sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobre os julgamentos

Acho sinceramente que todos julgamos outros, mesmo que seja a um nível inconsciente. Eu já me ri daquela roupa ridícula naquela senhora de 60 anos que acha que tem 20, ou do capachinho de algum homem inseguro com a sua careca. 
Mas, no geral, considero-me uma pessoa bastante aberta. Por isso mesmo, não gosto de pessoas que acham que toda a gente tem de 1) pensar como elas, 2) agir como elas. Detesto pseudo-intelectuais, por exemplo. Lembro-me de uma discussão que tive com uma pessoa porque essa pessoa me encontrou a ler a TV7 Dias ou algo do género no aeroporto. O olhar de desagrado, a expressão "tu lês isso?", tudo me irritou, ainda para mais porque normalmente essas pessoas acabam por se focar num só género de leitura, de filmes, de música. Sim, leio a TV7 dias, tal como leio o Expresso ou a Visão. Sim gostei da trilogia Millennium, mas Kafka é dos que mais gosto de ler. Sim, fartei-me de rir a ver "A Ressaca", mas isso não impede que o "Lost in Translation" seja dos meus filmes favoritos.  Basicamente, penso que gostos não se discutem. Conheço pessoas que considero até bastante cultas e adoram a saga "Crepúsculo", que eu acho fraquinha fraquinha, e não é por isso que lhes vou dizer em tom paternalista "a sério? Um vampiro, um lobisomem e uma miúda chata...", todos precisamos do nosso momento light. 
O importante é não criticar o momento light dos outros. 

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