Em Fevereiro de 2012 estaremos em São Paulo na festa que promete ser de arromba, para dar mais uma vez aquele abraço e partihar toda a felicidade dela. 
Até lá, vamos curtir funk em Amsterdam e continuar a ser felizes. 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Casmurrice...

O FMI chegou (adoro as expressões dos jornais e as fotos dos senhores com a pasta preta), mas mesmo assim continuamos sem aprender. O Governo português, que é um querido para os seus (excessivos) funcionários, decidiu dar tolerância de ponto na quinta-feira à tarde a todos os funcionários públicos.
Eu sei que os desgraçados dos funcionários públicos devem estar todos muito stressados e cansados. Afinal não só têm melhores horários que os comuns mortais que trabalham no privado, como também são menos produtivos em média e beneficiam de melhores condições de reforma, coitados.
Podem-me até dizer: não é uma tarde que faz a diferença... O problema é que não é uma tarde, são as tolerâncias de ponto porque a 3a é feriado, o Carnaval, porque o Papa vem a Portugal, porque está o Obama... Bom, a acumulação de privilégios, que é uma grande parte do problema que a nossa economia sofre.
Entretanto, os senhores MIB do FMI já disseram que temos demasiados funcionários públicos e a CGTP (até me arrepio quando vejo alguma notícia sobre esta organização) já disse que não quer que sejam aplicadas medidas que estão a ser aplicadas noutros países. Ou seja, a CGTP continua a defender aumentos de 3%, a manutenção de todos os funcionários públicos, redução de horários.
Só me pergunto: MAS SERÁ QUE NÃO APRENDEMOS? Continuamos na nossa casmurrice de "a culpa é do governo" e continuamos sem fazer nada para melhorar a nossa própria situação. Os portugueses só têm direitos, deveres é uma palavra desconhecida. Por exemplo, um funcionário das finanças tem o direito a sair às 16h, mas não considera ter o dever de atender bem as pessoas, parece que faz um favor quando, na verdade, são as pessoas que atende que lhe pagam o salário.
Mas continuem a beneficiar toda esta gente, continuem com tolerâncias de ponto e horários reduzidos.  Assim não saímos do buraco nem que a vaca tussa. 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Já não falta tudo...

Duas semanas: menos 4kgs, 4cms de cintura e de peito e 2 de anca! Consegui, custou mas consegui! Agora é continuar o bom caminho para ir apanhar sol bem na linha!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Chegou a Primavera!

Pois é... Chegou o meu mês favorito, Abril (não só pelo bom tempo, mas também porque é o mês do meu aniversário) e com ele chegou finalmente o bom tempo. Adoro o calor de 20 graus, que ainda não é calor de praia, mas é o ideal para se estar a trabalhar, o começar a usar manga curta e um blazer em vez do sobretudo, o sol, as flores, tudo! Quem me ouve falar até pensa que sou a pessoa mais bem-disposta do mundo... Mas não sou. Se não fosse o bom tempo acho que já me teria atirado à linha do metro (exagero claro). Entre uma dieta em que só posso comer proteínas (obrigada doutor por me tirar o pão) e um trabalho para o qual tenho zero motivação (não pelo trabalho em si, mais pela minha entidade empregadora), e constantes viagens para reuniões que não servem para nada, ando estoirada.
Todos os dias o drama repete-se: toca o despertador, penso "só mais 10 minutos", depois outros 10 e outros 10 até que já estou 40 minutos atrasada. Lá vou eu de carro a queixar-me de tudo e todos e a mandar vir com os espanhóis que conduzem pior que um senhor de 80 anos do interior sem carta.
O que vale, realmente, é que chegou a primavera e que 6a feira vou visitar um amigo a Genebra!

sábado, 19 de março de 2011

Há vezes...

Em que as pessoas certas se encontram no sítio certo na hora errada. E depois do breve encontro, depois de terem partido cada uma para seu lado, ficam a pensar "e se?"...

terça-feira, 15 de março de 2011

Fala sério...

Por amor de deus! São 11h40 da manhã e só penso em levantar da minha cadeirinha e conduzir 600kms até Lisboa só para pregar um par de estalos em todos aqueles senhores que estão confortavelmente sentados lá para os lados de São Bento a dormir uma sestinha (a pré-almoço). Então querem voltar atrás com a decisão de aumentar o IVA do golfe para 23% e mantê-lo na taxa reduzida de 6% porque dizem que o turismo/golfe vai ser a base da recuperação económica do país. Hilariante! Especialmente quando o IVA do peixe, da fruta, da coca-cola e até do atum está em 23%.
Ou seja, os nossos queridos políticos preferem que a população passe fome desde que tenham ingleses a pagar pouco para jogar golfe em Vilamoura.
Concordo que o turismo é a nossa melhor hipótese de sairmos deste poço de tristeza, mas precisamente porque já temos condições consideradas como das melhores da Europa para a prática de golfe e porque o público target considera Portugal mega barato (perguntem a qualquer inglês) não faz sentido não aumentar o IVA num serviço que é de luxo. Especialmente se se aumenta noutros que são essenciais, ou quase.
Há outras formas de promover o turismo em Portugal e, mais importante, a marca Portugal. Dou um exemplo. Tentem encontrar um vinho português em Espanha. Ou um queijo. Ou um enchido. A sério, tentem. Estamos ao lado, por amor da santa, e não há produtos portugueses. E que tal o Governo apostar em medidas para facilitar a exportação dos nossos produtos??? Do outro lado do Atlântico existe um país com um crescimento brutal que fala a nossa língua, e onde a classe média está a desabrochar e onde as pessoas todas dizem "gostava tanto de ir a Portugal!" e não há uma publicidade ao turismo português. Os jovens brasileiros que vêm fazer o chamado "mochilão" pela Europa aterram em Madrid e seguem para Londres, Paris, Amsterdão, Berlim e não passam por Lisboa. Porquê? Porque não promovemos absolutamente nada no Brasil. Mais grave, temos a TAP a voar para um monte de cidades no Brasil e as pessoas preferem ir de Ibéria, porque é mais barato. Ora saindo de Madrid são mais kms do que saindo de Lisboa, que tal a TAP promover o turismo em Portugal oferecendo pacotes a preços razoáveis para os brasileiros (não digo baratos, porque já existe muito dinheiro no Brasil, mas preços competitivos)?
Realmente, se querem que o turismo seja a base do nosso crescimento económico, não é através da redução do IVA dos campos de golfe que vamos conseguir. Mas como infelizmente os nossos políticos são apenas isso - políticos - não existe noção económica. E isto é muito grave...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Brasil...

Voltei para o deserto madrileño e estou com uma depressão pós-férias que meu deus...
Mais uma vez o Brasil não desiludiu (apesar das nuvens e chuva constantes) e o Rio de Janeiro continua lindo (aquele abraço). Diverti-me muito, mesmo. Comi e bebi (claro) muito bem. Fiz mais amizades, conversei com gente muito interessante, dancei muito e estive com grandes amigos que não via há um ano ou mais, mas que continuam no coração.
Para além do Rio, aproveitei para dar um saltinho a São Paulo e fazer algumas entrevistas. Cada vez mais sinto que a minha vida tem de passar por lá. Não, não é porque adoro a festa no Brasil e os brasileiros, ou porque acho que só vou apanhar sol o ano inteiro. Para quem trabalha no mercado financeiro, São Paulo é o sítio para se estar neste momento, é lá que o mundo move. Na Faria Lima ou na Paulista e até no Morumbi, respira-se mercado financeiro. Aqueles arranha céus gigantes deslumbram quem ama o mercado, e quem quer estar no centro de tudo. O Brasil, apesar das suas graves desigualdades, é já a 7ª economia mundial, e há que entrar agora na bolha que se está a formar. 
Depois de dois anos de Madrid e 4 do banco onde trabalho, é altura de mudar. Londres é uma opção, claro. Mas São Paulo é a prioridade. Quem me ouve falar vem logo com a mesma pergunta: não tens medo dos assaltos? Respondo sempre que a insegurança já não é o que era há 10 anos atrás. Em São Paulo as favelas estão fora do centro financeiro. Claro, não ando lá carregada de jóias nem com um carro topo de gama, há que fazer uma adaptação a uma realidade diferente. Mas também não andam não sei quantas pessoas na rua com armas a assaltar toda a gente. Nem no Rio já é assim. Estive 2 semanas tranquila, a caminhar por toda a Zona Sul do Rio e nada. Nada de nada. Quando cheguei hoje, soube que o pai de um colega foi vitima de carjacking em Lisboa e está em estado grave no hospital depois de ter sido baleado. 
O mundo mudou. O que antes era super seguro, hoje já não é. Se tenho de me adaptar e ser mais discreta e habituar à ideia de não resistir a um assalto para viver na cidade que mais está a crescer no mundo financeiro, pago esse preço. Sem olhar para trás. 
Espero ter novidades em breve, penso que até Abril/Maio a minha vida ficará resolvida. 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Águas de Março...

Já dizia a música do Jobim... São as águas de Março, fechando o Verão, é promessa de vida no teu coração.
So far, em 5 dias apanhei 2 de sol, que se traduziram em 4h de praia, no total. Dizem que amanhã melhora. Espero bem que sim, porque nem morta volto para Madrid branca.
No entanto tenho a dizer que o Rio de Janeiro continua lindo!
BTW: amanhã vou saltar do morro de Santa Teresa de asa delta! ahahahahahah
E agora vou só ali a um aniversário de uma actriz numa discoteca na Lagoa Rodrigo de Freitas!!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Retrato de um país... à rasca

Gosto muito dos Deolinda. Adoro ouvi-los e por a sua música a tocar em casa quando recebo amigos de outros países. As músicas são divertidas, a voz da Ana Bacalhau é fantástica e os Deolinda transmitem portugalidade. Recentemente, este que é um grupo que eu admiro, fez uma música (que ainda não tive oportunidade de ouvir) de seu nome "Parva que sou" e que transmite o sentimento de muitos jovens portugueses que são trabalhadores precários.
Sou solidária para com estes jovens, mas tenho uma opinião muito impopular sobre este tema (e, pasmem-se, considero-me uma pessoa centro-esquerdista). Quando leio/vejo reportagens sobre a precariedade e o desemprego de jovens licenciados, onde os mesmos falam na sua dificuldade em encontrar um emprego, quase sempre há uma coisa em comum: uma licenciatura que toda a gente sabe que tem pouca ou nenhuma saida em Portugal. Eles são licenciados em Relações Internacionais, outros em Música via Ensino, outros ainda em Biologia - vertente aves do Minho. Meus amigos, escolher um curso superior não tem como único imput o que nós achamos que é muito giro, há que pensar nas reais saídas desse curso no país em que estamos sob pena de... não encontrarmos emprego.
Felizmente licenciei-me num curso que tem uma empregabilidade de quase 100%, tal como todos os cursos oferecidos pela minha faculdade. Penso que isto se deve ao facto de serem cursos bastante polivalentes e com muita procura por parte de empresas. Saí da faculdade já com emprego e a maioria dos meus amigos também. Mas o meu sonho não era tirar esse curso, apesar de ter adorado seguir a área que segui. Até ter de optar no 10º ano por uma área, queria tirar Astrofísica. Sim, é verdade, o meu sonho era passar a vida a observar estrelas e planetas e estudar o Universo (eu sei, muito nerd). Ainda hoje devoro documentários sobre estes temas. No entanto, quando tive de optar, optei por ter emprego. Desculpem mas é mesmo assim. As pessoas dizem que quando alguém é bom arranja trabalho. Concordo. Mas se em Economia ou Gestão ou Engenharias são os 300 melhores que são empregados, num curso como Astrofísica ou Política Social, se calhar é só o melhor que arranja um emprego de jeito, e muitas vezes fora do país.
A culpa é só dos jovens? Óbvio que não. A culpa, na minha humilde opinião, é de sucessivos governos que não tiveram coragem de fechar cursos que obviamente não têm qualquer saída em Portugal, ou que já têm demasiados licenciados (caso dos professores). Temos não sei quantos licenciados em cursos que não dão para nada, mas depois o CEO da Jerónimo Martins diz que não tem talhantes.
Realmente somos um país à rasca, mas eu recuso-me a classificar a minha geração de geração à rasca. No dia em que em Portugal se deixe de tratar por Dr. um simples licenciado, e se comece a pagar o trabalho consoante a falta que faz, aí talvez isto ande para a frente. Até lá, as pessoas vão continuar à espera que o Governo resolva tudo, recusando-se a ser empreendedoras ou a sujeitar-se a empregos que não são bem o que queriam. E deixam de fazer manifestações por tudo e por nada à espera que terceiros resolvam os seus problemas. E já nem falo dos desempregados profissionais. Esses para mim, no dia em que rejeitassem um emprego, ficavam sem subsídio, porque se o subsídio não durasse o que dura, as pessoas em vez de ficarem em casa a ver TV porque "ainda tenho ano e meio de não fazer um cu e receber", começavam a procurar trabalho e a contribuir para tirar este país de onde está, porque quem acham que o meteu lá? Não foram os governos, fomos nós, portugueses!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Countdown

E agora, numa melhor nota, e porque já é dia 17 em Madrid...

FALTAM 9 DIAS!!!

É oficial...

Cansei-me. A sério. Todas as manhãs, em vez dos meus normais 25 minutos, demoro 1h a despachar-me. Não tenho vontade de conduzir os 30km que me levam à origem do meu inferno pessoal: o meu querido local de trabalho. 
Trabalho para a mesma instituição há 4 anos. Sempre tive óptimas avaliações, mudei de área várias vezes porque se lembravam "ah e tal, aquela miúda é que era mesmo boa para isto". Deram-me desafios, mudaram-me para Madrid e deram-me o que considerei uma grande oportunidade. Prometeram-me algo por mudar para a outra área, já que os RH da instituição onde trabalho consideraram que não era altura de me aumentar o salário. E não cumpriram. Mais uma vez. 
Já parei de contar as vezes que me prometem algo e depois "ah e tal, o próximo ano vai ser difícil, mas de certeza que te compensaremos". O que é engraçado é que depois recebo e-mails a publicitar como os resultados foram os melhores de sempre. Chateia-me. Muito. Mesmo.
Digam-me, esforçamo-nos, mostramos trabalho e resultados. Chegamos às 8h, lidamos com as limitações. Cansamo-nos, temos olheiras. E depois não compensa. Porque sempre haverá alguém filho ou amigo ou um grandessímimo lambe botas que nos passa à frente. Mais uma vez. E nós, que levamos sempre com a conversa do "tens tido um percurso brilhante, e só com 25 anos!" ficamos no mesmo sítio. 
Por isso digo que é oficial: estou à procura de emprego. E mesmo à séria. E desde que comecei, mais ou menos desde a 5a passada quando soube que o meu bónus foi 48% do prometido, até já estabeleci alguns contactos interessantes. 
Amigos que ainda não me vieram visitar: apressem-se porque definitivamente Madrid já deu o que tinha a dar, e até ao fim do ano, vou dar uma volta a outro lado. Guaranteed...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Assumir o que se sente

Nos últimos dias tenho aproveitado para pensar muito. E claro que, como sempre que penso muito, fiquei deprimida. Estou sozinha há 3 anos, mas parece que foi ontem. Sou daquele tipo de pessoas que adora mostrar o que sente, pelos amigos. Ponto. Não me canso de dizer aos meus amigos o quanto são importantes para mim, que gosto muito deles. Mas a capa está sempre aqui. É opaca, e não deixo que caia muitas vezes. A maioria das pessoas que me conhecem sabem que sou divertida, faço o que me apetece, saio a noite, viajo e tenho um emprego estável na área que sempre quis. O que não sabem é que por dentro estou um caco. Por trás das piadas e boa disposição está uma tristeza enorme, que se reflete na minha forma física e no meu amor por tudo quanto seja massas com natas e chocolates.
Cheguei à brilhante conclusão que foi tudo culpa minha. Toda a dor que fui acumulando ao longo do tempo deriva de não ter assumido o que sentia muitas vezes. Deixei que me partissem o coração e sim, foi culpa minha. Porquê? Porque podia saltar fora daquela "amizade" em que eu estava sempre disponível e ele tinha a companhia de uma pessoa com os mesmos gostos e não ter passado um ano com a esperança que ele percebesse que eu era a pessoa ideal para ele. Parva, a sério. Eu não era a pessoa para ele, e se tivesse assumido que gostava dele na primeira semana nada tinha acontecido. Mas aconteceu e a vida continuou. Dois anos depois fui novamente magoada e fiz outra vez o papel de "sim, claro que éramos só amigos, eu não queria nada, o que aconteceu foi só porque sim" quando o meu coração dizia "gosto de ti, quero dar uma hipótese a isto, deixa-me mostrar quem eu sou". Hoje prometi a mim mesma que tenho de assumir tudo o que sinto, especialmente perante a mim.
E deixo aqui a letra de uma música de um dos meus grupos favoritos de sempre, os Coldplay, que tenho ouvido non-stop ultimamente e reflete o que realmente sinto cá dentro:

A warning sign
I missed the good part and I realized
I started looking and the bubble burst
I started looking for excuses

Come on in, I've got to tell you what a state I'm in
I've got to tell you in my loudest tones
That I started looking for a warning sign

When the truth is
I miss you
Yeah the truth is
That I miss you so

A warning sign
You came back to haunt me and I realized
That you were an island and I passed you by
When you were an island to discover

Come on in, I've got to tell you what a state I'm in
I've got to tell you in my loudest tones
That I started looking for a warning sign

When the truth is
I miss you
Yeah the truth is
That I miss you so
And I'm tired
I should not have let you go

So I crawl back into your open arms
Yes I crawl back into your open arms
And I crawl back into your open arms
Yes I crawl back into your open arms

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Just move on

Com o tempo aprendemos muitas coisas, mesmo muitas. Uma delas, tal vez das mais importantes, é que a importância que damos a certas coisas vai diminuindo com o tempo. E por certas coisas refiro-me às coisas que nos chateiam, que nos deixam tristes e magoados. 
O tempo é um óptimo remédio. Cura desgostos amorosos, aproxima-nos de quem realmente gosta de nós, afasta-nos de quem não merece a nossa estima. E com o tempo só aprendemos a lidar com isso. 
Quando saí de Portugal foi notório. Pessoas que eu considerava próximas, que chegaram a fazer drama do facto de eu vir para Madrid, acabaram por me tratar como se vivesse no fim do mundo e não a 1h de avião. No inicio isso incomodou-me, é óbvio. Mas hoje já não significa nada para mim. E porquê? Porque os meus verdadeiros amigos ainda me ligam, ainda me convidam para os aniversários (sabem que eu faço o esforço por ir), e cada vez que estou em Lisboa e saio com eles é como se nos tivessemos visto no dia antes. 
O tempo ensina-nos a lidar com tudo, a "move on" e a dar mais importância a nós mesmos. Uma espécie de egoísmo positivo que só nos leva a bom porto, porque podemos por fim ser selectivos nas pessoas que escolhemos para nos rodear. 
Sabem que mais, desde que estou aqui fiz amigos de muitos países, e muitos deles já voltaram. Engraçado que quando falo com a minha amiga colombiana, é como se estivessemos estado juntas ontem, a proximidade é a mesma, apesar de termos convivido por menos de um ano. Já com algumas pessoas que convivi anos de faculdade, que considerava grandes amigos, hoje são mais conhecidos com os quais já não me identifico.
Realmente, o tempo é muito engraçado...

Countdown...

18 DIAS!!! Já está tudo a postos para a minha chegada ao RIO!!!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Donos da verdade

Há muita coisa que me tira do sério, há mesmo. Uma delas é a intolerância que muita gente tem para com as ideias dos outros. Vivemos numa era de egoísmo, e cada qual tem a tendência de pensar e de só compreender o que para si é o correcto. É muito raro pormo-nos no lugar dos outros e tentar abrir a cabeça para entender porque a outra pessoa pensa dessa forma, e porque toma certas decisões.
Mais do que entender é preciso respeitar. Acredito piamente que se fosse esta a forma de vida de toda a gente, tudo seria mais fácil e melhor. Os conflitos que criamos normalmente derivam deste egoísmo latente por toda a sociedade. No século XXI somos cada vez mais "judgemental" e criticamos quem não segue a mesma forma de vida que nós, até ao ponto de tomar posições radicais contra certos indivíduos / tribo urbana.
Acreditem, não digo isto só em relação a quem é conservador, mas sim também em relação aos liberais. Dou um exemplo. Aqui há uns anos, tornou-se moda (sim moda) ser do Bloco de Esquerda. A partir daí, todos eram donos da verdade, todos eram super liberais e quase nenhuns liam os programas de governo do Bloco de Esquerda (pasmem-se). Pois eu dei-me ao trabalho de ler, e é ridículo, mas ai de mim dizer isto em público.
Outra moda que surgiu mais ou menos nessa altura foi ser "contra" a Igreja Católica. Atenção, não sou católica, não frequento qualquer igreja ou religião, portanto não sou pessoa de interesse nesta questão. O que não aceito é que de repente toda a gente que é católica seja vista como "beatos" ou "pedófilos" ou ignorantes. Tal como não aceito que um católico me critique pela minha opção de não seguir nenhuma religião, é apenas uma questão de não ter encontrado ainda nenhuma via para a minha espiritualidade (que está cá, acreditem).
Basicamente, o que quero dizer é que a liberdade de expressão é muito bonita e tal, mas que tal respeitarmos os outros? Afinal de contas somos todos seres humanos. Não é por uma pessoa tomar uma opção diferente que é pior pessoa... é apenas diferente. Temos de aprender a tolerar os outros. Temos de aprender a ser mais abertos e não querer que toda a gente seja como nós, sob pena de ser ostracizado.
Deixemo-nos todos de ser "donos da verdade" e tenhamos a humildade de ouvir aqueles que nos rodeiam e pensar sobre o que nos torna especiais - sermos seres únicos e pensarmos todos de forma diferente.

Countdown...

23 DIAS!!!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Finalmente...

 Finalmente tomei coragem e resolvi publicar um dos meus textos de ficção...


Hoje acordei diferente. Não consigo dizer o que é, mas sinto que algo mudou. Como todos os dias, olho-me no espelho. Não consigo detectar nada, mas no entanto é óbvio que tudo está diferente.
Abro a janela e respiro profundamente. A cidade cheira bem, cheira a Junho, a Sol e a Mar. Amo esta cidade, e só agora o noto realmente. Um sorriso brota dos meus lábios.
Olho para a cama e vejo-te. Dormes profundamente com o teu ar de anjo que me deixa totalmente indefesa. Só tens esta expressão quando dormes, e eu adoro observar-te. Tu sabes disso.
A tua mão procura a minha presença junto a ti e volto para a cama. Abraças-me e uma sensação de pura felicidade atravessa o meu corpo. Estou tão feliz que me sinto flutuar.
De repente tudo é óbvio. Já sei o que mudou em mim. Já não sinto medo.
Vivi toda a vida com medo de tudo. De não vencer, de me perder na vida, medo de aviões e de palhaços, medo de me dar e medo de sentir o amor verdadeiro e de me magoar. Medo de ser eu mesma e ser rejeitada. Medo de te perder. Mas hoje, enquanto me abraças, percebo que já não sinto medo. Sei que ficarás comigo porque me amas como eu sou, com todos os defeitos e qualidades, e sei que te amo por quem tu és. Nunca nos escondemos através de máscaras. Sabemos tudo um sobre o outro e não há nada que quebre esta ligação, este amor.
A minha insegurança foi-se, sou livre e sinto-me imbatível.

Countdown

24 dias...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Passou a temporada eleitoral...

Pois é, mais umas eleições em Portugal sem surpresas. A abstenção foi de 53.37% (!!!), os votos em branco foram 4.26% e até um palhaço madeirense conseguiu uns expressivos 4.50%. Quanto aos seus companheiros de eleição, a esquerda foi derrotada sem surpresas (pode ser que aprendam com os erros de casting) e o candidato-presidente ganhou, embora com menos votos do que a abstenção.
Sobre a abstenção, tenho a dizer que sempre fui contra. Para mim, se não se quer votar em alguém vota-se em branco. Nos últimos tempos tenho vindo a mudar de ideias. Não só porque estou impedida de votar por viver no estrangeiro (tentem ir ao Consulado português em Madrid para tratar das coisas para votar lá e vão ver qual a resposta... garanto que desistem na hora), mas também porque considero que o facto de que a maioria da população não se dar ao trabalho de sair de casa para por uma cruzinha num papel revela que já nos estamos todos nas tintas para estes vermes que povoam a política portuguesa.
Vejamos as análises de resultados de ontem... absolutamente RIDICULAS. Para uns Cavaco Silva foi o legítimo vencedor, para outros não, porque houve tanta abstenção que o senhor acabou por ser reeleito com 2.230.104 votos, quando o total de eleitores ascende a 9.629.630. Assim que 23.16% das pessoas inscritas nos cadernos votaram Cavaco Silva. O Manuel Alegre teve uns "votos reais" de 8.64% e a abstenção teve 53.37% das preferencias. Estes deveriam ser os dados que nos apresentam. Sabem porquê? Porque são estes dados que nos mostram que este país está mesmo nas ruas da amargura. E o mais ridículo é que havia mais gente a querer votar e não pôde devido a problemas informáticos. RIDICULO, mais uma vez.
Em 2016 voto Tino de Rans ou no gajo que ganhou a casa dos segredos. Afinal de contas, não há de faltar muito para termos um candidato destes.
É triste, mas é o que temos, uma merda de política, uma merda de políticos, uma merda de burocratas, uma merda de comentadores políticos que agora já rezam para que o cavaquinho de Boliqueime deite o governo abaixo (como se isso resolvesse alguma coisa, aliás, só servia para nos afundar ainda mais).
Hoje, definitivamente estou triste com Portugal.