segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aftermath

Este fim de semana diverti-me. Muito. Aliás, mesmo muito. Foi mais uma ida a Munique para a tão famosa Oktoberfest. 
Foi a minha segunda ida, cheia de cerveja, roupa típica alemã, amigos, wurstl e, infelizmente para mim, muita chuva e frio. Digo infelizmente porque depois de 1h30m na chuva e no frio às 7 da manhã para tentar ter mesa na tenda da Paulaner (missão cumprida by the way), fiquei sem voz e com uma constipação que, para além de me ter impedido de me levantar a horas hoje de manhã, fez com que tivesse de voltar para casa às 3 da tarde. 
Voltar para casa cedo é bom (claro que é muito melhor quando não se está doente e tem de se fazer chá e canja e tal), dá para vestir o pijama e uma sweatshirt, por uma mantinha em cima das pernas, ver uns filmes (Up in the air foi a minha escolha, muito bom), ler, ver todos aqueles programas estúpidos da tarde e escrever no blogue.
Para além de tudo isto, ainda dá para ler os blogs que costumamos seguir. E foi assim que tive o meu momento de revolta diário. Ao ler o Croquete e Girassol deparei-me com a crónica da escritora light mais idiota do nosso pequeno jardim à beira mar plantado. A Margarida Rebelo Pinto. A crónica denominava-se "As Gordinhas" e foi talvez a coisa mais estúpida e ressabiada que já li. A Croquete tem razão quando diz que é um estilo de escrita. O estilo de escrita desta senhora sempre foi chocar, escrever alguns palavrões e algumas coisas que ela acha que são verdades e esperar que uma data de pessoas ávidas por ler qualquer coisa compre os seus livros. Sou sincera, quase li um que me ofereceram. Quando cheguei a metade desisti, porque era tão ridículo que não consegui acabar. 
Sinceramente, o que me choca não é a escrita dela. O que me choca é que ela seja sequer considerada escritora. Penso que não é preciso ter muito talento para escrever 100 páginas de sexo, palavrões e clichés. Além disso, um verdadeiro escritor é humilde e, mais importante, tem talento. Até penso que há escritores light que escrevem bem, são agradáveis de ler e tal, mas a MRP não é escritora, é uma autora de livros "coquete" que as pessoas que necessitam de dizer que são cultas pelo menos porque lêem uma amostra de livro compram. 
Tenho de confessar, a crónica afectou-me, tocou-me "las narices", como dizem aqui neste deserto, porque eu mesma pertenço a grupos de rapazes, tenho confiança, sou igual com eles e com as minhas amigas e eles protegem-me. Agora, abrir as pernas e fazer chichi num qualquer beco do Bairro Alto nunca fiz. Quanto ao conselho de "arranjar um namorado, ou uma dieta, ou os dois", também tenho um conselho para as "boazonas" como a MRP que se sentem ameaçadas pelas "gordinhas". Conquistem-nas e verão que é muito mais fácil que os nossos amigos olhem para elas. Sejam menos fúteis, ou arranjem uma personalidade, ou os dois! 
Bom, depois deste meu momento de revolta, vou tomar o meu cocktail de comprimidos para a constipação e dormir! 

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