terça-feira, 9 de novembro de 2010

Up in the air...


Up in the air, um filme do qual gostei bastante. Muito mesmo. Mostra como uma pessoa que à primeira vista parece desprovida de qualquer tipo de emoção, afinal pode baixar essa fachada... Infelizmente por vezes pode ser tarde demais...
Bom, lembrei-me deste filme porque ultimamente o aeroporto tem sido a minha segunda casa. Desde que mudei de equipa vou a Lisboa todas as semanas em reuniões, volto para Madrid e saio de fim de semana para um outro sítio qualquer. Quase que perdia o voo para Budapeste por causa disso. Assim que quase tenho passado mais horas no aeroporto do que em casa. Isto cansa, não pensem que não... Tudo bem, posso ver a família e amigos, mas é tudo tão rápido que nem sabe a nada. Ultimamente, a minha mala está quase sempre feita. 
Passar todas estas horas sozinha num sítio com tanta gente mas ao mesmo tempo tão solitário como o aeroporto fez-me pensar. Pensei em muita coisa sobre mim, sobre a minha vida, sobre o que quero para o meu futuro, sobre ultrapassar o meu passado. No fundo, não sei se isto me faz bem ou mal. A minha fachada tem caído cada vez mais, mas ao mesmo tempo fico contente que assim seja. Digo o que penso, mesmo que não agrade, que era uma coisa que não costumava fazer com medo do que os outros pudessem pensar, de como pudessem reagir. Não finjo que gosto quando não gosto, mostro-me como sou. 
Ainda assim, a solidão às vezes cruza o meu espírito. Sim, tenho muitos amigos, sim, viajo muito, sim, gosto do meu trabalho. Mas falta qualquer coisa. Tenho tentado melhorar-me a todos os níveis e tento não pensar nisso, sei que mais cedo ou mais tarde vai aparecer alguém para mim. Mas é difícil não pensar nisso uma única vez. Ainda assim, vou vivendo a minha vida, fazendo as minhas coisas e esquecendo pessoas que me magoam ou magoaram. 
That's life, right? 
Bom, e agora, depois deste desabafo, tenho de ir fazer a mala, que amanhã é dia de dar uma de George Clooney outra vez...

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