terça-feira, 5 de agosto de 2014

Filmes que a maioria do gajedo adora e eu detesto... #3

Estava para aqui a ler um artigo da CNN sobre os filmes que melhor e pior reflectem a vida de um expatriado e comecei com uma comichão terrível. Depressa percebi porquê: um dos filmes que eles consideravam entre os piores era um dos filmes mais ridículos que alguma vez vi: "Eat Pray Love", a adaptação daquele que será o livro de "memórias" mais falso da história de publicações (recuso-me a incluir isto em Literatura).
Vi esta pérola em casa, num domingo de chuva, quando estava demasiado ocupada a pintar as unhas para mudar de canal. A história é daquelas típicas do filme romântico americano que quer "enaltecer" a fortaleza da mulher mas acaba por reduzir a existência feminina a uma coisa: a necessidade de encontrar um homem tipo ontem, para esquecer o anterior. 
A Elizabeth Gilbert, esse epíteto de coragem de "largar tudo", recebeu 200 000 USD in advance para escrever o livro. Ou seja, esta grande querida foi passear para Itália  Índia e Indonésia à conta de um adiantamento de uma editora. Esta parte não é retratada no filme, só o desgosto que ela teve e que a levou a "abandonar todos os seus bens materiais para descobrir-se a si mesma". A Julia Roberts vai então para Itália comer massa como se não houvesse amanhã, mas não engorda. Deve ter boa genética, que se eu passar 4 meses em Itália a comer massa em menos de nada me ponho com 100 kgs. Depois vai lá para a Índia procurar o seu "eu interior" a rezar e não sei quê, tudo um cliché da pior espécie.
Mas a parte pior (sim, ainda fica pior) é quando ela encontra a parte "love" em Bali (qualquer pessoa pode passar um ano sem trabalhar a viajar e gastar dinheiro assim, claro... só quando se tem 200 000 USD adiantados), onde o grande Javier Bardem (na sua pior actuação de sempre, devem-lhe ter pago muito dinheirinho para reduzir o seu talento a esta merdice) faz de brasileiro (AHAHAHAHAH) com o PIOR sotaque de sempre. A sério, o Rodrigo Santoro não estava disponível para fazer dele mesmo, como sempre? Ai eles zangam-se, eles fazem as pazes, ela descobre novamente o amor e pronto! Volta a ser uma mulher completa. 
Muito bem, agora pergunto: a querida já tinha um contrato, portanto foi à procura de tudo o que encontrou. No caso do brasileiro (na vida real é mesmo um brasileiro), teria ela ido para Bali para tentar "to get laid"? Fica a pergunta, andou lá ela feita maluca depois de fumar umas quantas coisas na Índia a tentar dormir com tudo o que se mexesse para poder casar outra vez?
Ficam aqui estas questões, cada um pense o que quiser. 

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