sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Lisboa!

Volto hoje a Lisboa, a cidade que me viu nascer e à qual tenho uma ligação inexplicável.
Confesso que não a apreciei tanto como deveria até sair de Portugal (na verdade, não valorizei realmente o meu país até sair dele...). Hoje, voltar a Lisboa é voltar a casa. Quando o avião inicia a aproximação final e vejo todas as colinas, as casas típicamente portuguesas, Alcântara, Lapa,  a Basílica da Estrela, fico emocionada como fico com poucas coisas.
Lisboa é uma cidade linda. Das melhores coisas na vida é sem dúvida passear pelo Chiado, subir até ao Castelo de São Jorge, passar no miradouro da Graça, jantar no Chapitô, beber um copo no Bairro Alto, dançar até de manhã no Lux.
Amo Lisboa! Amo o Rio Tejo, que te dá vida, amo o Fado, que é a Alma de todos os portugueses, amo a forma como és tímida, mesmo sendo tão linda. Sinto sempre saudades da minha Lisboa e é sempre reconfortante voltar.
Para ti Lisboa!
Lisboa menina e moça (Carlos do Carmo)
No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar

À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua

E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

Lisboa no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

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