segunda-feira, 14 de março de 2011

Brasil...

Voltei para o deserto madrileño e estou com uma depressão pós-férias que meu deus...
Mais uma vez o Brasil não desiludiu (apesar das nuvens e chuva constantes) e o Rio de Janeiro continua lindo (aquele abraço). Diverti-me muito, mesmo. Comi e bebi (claro) muito bem. Fiz mais amizades, conversei com gente muito interessante, dancei muito e estive com grandes amigos que não via há um ano ou mais, mas que continuam no coração.
Para além do Rio, aproveitei para dar um saltinho a São Paulo e fazer algumas entrevistas. Cada vez mais sinto que a minha vida tem de passar por lá. Não, não é porque adoro a festa no Brasil e os brasileiros, ou porque acho que só vou apanhar sol o ano inteiro. Para quem trabalha no mercado financeiro, São Paulo é o sítio para se estar neste momento, é lá que o mundo move. Na Faria Lima ou na Paulista e até no Morumbi, respira-se mercado financeiro. Aqueles arranha céus gigantes deslumbram quem ama o mercado, e quem quer estar no centro de tudo. O Brasil, apesar das suas graves desigualdades, é já a 7ª economia mundial, e há que entrar agora na bolha que se está a formar. 
Depois de dois anos de Madrid e 4 do banco onde trabalho, é altura de mudar. Londres é uma opção, claro. Mas São Paulo é a prioridade. Quem me ouve falar vem logo com a mesma pergunta: não tens medo dos assaltos? Respondo sempre que a insegurança já não é o que era há 10 anos atrás. Em São Paulo as favelas estão fora do centro financeiro. Claro, não ando lá carregada de jóias nem com um carro topo de gama, há que fazer uma adaptação a uma realidade diferente. Mas também não andam não sei quantas pessoas na rua com armas a assaltar toda a gente. Nem no Rio já é assim. Estive 2 semanas tranquila, a caminhar por toda a Zona Sul do Rio e nada. Nada de nada. Quando cheguei hoje, soube que o pai de um colega foi vitima de carjacking em Lisboa e está em estado grave no hospital depois de ter sido baleado. 
O mundo mudou. O que antes era super seguro, hoje já não é. Se tenho de me adaptar e ser mais discreta e habituar à ideia de não resistir a um assalto para viver na cidade que mais está a crescer no mundo financeiro, pago esse preço. Sem olhar para trás. 
Espero ter novidades em breve, penso que até Abril/Maio a minha vida ficará resolvida. 

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