quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amo-te / I love you

Choca-me a facilidade com que as pessoas hoje em dia dizem "amo-te". 
Quanto a mim, só o disse a uma pessoa, e hoje sei que não era verdade. Mas também não sabia o que era realmente o amor nessa altura. Namorei com ele 4 anos e meio, e nunca o amei realmente. Tudo bem, era uma miúda e senti-me na obrigação, achei que era apropriado. Mas a verdade é que menti. Sem saber, mas menti. E só soube que menti quando ele apareceu na minha vida. 
Por ele refiro-me à única pessoa de quem realmente gostei na minha vida. Nunca lhe disse, mas a ele realmente amava, e quando estava pronta para dizer, ele achou que não devíamos estar juntos. E tinha razão, e não me mentiu. E ainda bem. Teria sido pior se lhe tivesse dito ou se ele me tivesse dito sem sentir. Desde então nunca mais tive vontade de dizer, mas continuo a guardar as palavras para alguém que ainda não entrou na minha vida. 
O peso do "amo-te" é inegável. Je t'aime, te quiero, te amo… é engraçado como nas línguas latinas o peso é sempre imensamente maior do que nas germânicas. O "I love you" é tão mais comum. Eu já disse a tantas amigas e amigos, simplesmente não tem a mesma conotação. Talvez porque nós temos todos os "gosto muito de ti" e "adoro-te" e eles têm só o "I love you". 

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